Policiais civis da 146ª Delegacia de Polícia (Guarus), com apoio da Delegacia de Atendimento a Mulher (Deam-Campos), Polícia Militar (PM) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), prenderam o principal suspeito pela morte de Flaviana Teixeira de Lima, de 23 anos, morta a facadas dentro de seu bar em Travessão, na madrugada de domingo (5). O homem de 46 anos foi preso após se apresentar na delegacia com um advogado, em cumprimento de mandado de prisão temporário. Ele teria matado a vítima por não aceitar o fim do relacionamento.

A delegada Pollyana Henrique, titular da 146ª DP, e Madeleine Dykeman, delegada da Deam, além de representantes da PM e da PRF, realizaram uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (6), para falar sobre o trabalho realizado até a prisão do homem.

Pollyana destacou o Grupo Especial de Local de Crime (Gelc), implementado na 146ª DP que vem apresentando resultados positivos e foi importante para a resolução do crime em menos de 24 horas.

— Na medida em que o Gelc foi ao local e colheu as provas, ele se encaminhou a casa do autor e também para a casa de familiares do mesmo. Assim, nós tivemos um panorama melhor do que estava acontecendo e na medida em que nós tomamos conhecimento dessa real possibilidade de fuga, acionamos a PM e PRF e as diligências se intensificaram. Sem dúvida nenhuma esse foi o fator que evitou a fuga do autor e que possibilitou a conclusão de um procedimento investigatório do inquérito policial de feminicídio, que foi concluído em menos de 24 horas. Certamente isso motivou que esse autor optasse por se apresentar na delegacia. O preparo do procedimento pelo Gelc deu base para que houvesse a representação pela prisão temporária desse autor — explicou.

A delegada da 146ª DP preferiu não informar o local da prisão, mas contou que ele estava na casa de familiares. Durante a ação do Gelc, os policiais constataram que o homem pretendia fugir. Com isso, a delegacia acionou a PRF para fechar todas as vias de saída da cidade e a PM as vias paralelas.

Ao tomar conhecimento do crime, mesmo não tendo atribuição com o caso por ser tratar de um feminicídio consumado, a Deam-Campos também auxiliou nas diligências, como explicou a delegada Madeleine Dykeman.

— A vítima possuía uma medida protetiva recente contra o autor. Eles começaram a namorar em setembro de 2022, mas no final do ano ela percebeu que o relacionamento não ia bem e se separou. Ela chegou a voltar, mas depois pediu a separação novamente. Ele morou um mês na casa dela e não aceitou o fim. A medida protetiva é recente, de janeiro de 2023 — contou.