Frederico Paes: 'Foi uma vitória consagradora'
O vice-prefeito de Campos, Frederico Paes (MDB), participou do programa Folha no Ar, da rádio Folha FM 98,3, dessa sexta-feira (8), e fez uma avaliação das eleições municipais, que reelegeu em votação expressiva a chapa a qual faz parte junto com o prefeito Wladimir Garotinho (PP). Ele destacou que a vitória, com mais de 192 mil votos, foi consagradora tanto para o prefeito, mas acima de tudo para a população campista. O vice-prefeito também falou sobre parcerias com o Governo do Estado e comentou as articulações para a eleição da Mesa Diretora na Câmara de Vereadores, que apresenta muitos nomes para a presidência como dos vereadores eleitos Juninho Virgílio (Podemos) e Fred Rangel (PP), entre outros. Frederico destacou que, independentemente das articulações e vontade política dos parlamentares em disputar o cargo de presidente do Legislativo, ele vê uma base governista sólida, sem rachas por conta disso. Em relação à projeções para 2026, ele afirmou que há muito tempo ainda, mas garantiu que na eleição de 20224 nasceu uma liderança nacional, que é Wladimir.
Resposta das urnas — “É uma vitória consagradora para a gente, para o Wladimir, mas, acima de tudo, é uma vitória das pessoas. Porque a gente, eu, Wladimir e toda a nossa equipe, a gente trabalha muito, a gente buscou, nesses quase quatro anos, entregar para a nossa população muita coisa em termos gerais, eu diria. Desde a questão social, desenvolvimento econômico, saúde, educação, enfim. A gente pegou no nosso governo um ano e meio de pandemia, que isso era um foco, e a gente falou muito sobre isso, era um foco total nosso. O governo ficou um ano e meio praticamente dedicado ao combate à pandemia. E depois foi muito trabalho para recuperar a cidade, a gente pegou uma cidade destruída, uma cidade que vinha sofrendo por um governo anterior, que lamentavelmente não soube aproveitar a oportunidade que o povo tinha dado. E a gente trabalhou muito. O povo, as pessoas reconheceram, as pessoas viram o que a gente pôde fazer em tão pouco tempo, entregar uma cidade melhor, uma cidade que costumamos dizer que nós, daqui de Campos, retomamos o orgulho de ser campista, o orgulho de estar andando pela cidade, vendo a cidade recuperada”.
Equipe de governo — “É importante destacar que, como eu costumo dizer sempre, ninguém faz nada sozinho. Nós tivemos uma equipe muito engajada, o secretariado soube entender o que o Wladimir queria e foi muito trabalho. Nós tivemos pouca movimentação de secretariados. Você vê que os principais secretários começaram e avançaram com a gente, estão com a gente, uma equipe muito competente em todas as áreas, dedicada, e o Wladimir trabalha muito. O Wladimir é muito dedicado ao que faz, é uma pessoa que cobra de todo mundo, cobra do vice-prefeito também. É sábado, é domingo, não tem esse negócio de feriado. É um engajamento muito forte. Isso motiva a equipe, né? Isso é uma coisa que a equipe acaba sendo contagiada, vamos dizer assim, no bom sentido da palavra pelo engajamento do prefeito. E todo mundo trabalha muito, entrega, procura entregar bastante. Claro que defeitos todos nós temos, a gente não acerta sempre, mas a ordem é sempre buscar acertar, sempre buscar caminhar da melhor maneira possível pra entregar muito a população”.
Avanço econômico — “Campos, por exemplo, antes do nosso governo, nós tínhamos chamado um ranking junto ao governo federal, que é a capacidade de pagamento, aquele fiscal, nós estávamos com nota C. Então as empresas também olham isso. Hoje nós estamos com nota A, você adquire confiança não só das instituições federais, do órgão federal, mas também do empresariado, você consegue ter acesso ao chamado dinheiro novo. O Wladimir fez isso com muita capacidade, e já aproveitando esse gancho do dinheiro novo”.
