Ao constatar em 15 minutos, por meio de um eletrocardiograma (ECG), que a vítima havia sofrido um IAM, a médica da UPH fez contato com a equipe de hemodinâmica do Hospital Escola Álvaro Alvim (HEAA), onde a paciente foi imediatamente atendida pelo cardiologista intervencionista Jamil da Silva Soares.
"Achei excepcional o fato de às 20h40, ou seja, em 15 minutos, já ter o laudo do ECG confirmando o infarto. Fomos contactados 20 minutos após a paciente ter dado entrada na UPH. Pedi que fosse providenciada a remoção imediata dela para o hospital e, ao mesmo tempo, acionei a UTI do Álvaro Alvim para a liberação de uma vaga e a equipe técnica da hemodinâmica", contou o cardiologista.
Ele disse, ainda, que às 21h10 a sala de hemodinâmica já estava pronta para receber a paciente, que estava sendo transportada em uma ambulância da UPH. "Às 22h05, a paciente chegou ao hospital, acompanhada da dra. Larissa. Fizemos o cateterismo, que é um exame para identificar obstruções nos vasos sanguíneos que irrigam o coração. Definimos qual artéria estava ocluída, realizamos sua abertura através da angioplastia coronária primária e colocamos um stent, reconstruindo totalmente o fluxo dessa artéria", explicou Jamil Soares, ressaltando que o procedimento ocorreu sem nenhuma intercorrência.
A paciente, segundo ele, permaneceu na UTI e nesta quinta-feira (06) teve alta para a enfermaria. "O quadro de saúde dela é estável e, se continuar evoluindo bem, terá alta hospitalar em 24h ou 48h", acrescentou o cardiologista, que parabenizou toda a equipe, desde a médica da UPH ao motorista da ambulância, além dos profissionais do Álvaro Alvim.
"Quando analisamos alguns fatores, como a distância que essa paciente estava do hospital, cerca de 50 km, e a agilidade no atendimento, ficamos felizes com o sucesso do procedimento, feito em um tempo bem curto, incluindo aí o primeiro atendimento na UPH. Toda a equipe funcionou e está de parabéns. Existem dados na literatura que demonstram que cada minuto de retardo no atendimento a um paciente infartado, se ele sobreviver, perde em média 11 dias de vida", explicou o médico.
Jamil afirmou que o SOS Coração era um sonho antigo, que se tornou realidade, graças aos esforços do secretário municipal de Saúde, Paulo Hirano, e sua equipe. "Esse projeto é um marco para Campos. Ter o serviço funcionando é muito bom e os resultados estão aí". O tempo de atendimento desde que o paciente chega à emergência do hospital até a desobstrução da artéria afetada na sala de hemodinâmica não pode ultrapassar duas horas.
O secretário de Saúde, Paulo Hirano, ressaltou que o fortalecimento da Rede de Urgência e Emergência faz parte do programa de governo do prefeito Wladimir Garotinho e do vice Frederico Paes. “As múltiplas ações na área da saúde só têm acontecido porque existe uma determinação do prefeito e do vice para que o município possa avançar. Vamos avançar ainda mais e cumprir com nossa missão maior que é cuidar das pessoas”.