Ciclovias de Campos em situação crítica
Ingrid Silva - Atualizado em 06/11/2024 10:17
Desde a implementação das ciclofaixas em Campos, as ciclovias têm sido deixadas de lado e em situações de abandono, como observado por quem usa o meio de locomoção no município. Os trechos apresentam não só buracos, mas também matos altos e falta de iluminação em alguns pontos, como observado nas avenidas Presidente Kennedy, Arthur Bernardes e Sete de setembro, além da ciclovia principal, a Patesko, na avenida 28 de Março. Outro ponto também observado é o problema de deformação por conta das raízes de árvores mais antigas, que acabam atingindo a ciclovia, além de pedras no caminho, como notado na área do Jóquei Clube.
  • Situação da ciclovia na avenida Presidente Kennedy

    Situação da ciclovia na avenida Presidente Kennedy

  • Situação da ciclovia na avenida Presidente Kennedy

    Situação da ciclovia na avenida Presidente Kennedy

  • Situação da ciclovia na avenida Presidente Kennedy

    Situação da ciclovia na avenida Presidente Kennedy

Já na ciclovia principal, a Patesko, localizada na 28 de Março, diversos guarda-copos e proteções do lado estão destruídos. Os trechos servem para praticantes de caminhada ou corrida e logística de trabalhadores, como é o caso de Phelipe Batista, de 26 anos. Ele faz um percurso de cerca de 3 a 4 km de bicicleta todos os dias para o trabalho, também no período da noite, e percebe os desafios.

“Então, por mim, é um total descaso nessas ciclovias desta cidade. No período noturno ainda fica pior com baixa iluminação e sinalização bem escassa. Isso tirando os buracos que ainda permanecem prejudicando os ciclistas e pessoas que fazem caminhada. Já com a implementação das ciclofaixas, algo bem desregulado e sem padrão de tamanho para trafegar, as ciclovias agora foram abandonadas e deixadas de lado me causando dificuldades para transitar e querer ir trabalhar. É preciso de melhorias urgentes e tomara que tenha”, disse Phelipe.
  • Situação da ciclovia de Campos

    Situação da ciclovia de Campos

  • Situação da ciclovia de Campos

    Situação da ciclovia de Campos


Já Jane Kelly Silva, de 55 anos, anda de bicicleta há dois anos e utiliza o meio de lomoção também para ir trabalhar, fazendo até mesmo um percurso longo, como de Donana até a avenida Pelinca, onde trabalha como doméstica. Ela também percebe os desafios nas vias, incluindo no período noturno.
“Essas ciclovias estão precisando de uma reforma mesmo. Mas, enquanto não tem a reforma, a pessoa tem que trafegar. Agora eu só venho pra cá às sete horas da noite. Ali do Bela Vista pra lá, terminando a 28 de Março, a ciclovia está muito ruim. Parece que os carros batem, fica umas partes tortas, que atrapalham até o ciclista na hora de passar. Iluminação em alguns pontos também, às vezes está escuro, fica perigoso”, disse Jane.
No dia 25 de outubro, uma árvore caiu na ciclovia da rua Felipe Uebe após a ventania e chuva registrada no dia anterior. Ninguém se feriu, mas a situação poderia ter sido fatal devido ao tamanho da árvore, que também destruiu fios e deixou parte dos moradores e trabalhadores sem luz na região.
Mesmo com a ciclovia da Arthur Bernardes, no momento, estar com o mato aparado, a Folha já observou diversas vezes a situação recorrente no local, como no início do ano, em janeiro, matos quase batendo na cintura e no ombro em partes da avenida. Além de atrapalhar a visão dos ciclistas, o caso ainda traz preocupação para os moradores em relação a bichos peçonhentos, doenças e segurança (devido à falta de iluminação em certos trechos).
Avenida Arthur Bernardes
Avenida Arthur Bernardes / Rafael Khenaifes


O Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) informou, através de nota, que realiza estudo de requalificação das ciclovias para adequação. O órgão está em contato com a Secretaria de Serviços Públicos para execução de limpeza e com a Secretaria de Obras e Infraestrutura para correção de problemas estruturais.

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