Parceria com o Estado — “Nas eleições, muito foi dito: ‘ah, o governo recebeu muito dinheiro do Estado, muito dinheiro do governo federal’. É fato, e a gente é muito grato ao governador Cláudio Castro, ao governo federal, antes no governo Bolsonaro e agora no governo Lula, porque Campos precisava disso. A gente precisava melhorar não só a arrecadação própria, que é fato, mas precisava do chamado dinheiro novo. O que é dinheiro novo? É dinheiro de fora, de emendas parlamentares, dinheiro de parceria com o governo do Estado. Então a gente reconheceu, na eleição houve essa questão que a obra, por exemplo, do HGG foi do governo do Estado. Dinheiro? Claro que sim. E a gente sempre agradeceu ao governo Cláudio Castro, que foi possível transformar aquele hospital, é uma coisa que a gente tem orgulho. Eu tenho dito, eu falei na campanha, que se a gente não fosse reeleito, eu teria muito orgulho de falar para os meus netos o que nós fizemos, principalmente pela saúde de Campos”
“Pouco tempo” — “A gente espera, daqui a quatro anos, entregar uma cidade muito melhor, uma saúde melhor. Desculpa a insistência, mas foi muito pouco tempo, foi dois anos e pouco só que a gente pôde mudar. Para trás foi a pandemia, repito isso, que é fato e que a gente pôde fazer. E essa questão do treinamento, mais bacana ainda, porque nós fomos escolhidos. A equipe do Sírio-Libanês, com esse programa ali, eles escolhem onde pode fazer, entendem que a equipe tem a capacidade de receber o treinamento e colocar em prática, porque não adianta ter um bom professor e um aluno de nota zero. Tem que ter um aluno que saiba aprender e saiba colocar em prática. Por exemplo, nossas UBS, nós temos hoje pessoas preparadas, capacitadas, encarregadas de UBS, são muito dedicadas. Inclusive, a gente tem feito reuniões onde a gente vê que existe uma vontade de acertar muito grande”.
Saúde — “A gente pretende nos próximos quatro anos entregar uma saúde de ponta, uma saúde de ponta onde as pessoas realmente vão poder enxergar melhor. E eu fiz até, eu diria uma promessa, que podem me cobrar. A gente atravessa a saúde, como o doutor Paulo Hirano fala, o gigantismo da saúde pública. Campos é o maior município em extensão territorial do Rio de Janeiro. Nós temos uma população de 500 e poucas mil pessoas espalhadas pelo município inteiro. Você pega Santo Eduardo até Serrinha, o Farol de São Thomé, são quase cem quilômetros de distância, é diferente você comparar uma cidade como Niterói. Niterói é cidade também grande, bastante, é uma população imensa, mas é uma cidade compacta, pequena. Então, você tem condição de muitas vezes fazer com mais facilidade. Então, a gente precisa ter assistência em todas as áreas. Lá em Santo Eduardo, no extremo norte do município, como em Serrinha, no extremo sul. Então isso faz com que a dificuldade de atender toda a população, fica maior, mas isso é um desafio a mais que nós vamos encarar”.
Outros resultados — “É importante destacar os 19 vereadores eleitos, que também foi um recorde para a nossa cidade, não só de número de votos, mas de número de vereadores da base eleita. Acho que foi o Juninho Virgílio, o Kassiano também deu uma entrevista com vocês, eu ouvi a entrevista, falando que, para eles, o governo Wladimir, eu vou colocar aqui uma aspas, ‘facilitou a eleição deles’. Você pode ver que o Juninho mais que dobrou a votação e outros vereadores, o Kassiano foi o mais votado. Um vereador dedicado, muito aplicado ali na região de Goitacazes e Baixada, mas teve voto na Baixada inteira. A questão da nossa querida Baixada também, a gente pode pegar o Ozielzinho, que era o vice da Madeleine, uma pessoa maravilhosa. O pai dele foi um dos fundadores, inclusive, da Coagro, junto comigo, o senhor Oziel Batista Crespo. Mas isso não foi suficiente para poder ter algum engajamento maior na eleição, e a gente pôde fazer. Na pedra, na chamada 98, na pedra, eu diria que houve uma situação que eu gosto até de falar, que muita gente na campanha passada chegava para mim e falava assim, olha, eu vou votar no Wladimir por sua causa, eu vou votar no Wladimir porque eu confio em você. No passado governo, e não agora só nas eleições, com o andar do governo, muita gente chegava e me comentava, olha, agora eu voto no Wladimir, não preciso mais de você”.
