Justiça nega mais um recurso da defesa do acusado de mandar matar Letycia Peixoto
14/03/2025 18:51 - Atualizado em 14/03/2025 18:53
Diogo mantinha relacionamento com Letycia desde 2015
Diogo mantinha relacionamento com Letycia desde 2015

Desembargadores da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) negaram, por unanimidade, mais um pedido de recurso feito pela defesa do acusado de ser o mandante do crime que vitimou a gestante Letycia Peixoto e seu filho Hugo, Diogo Viola de Nadai. O julgamento aconteceu no dia 25 de fevereiro, mas a decisão foi publicada nesta sexta-feira (14).

“ACORDAM os Desembargadores que integram a Quinta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, por unanimidade, em conhecer o recurso e não prover os presentes embargos de declaração, nos termos do voto do Relator.”, desembargador Relator Cairo Ítalo França David.

As informações foram confirmadas pelo advogado da família das vítimas, Márcio Marques.
“Após perder o recurso em sentido estrito, que entrou no ano passado, a defesa do Diogo entrou com um segundo recurso, dessa vez, combatendo não a sentença do juiz que pronunciou o Diogo, mas o acórdão dos desembargadores que não aceitaram o recurso sentido distrito, com a alegação de que as provas não foram analisadas a fundo, que a Câmara Criminal não apreciou todas as teses do recurso. Mas a gente sabe que foi analisado sim”, explicou o advogado.

Outros três envolvidos no crime serão julgados em maio
Três dos envolvidos no caso Letycia, réus no processo, vão a júri popular no dia 21 de maio, no Fórum de Campos. Os acusados que serão julgados pelo Tribunal do Júri são o intermediário, que foi preso após violação de prisão domiciliar na manhã desta sexta-feira (21), o homem que estava pilotando a moto no dia do crime e o atirador.
O crime - No dia, Letycia estava no carro da empresa em que trabalhava conversando com sua mãe, que estava do lado de fora do veículo, na rua Simeão Scheremeth, próximo à Arthur Bernardes, quando, por volta das 21h, as duas foram surpreendidas por dois homens em uma moto.
O carona disparou diversos tiros na direção da gestante, que foi atingida na face, no ombro, na mão esquerda e no tórax. A mãe de Letycia, por instinto, chegou a correr em direção aos criminosos, momento em que foi atingida na perna esquerda. Câmeras de segurança flagraram o momento do assassinato.
Também no momento do crime, Letycia deixava a tia-avó Simone Peixoto, de 50 anos, em casa, após um passeio de carro que fazia sempre com ela para acalmá-la. No banco do carona, Simone, que tem Síndrome de Down, ficou coberta de sangue e a família diz que ela chora o tempo inteiro. Segundo o tio de Letycia, eles chegaram a pensar que a Simone havia sido baleada, mas se tratava de grande quantidade de sangue de Letycia após ser atingida.
As duas foram socorridas pelo tio da gestante e levadas para o Hospital Ferreira Machado (HFM), onde Letycia morreu logo após dar entrada. Uma cesariana de emergência foi realizada e o bebê transferido para a UTI neonatal da Beneficência Portuguesa, mas ele não resistiu e morreu horas depois. Já a mãe da gestante foi atendida, fez exames e recebeu alta.



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