As obras do novo Centro Cirúrgico do Hospital Ferreira Machado (HFM), em Campos, já alcançaram 65% de conclusão. O espaço, que funcionará no quinto andar do hospital, está sendo projetado para complementar o atual centro cirúrgico, que continuará atendendo casos de emergência. A previsão é que a nova unidade funcione de segunda a sexta-feira, em dois turnos, com capacidade para realizar até 40 cirurgias eletivas por semana.

A ampliação permitirá a realização de um maior número de procedimentos, abrangendo especialidades como cirurgias pediátricas, ortopédicas e de otorrinolaringologia, áreas de grande demanda no município. Além disso, a nova estrutura contará com mais salas cirúrgicas, sendo duas delas preparadas para a realização de transplantes de órgãos.

Outro avanço é a instalação de um centro especializado no tratamento de queimados, equipado com balneoterapia – um tipo especial de banho utilizado nesses pacientes – e uma estrutura completa com unidade de terapia intensiva (UTI) própria, banco de pele e enfermaria exclusiva com seis leitos.

Andamento da obra
Atualmente, 65% da obra foram concluídos. A estrutura geral está 90% pronta, assim como os pisos vinílico e frio. A rede de gases já alcançou 95% de finalização, enquanto o revestimento está em 85%, a parte hidráulica em 80% e a instalação das portas em 70%. A parte elétrica segue em andamento, com 40% agilizados.

O arquiteto da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Mateus Alves, destacou o desafio arquitetônico envolvido no projeto. "Nosso objetivo foi criar um espaço funcional e seguro, garantindo que todas as áreas tenham os devidos isolamentos. Trabalhamos para que os profissionais e pacientes possam transitar de maneira organizada, sem cruzamentos desnecessários, o que melhora a segurança e a eficiência do atendimento", comentou.

Já o superintendente do HFM, Guilherme Ribeiro, ressaltou o impacto positivo do novo centro para a rede de saúde. "Com essa ampliação, poderemos reduzir significativamente a fila de cirurgias eletivas, além de oferecer um atendimento especializado para queimados e a possibilidade inédita de realizar transplantes de órgãos no hospital. Esse é um grande avanço para a saúde pública da nossa cidade", concluiu.

Os pacientes que estavam alocados no setor onde a obra está em andamento foram realocados para outras áreas do hospital, garantindo a continuidade do tratamento médico sem interrupções.