Aliança com Caio — “O Caio é uma pessoa na qual a gente teve um engajamento, uma sintonia, vamos dizer assim, muito boa. O Caio é uma pessoa muito inteligente, deputado federal, que soube integrar junto com o Wladimir muita coisa em Brasília. Eu estive junto com o Wladimir e o Caio em Brasília, quando ele estava deputado federal. Abriu muita porta. Então houve, eu diria, uma integração mesmo das famílias do Wladimir, da família do Caio. O Wladimir e o Caio tiveram maturidade política para saber que eles juntos poderiam fazer mais pela cidade, pelo nosso povo. O Caio veio para o MDB, que é o nosso partido, que a gente tem como nosso líder no estado o Washington Reis, nosso presidente estadual. Então, houve uma integração muito grande e o Caio contribuiu, sim, para a nossa eleição, não só na pedra, mas no município inteiro. E eu acho que a gente tem um futuro muito bonito para construir, de agora para frente, com a união do Caio e do Wladimir, a gente todo dedicado a trazer o melhor pra nossa cidade”.
Oposição — “Os vereadores de oposição tiveram muita dificuldade, justamente porque fizeram a oposição até raivosa. Isso se reverteu na campanha da candidata Madeleine, na época, que não soube, não conseguiu, explanar projetos, só criticava o Wladimir, criticava o nosso governo, às vezes muita crítica infundada, uma crítica raivosa, que foi o estilo que eles usaram na campanha, e as pessoas não querem muito isso. As pessoas estão cansadas, o povo, as pessoas, nós todos estamos cansados dessa briga, simplesmente briga pelo poder. Você tem que mostrar o que você quer fazer, trazer ideias novas. Você vê que a gente fala da Madeleine, agora o Thuin teve menos votos do que na eleição dele para vereador, olha que loucura. Os outros candidatos não conseguiram nem pontuar ali sequer 2 mil votos, 3 mil votos para prefeito. Então, realmente, a oposição, fazendo análise aqui, olhando de fora, não soube, primeiro trazer para a população que existia um projeto. Não existia um projeto, existia simplesmente a crítica ao nosso governo e a população entendeu que realmente nós tínhamos conseguido fazer para que o nosso município melhorasse e isso se reverteu em voto e também se reverteu em voto para os 19 vereadores eleitos que realmente foi uma vitória eu diria até emblemática”.
Anti-garotismo — “Naquela eleição anterior, 2020, existia o chamado, um anti-Garotismo muito forte. Então, a parte que não votou no Wladimir, muita gente que não votou no Wladimir, não votou no Wladimir por um preconceito, por alguma dificuldade que tinha de votar na família Garotinho. E o Wladimir quebrou isso. Quando você fala quebrou na pedra, não quebrou no município inteiro. Então, quando você fala assim, foi um plebiscito, quase que foi, mas porque Wladimir, além da gente ter feito um bom governo, claro, senão não tinha sido reeleito, ele conseguiu quebrar o que eu diria até que é um paradigma. Então, isso foi muito emblemático, comparando uma eleição com a outra”.
Líder nacional — “Eu no dia da eleição, empolgado com o resultado, eu falei, ‘olha, tá nascendo aqui um líder nacional’. E eu diria que Wladimir tem um futuro espetacular pela frente, não só a nível estadual, mas a nível nacional, porque ele tem uma capacidade de interlocução política muito forte, e a gente acredita que isso aí vai trazer benefícios ainda muito grandes para a nossa cidade”.
Maioria na Câmara — “Nós temos hoje 19 vereadores da nossa base. Eu diria que pode até chegar a 20. Podemos chegar a 20, até as eleições. Isso ou mais. Deixa mais para frente. Depois a gente volta aqui para falar sobre isso. Mas 20 eu acho que pode chegar. Vamos trabalhar. Hoje temos 19, né? 19 vereadores. Mas eu estou trabalhando para 20. Eu gosto muito da articulação política, sempre que eu posso ajudar o nosso prefeito nas articulações políticas que a gente trabalha, mas hoje nós temos que pensar no projeto de grupo”.
