De acordo com a médica geriatra e coordenadora do CDAP, Deborah Casarsa, uma maior atenção para as políticas públicas de saúde no que tange os sintomas demenciais, é uma das exigências do prefeito Wladimir Garotinho. “Para ser atendido no CDAP, o paciente precisa de um encaminhamento, que deve vir proveniente das unidades de saúde do município, como as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e policlínicas, ou de um médico particular, com a queixa de problemas de memória mais expressivos”, destacou a médica.
O processo de atendimento no CDAP começa com uma triagem cognitiva, composta por testes específicos de memória e outras habilidades. "O paciente é avaliado, e a partir dessa pontuação, será encaminhado para a equipe multidisciplinar", explica a doutora Deborah. Essa equipe inclui médicos especialistas, como psiquiatras, neurologistas ou geriatras, além de profissionais de fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, entre outros, que acompanham o paciente em suas necessidades diárias.
Ela destaca a importância do suporte à família no cuidado desses pacientes: "A família precisa compreender que Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que avança com o tempo, comprometendo a memória e as habilidades funcionais. Atividades simples do cotidiano, como escovar os dentes ou atender o telefone, se tornam desafiadoras. Quanto mais a família entender a doença, mais fácil será lidar com o paciente", disse Casarsa.
O CDAP oferece, ainda, estratégias para ajudar os familiares a lidar com mudanças comportamentais comuns nos pacientes, como os episódios de agitação no final da tarde. "Alterações no comportamento, como a confusão no entardecer, podem ser amenizadas com ações simples, como fechar as cortinas para o paciente não perceber a transição do dia para a noite. Outras abordagens, como a terapia da boneca, também podem ajudar, permitindo que o paciente transfira comportamentos irritadiços para gestos de afeto e cuidado", afirma a coordenadora.
Segundo Deborah Casarsa, o tratamento não farmacológico é fundamental no cuidado desses pacientes. "As medicações são importantes para retardar a progressão da doença, mas as intervenções cognitivas são fundamentais. Essas intervenções buscam aumentar a reserva cognitiva, ou seja, a capacidade de memória do paciente, além de estimular a neuroplasticidade do cérebro, permitindo que ele se adapte de forma mais eficaz ao avanço da doença”, explica a médica.
O Fevereiro Roxo, portanto, não é apenas uma campanha de conscientização, mas um convite à ação. "É essencial que as famílias estejam atentas aos sinais precoces da doença, para que o tratamento seja iniciado o quanto antes", completou a coordenadora do CDAP.
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