
“No dia 4 de fevereiro tivemos um registro de ocorrência que davam conta de um incêndio no Campos Shopping. Ao verificar os vídeos das câmeras de segurança do shopping foi possível perceber que aconteceu uma explosão na loja. A vítima prestou as primeiras declarações, disse que não conhecia ou que não tinha contato com a autora, salvo uma confusão que havia ocorrido no início do ano. Fomos procurar um registro de ocorrência e encontramos um registro na Deam, de janeiro, de uma luta corporal entre a vítima e a autora. Neste momento tínhamos uma autoria identificada. A vítima reconheceu imediatamente aquela autora como sendo aquela mulher que ateou fogo na sua loja, no dia 4. No dia 7 de fevereiro, conseguimos a decretação da prisão temporária dessa autora. E agora no dia 10, ela foi presa no Espírito Santo. Ela cometeu o crime aqui e fugiu para a residência da mãe dela”, destacou Carla.

A delegada explicou como foi o passo a passo da autora após incendiar a loja. Dayanna contou que fugiu do local, queimou as roupas usadas no crime, foi até a casa dela, pegou o filho e fugiu para o Espírito Santo.
“Após atear fogo na loja ela saiu do shopping e já começou a gritar ‘corram porque está pegando fogo, uma mulher colocou fogo na loja’. Ela falava, 'uma mulher colocou fogo na loja' para tirar a responsabilidade dela, como se ela estivesse ajudando outras pessoas. Um tumulto foi gerado e ela conseguiu se misturar com outras pessoas e sair do shopping sem ser identificada. A autora foi até a residência dela, queimou as roupas que ela estava usando, pegou o filho e foi para o Espírito Santo, acreditando que lá ela estaria um pouco mais protegida da ação da justiça. O endereço nós conseguimos identificar através de familiares. Chegamos ao endereço e enviamos todos os dados para os colegas do Espírito Santo e eles conseguiram identificar o local e encontrar a mulher”, falou a delegada em coletiva de imprensa.
Sobre a motivação, Carla conta que Dayanna narrou que ela e a vítima se conhecem há anos e que a vítima teria uma relação extraconjugal com o marido dela. Ela alega que destruiu a loja porque teria sido construída pelo marido dela.
“O que nós temos nesse momento são as duas versões, da autora e da vítima. A autora narra toda a trajetória desde quando ela conheceu a vítima, os dados são muito precisos. Ela fala que conheceu a vítima desde os 19 anos. As duas eram do Espírito Santo e desde que ela tinha 19 anos, ela começou a ter problemas com a vítima. Segundo a autora, a vítima começou a se envolver com seu marido quando ele estava fora do presídio. O marido dela foi preso e continuaram mantendo relação. A vítima também tinha um companheiro neste mesmo presídio, onde o marido da autora cumpria pena. Então eles continuaram se encontrando no presídio, tanto que a autora diz que em uma dessas visitas, ela chegou a porta do presídio e encontrou a vítima lá, ou seja, cada uma tinha um dia para visitar. A autora narra um veículo que estava na propriedade dela e que o marido pegou e deu de presente para a vítima e que ela viu nas redes sociais. Quando ela chegou na loja, ela falou, ‘eu vim aqui porque eu vou destruir a loja da amante do meu marido'. Ela diz que ela desejava destruir a loja porque ela foi montada pelo marido dela e ela não achava isso justo”, falou Carla.
Ainda na coletiva, Carla Tavares ressaltou que a mulher afirmou que a vítima teria sido apreendida quando era menor de idade, mas esse fato ainda será verificado.
“A acusada diz que a vítima já foi apreendida enquanto menor. A apreensão de adolescente infrator não aparece na FAC. Então, como esse é um dado que chegou agora, trazido pela autora, a gente ainda precisa verificar isso, porque é uma questão que a gente pesquisa especificamente e são dados restritos com relação a adolescente infrator. Ela alega ainda que quando a vítima saiu dessa internação que começou o relacionamento com o marido dela”, diz a delegada.
A delegada concluiu as investigações. Agora, a mulher será transferida imediatamente para o presídio em Campos. Ela será autuada pelos crimes de incêndio e tentativa de homicídio contra as quatro vítimas atingidas no incêndio, dentre elas um idoso de 78 anos, que está internado em estado grave.
“Ela vai ser transferida para o presídio imediatamente. Será autuada pelos crimes de incêndio e tentativa de homicídio contra as 4 vítimas. No momento que ela jogou a gasolina e ateou fogo, ela não se preocupou com mais nada ou com as pessoas que estavam dentro da loja, com várias pessoas que estavam no shopping. Então ela assumiu o risco de produzir esse resultado, a partir do momento que ela assume esse risco, ela responde pelo crime de tentativa de homicídio, por ter colocado várias vidas em risco, inclusive a de um senhor de 78 anos que inalou muita fumaça e está em estado grave. Nesse momento, a gente consegue dizer que as investigações estão concluídas, materialidade comprovada, a autoria identificada, as peças técnicas todas no procedimento, a investigação está concluída", finaliza.
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