Eleição da Mesa — “O Juninho ou quem quer que seja, qualquer um pode ser candidato a presidente. Até porque, antigamente, tinha a chapa, você elegia a chapa. Hoje em dia, a eleição, cada cargo é eleito ali, colocado. Não vejo nenhum problema, sinceramente, estou sendo aqui franco, em Juninho ser candidato, se essa for a posição final dele, não vejo isso como racha, como se coloca, como divisão de grupo, não vejo. Primeiro que é um grupo só, então, seja quem for eleito ali do nosso grupo, faz parte dos 19 vereadores da nossa chapa, do nosso grupo pode ser candidato, que vai ser um bom presidente. Todos os 19 têm capacidade para isso, os 25 têm capacidade, nós estamos falando do nosso grupo político. Então, assim, eu não vejo isso como problema, se essa for a posição do Juninho, de novo. Eu, pelo menos, falo por mim, não sei o que está na cabeça do prefeito Wladimir, mas não vejo isso como uma dissidência, como um racha, não enxergo dessa forma. Mas eu acredito que pensando no grupo, claro que se tivesse só um único candidato, seria importante”.
Definição do PP — “De novo, o que eu falei no início, eu repito sempre, é direito dos 25 vereadores serem candidatos. Não vejo isso como uma dissidência, como racha do Juninho, muito pelo contrário, ele é de grupo, ele está junto. Mas eu defendo que o PP tenha, como foi lançado ontem o Fred Rangel, o meu xará, que tem muita capacidade política também. O PP deve indicar, sim, o presidente, que é legítimo um partido que teve mais de 60 mil votos, que elegeu sete vereadores, indicar o seu nome”.
Papel de vice — “Não houve nenhum tipo de combinado para eu continuar como candidato a vice. Não teve nada disso. O que teve foi uma chapa vitoriosa, que deu certo. Eu e Wladimir temos um respeito, uma confiança mútua muito grande. Isso eu acho que fez também com que o governo andasse bem. Inclusive, quando ele saiu de férias, uns diazinhos eu assumi a prefeitura, e alguém me informou, não lembro quem agora exatamente, mas que nunca em Campos, pelo menos na era moderna agora, teve um vice-prefeito que assumiu a prefeitura de forma espontânea. Sempre foi por motivo de saúde ou de impedimento legal, algum tipo de coisa. Isso mostra a confiança que nós temos, que ele tem em mim, que eu tenho nele. Então, a progressão da nossa chapa, que foi a chapa vitoriosa, foi no compromisso de fazer a minha ajuda, que eu não tenho a caneta, o vice não tem a caneta, mas ajudar o Wladimir a fazer uma cidade melhor. Agora, de forma natural, todo vice-prefeito tem que estar preparado para assumir a prefeitura. Eu fui um vice que trabalhei, me dediquei muito, me aborreci, às vezes, porque a gente não conseguia realizar tudo que queria, mas eu tenho orgulho de dizer que eu fui um vice atuante junto com o prefeito, ele me deu, eu diria, até liberdade para colocar as minhas ideias em prática, na área da agricultura e saúde, principalmente, com toda a nossa equipe, mas o fato é que a gente precisa estar preparado”.
Projeções futuras — “Eu estou disposto, estou preparado para isso, se tiver que ser, mas tem muito tempo ainda. O Wladimir costuma dizer o seguinte, o relóginho do governo ele trabalha o contrário, é de contagem regressiva. Então a gente tem que trabalhar muito, com muita força, porque quando você entra o tempo passa rápido. E aí, tem muito tempo ainda para gente chegar em 2026, mas com certeza hoje, de novo, eu digo isso e reafirmo e escrevo nesse caderninho isso aí. Nasceu nessa eleição, agora de 2024, um cara que ainda vai ter muita história pela frente e como liderança, eu diria até, nacional”.