CCH da Uenf divulga moção de repúdio à denúncia de assédio
Ingrid Silva 24/07/2024 10:36 - Atualizado em 24/07/2024 14:00
Uenf
Uenf / Antonio Leudo
“O Conselho de Centro de Ciências do Homem (CCH) da Uenf vem por meio dessa moção expressar publicamente seu repúdio em relação à circulação de cartazes anônimos nas instalações da universidade, os quais acusam o coordenador do curso de Ciências Sociais de assédio, sem especificação; o diretor do CCH de tentativa de corrupção e a reitora da Uenf de omissão”. Foi dessa maneira que o CCH divulgou a moção de repúdio, nessa terça-feira (23), sobre suposto assédio a uma suposta aluna da Uenf em 2023, publicado no último dia 15 pelo Blog Opiniões (aqui).

Na situação, uma servidora da universidade, que teria sido flagrada pelo circuito interno de segurança da Uenf como possível responsável por ter colado os cartazes com as supostas denúncias em um banheiro do prédio da reitoria, teria deposto na 134ª Delegacia de Polícia (Centro) sobre o caso, logo após os professores comparecerem em sede policial para registrar queixa de calúnia, que segue em investigação.

“A falta de provas e a ausência de uma identificação de uma suposta vítima tornam essas acusações impossíveis de ganharem o status de um fato jurídico, o que também impossibilita qualquer encaminhamento justo, adequado e consequente. O devido processo legal existe para que iniciativas de insulto moral não resultem na condenação sumária e sem direito de defesa de pessoas e organizações", relata a moção.
O Conselho de Centro de Ciências do Homem ressaltou, ainda, sobre a espera que o caso seja esclarecido e que "as circunstâncias relacionadas à divulgação destes insultos sejam rigorosamente apuradas". Foi informado, ainda, sobre o pedido da abertura de um processo à reitoria.
"Instamos à reitoria a abertura de um processo administrativo disciplinar ou a adoção das ações administrativas necessárias para o esclarecimento dos fatos, inclusive a identificação da servidora registrada nas filmagens, para que medidas cabíveis sejam tomadas em relação a essa pessoa”, diz a moção de repúdio, lembrando também sobre as consequências que o caso pode trazer tanto para a universidade quanto para os citados, mesmo que indiretamente.

Também foi citado que a universidade dispõe de canais institucionais adequados para a recepção de denúncias, como a ouvidoria ou representantes dos alunos ante as diferentes instâncias colegiadas da universidade, que não teriam sido acionados nesse caso específico. “É fundamental que quaisquer alegações sejam encaminhadas por meios oficiais e apropriados, garantindo assim a investigação correta e justa dos fatos”, explica a nota

Essa foi a terceira manifestação em relação ao caso, já que a primeira foi feita pelo Laboratório de Estudos da Sociedade Civil e do Estado (Lesce) do CCH, no dia 16 de julho, com uma nota de repúdio. A outra foi do Conselho Universitário da Uenf, que divulgou, dois dias depois, uma moção de repúdio à criação e disseminação de fake news no ambiente universitário. (I.S.)

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