Audiência de acusado de matar subsíndico em Campos aconteceu na tarde desta terça-feira
Hevertton Luna 15/04/2025 17:09 - Atualizado em 15/04/2025 20:06
O acusado do crime participa da sessão
O acusado do crime participa da sessão / Foto: Hevertton Luna
A primeira audiência de instrução e julgamento de José Renato Costa de Queiroz, acusado de assassinar o subsíndico Vinícius da Silva Azevedo, foi realizada nessa terça-feira (15), no Fórum Maria Tereza Gusmão, em Campos. O crime ocorreu no condomínio Mais Parque Ipê, no bairro Vila da Rainha, no dia 26 de fevereiro. Uma nova audiência foi agendada para o dia 15 de maio.

A sessão foi conduzida pelo juiz Adones Henrique Silva Ambrósio Vieira, da 1ª Vara Criminal. Foram ouvidos o pai do acusado, a esposa da vítima, a delegada Carla Tavares, titular da 134ª DP (Centro) e responsável pela investigação, um policial militar, um policial civil, além do porteiro e síndico do condomínio em que o caso aconteceu. Outro policial militar, que também seria ouvido, não compareceu por estar de férias. Durante a audiência, foi analisado o pedido da defesa para que o réu seja considerado inimputável por insanidade mental. Anteriormente, a Justiça já havia negado o pedido de rejeição da denúncia apresentado pela defesa.
Em seu depoimento, a esposa de Vinícius da Silva Azevedo, Gabriela Petroceli Mota, relatou o momento em que percebeu que o marido tinha sido baleado pelo vizinho. 
Esposa da vítima, Gabriela Petroceli
Esposa da vítima, Gabriela Petroceli / Foto: Hevertton Luna
"A nossa fechadura fez barulho, e escuto Vinicius chamando o elevador, que é o momento que José Renato sai na porta dele. Naquele momento, ele fala com Vinicius, mas eu não consigo entender, porque ele grita. Eu escuto o Vinicius falar: ‘José Renato, não vamos por esse lado’. E eu escuto o tiro no andar. Eu fico sem saber o que fazer porque ficou um silêncio no corredor e eu corro para o banheiro para tentar escutar. Eu escuto o Vinícius falando com o vizinho ‘Me ajuda, que eu estou ferido’. Naquele momento, quando eu escuto ele dizendo que está ferido, eu abro a porta do apartamento e vejo o Vinícius escorado na porta desse morador. E ele fala: pede ajuda. E eu vou correndo para a janela e grito muito”, contou.
O advogado do síndico do prédio, Jan Fellipe Gomes da Motta, falou sobre a audiência: “Hoje a gente espera que a Justiça prevaleça. Indícios de autoria nós temos, então não há dúvidas em relação a isso”, disse.
Ao fim da audiência, o promotor de justiça, Bruno Sabioni Barreto comentou sobre a continuação da audiência e os próximos passos do processo judicial, que ele espera se encerre com o julgamento por júri popular. "O Ministério Público, nesta oporturnidade, diante de tudo que já fora produzido entendeu pela desnecessidade da oitiva do policial militar. A defesa institiu nesta oitiva, o que motivou a redesignação da audiência para a próximo 15 de maio. É um direito da defesa a insistência em relação à testemunha", argumentou o promotor. Ele ainda comentou sobre o pedido da defesa em considerar a insanidade mental de José Renato. 
Caso subsíndico
Caso subsíndico / Divulgação


Relembre o caso
O assassinato aconteceu na madrugada do dia 26 de fevereiro. Segundo a delegada Carla Tavares, titular da 134ª Delegacia de Polícia do Centro, o crime foi motivado por uma discussão relacionada a uma reclamação sobre vazamento de água em um dos apartamentos.

José Renato teria efetuado seis disparos contra o subsíndico e, mesmo após a vítima cair, continuou as agressões com coronhadas. Moradores do condomínio conseguiram deter o acusado até a chegada da Polícia Militar. Ele resistiu à prisão, mas foi contido e teve a arma apreendida.

A ficha criminal de José Renato inclui antecedentes por lesão corporal e ameaça em contexto de violência doméstica, importunação sexual, coação no curso do processo, disparo e posse ilegal de arma de fogo, além de tentativa de furto.

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