Adolescente de Campos que retirou tumor na cabeça passa bem
Dora Paula Paes - Atualizado em 23/04/2025 11:36
Divulgação
Com 23 dias de operado, a mãe do adolescente Lucca Andrade Chalita, de 16 anos, atualiza seu quadro de saúde. O jovem campista teve sua história contada no "Fantástico", no domingo (20), no último episódio de "Trilhas da Mente", do médico Drauzio Varella. A série acompanhou cirurgias de retirada de tumor, em sua maioria no Instituto do Cérebro, no Rio de Janeiro. De acordo com Ivana Andrade, seu filho se recupera bem da retirada do tumor cerebral e segue, mais do que nunca, com seus sonhos de pular de paraquedas, subir o Pico da Bandeira e nadar com tubarões.
O alerta para a saúde de Lucca, filho de Marcelo Chalita e neto da jornalista Viviane Aquino, começou quando ele passou a falar que sentia cheiro estranho, principalmente de borracha queimada, além de episódios de perda de consciência, quando tinha 11 anos. Já era o crescimento silencioso do tumor dentro da cabeça.
"Procuramos médicos em Campos e em Itaperuna. Os exames não não davam nada. Com 13 anos, as crises começaram a ficar mais frequentes, foi quando procuramos o primeiro neuro, e não deu nada na tomografia. Durante as crises, ele andava, falava coisas desconexas. A gente já sabia que era uma epilepsia parcial. Nunca imaginamos que era um tumor, que nos foi revelado em março de 2023", disse a mãe, no momento, aliviada com a recuperação do filho.

Há um ano e meio, o caso de Lucca passou a ser estudado no Instituto do Cérebro, através do Sistema Único de Saúde (SUS). O caso é acompanhado pelo famoso neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho.

O tumor de Lucca, na ponta do lobo temporal, foi dissecado e esse tipo de intervenção costuma ter bons resultados para epilepsia. A chance de ficar sem crise era de mais de 95%, provavelmente sem medicação também. Antes da cirurgia, ele passou por testes neuropsicológicos que mostravam que o cérebro já tinha começado a se reorganizar. "Foi uma cirurgia longa e sem sequelas", ressalta a mãe.

Segundo ela, toda a família vivia em alerta. "A aflição era grande. Um menino de 14, 15 anos, que não podia ficar sozinho. Já aconteceu dele fritar um salgado ter crise, comer e toda a boca ficar queimada; andar sozinho na rua era perigoso, ele já teve uma crise atravessando a Avenida 28 de Março, e não lembra de nada. Não podia fazer luta, esporte aquático. Seu dia a dia era normal, mas sempre tivemos essa preocupação de que podia ter uma crise", conta.

Agora, mais calma, Ivana, ao falar de mãe para outras mães, orienta que nunca se conformem com os primeiros diagnósticos: "Percebeu que tem algo errado, busque bons profissionais".

Ela ainda revela que tem sido procurada por muitas pessoas no Instagram, de outros estados, inclusive, que falam de filhos com as mesmas crises. "O interessante é que toda essa repercussão pode ajudar outras famílias que se identificaram e elas busquem ajuda", finaliza. (D.P.P.)

ÚLTIMAS NOTÍCIAS