Hotel Flávio ainda aguarda escoramento e obras
Joseli Matias 18/02/2023 08:14 - Atualizado em 18/02/2023 08:18
  • Escombros do Hotel Flávio (Foto: Rodrigo Silveira)

    Escombros do Hotel Flávio (Foto: Rodrigo Silveira)

  • Escombros do Hotel Flávio (Foto: Rodrigo Silveira)

    Escombros do Hotel Flávio (Foto: Rodrigo Silveira)

  • Escombros do Hotel Flávio (Foto: Rodrigo Silveira)

    Escombros do Hotel Flávio (Foto: Rodrigo Silveira)

  • Escombros do Hotel Flávio (Foto: Rodrigo Silveira)

    Escombros do Hotel Flávio (Foto: Rodrigo Silveira)

  • Escombros do Hotel Flávio (Foto: Rodrigo Silveira)

    Escombros do Hotel Flávio (Foto: Rodrigo Silveira)

  • Escombros do Hotel Flávio (Foto: Rodrigo Silveira)

    Escombros do Hotel Flávio (Foto: Rodrigo Silveira)

O incêndio que destruiu o prédio do antigo Hotel Flávio, no Centro de Campos, completa três meses neste domingo (19) e nada foi feito no local até o momento, com exceção da interdição do trecho da rua Carlos Lacerda para evitar acidente, devido ao risco de desabamento do que sobrou da estrutura do edifício. O bloqueio, entretanto, não impede a passagem de pedestres, bicicletas e motocicletas pelo local, nem mesmo o acesso de pessoas aos escombros.
Até o momento, não foi apresentado um projeto que sinalize a recuperação do imóvel, como cobrado pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos dos Goytacazes (Coppam), e nem mesmo o escoramento para estabilização da fachada foi realizado no local.
De acordo com a Prefeitura de Campos, as intervenções devem ser feitas pelos donos do imóvel, que está interditado, e o Coppam está acompanhando o caso. Nessa terça-feira (14), segundo o governo municipal, houve uma reunião do departamento jurídico do Conselho com três representantes da família proprietária do Hotel Flávio, por meio de videoconferência.
“O Coppam expôs sobre a necessidade de intervenção no imóvel e a manutenção da fachada, pois isso possibilitará a liberação do trecho da rua Carlos Lacerda que está interditado. Ficou agendada uma nova reunião, com os representantes da família proprietária e os conselheiros, por videoconferência, no começo de março”, afirmou a Prefeitura, em nota.
Escombros do Hotel Flávio
Escombros do Hotel Flávio / Rodrigo Silveira
No dia 28 de dezembro, o Coppam informou que notificou a família sobre a necessidade de medidas urgentes para a proteção da fachada do prédio, que precisa ser preservada e que o prazo para as intervenções já havia expirado. Na ocasião, o advogado que representa a família informou que ainda não havia projeto e que estavam analisando a viabilidade.
Outras interdições — Um estacionamento que fica situado ao lado do prédio do Hotel Flávio também foi interditado após o incêndio, em função da queda de adobes (grandes tijolos). Segundo a Defesa Civil, devido ao intenso calor do incêndio, houve dilatação do paredão de cerca de 15 metros de altura, com o desprendimento dos tijolos para fora da parede lateral, no lado esquerdo do prédio, que caíram no estacionamento. O prédio de apartamentos com parede geminada ao Hotel Flávio também foi desocupado.
Última reforma aconteceu nos anos 1990
O Hotel Flávio estava desativado e foi tombado pelo Coppam em 12 de setembro de 2013. Trata-se de um prédio do século XIX, que foi construído para residência da nobreza campista. O prédio histórico pertenceu a familiares do Visconde de Araruama e também abrigou a família do Barão de Itaóca, último presidente da Câmara Municipal do Império, no século XIX.
Após abrigar famílias nobres, no século XX, o antigo Hotel Flávio, que funcionava na praça do Santíssimo Salvador, foi transferido para o imóvel. Sem manutenção, parte da estrutura em madeira e da alvenaria começou a apresentar desgastes pela ação do tempo.
A última reforma ocorreu no final dos anos 1990. Em 2013, a Defesa Civil encaminhou ao Ministério Público Estadual um laudo informando as condições do prédio. Na ocasião, o Coppam também denunciou junto ao MPE a má conservação desse imóvel.
Em junho de 2018, parte do quarto andar do prédio desabou. Na ocasião, o Coppam se reuniu e definiu medidas emergenciais junto à Defesa Civil municipal, como o isolamento da área, de um estacionamento e cartório vizinhos ao imóvel. Em 2019, o prédio chegou a ser colocado à venda.

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