A delegada Madeleine Farias divulgou uma nota do caso do policial preso em flagrante, na tarde de segunda-feira. Segundo a nota, o policial chegou a fazer mais de 30 ligações para o telefone da vítima, exigindo que ela se encontrasse com ele para uma conversa. “Ao ter o pedido o negado, o policial invadiu o condomínio da vítima e bateu na porta de sua casa. Ao perceber que o policial estava em sua porta, a vítima e o filho dela fugiram pela porta dos fundos, abrigando-se na casa de uma vizinha, ocasião em que acionaram a Polícia Militar”, diz a nota.
Ainda no relato, quando a Polícia Militar chegou, o policial já não estava no local, mas ao saber que a vítima havia sido levada para a Deam, o policial militar dirigiu-se para a delegacia para, segundo a Civil, intimidar a vítima para que ela não fizesse o boletim de ocorrência. Com isso, ele foi preso em flagrante pelos policiais da Deam por ter perseguido a vítima com insistentes ligações e ter aparecido em locais frequentados por ela, ameaçando a integridade física e psicológica da vítima.
O policial foi conduzido para a Corregedoria da PM para que ele ficasse custodiado, onde permanecerá à disposição da Justiça.
Ameaças desde 2008 - O casal teve um relacionamento breve em 2008, período em que o policial ameaçou a vítima. Na época, ela chegou a fazer um boletim de ocorrência e obteve medidas protetivas, mas abriu mão após o policial ter dito que estava arrependido.
“Em junho de 2022, o casal ficou junto novamente e o policial insistia para que retomassem o namoro de forma definitiva, mas a vítima afirmava que não queria. A partir disso, iniciaram inúmeras perseguições e ligações para controlar os passos da vítima. Quando vítima disse que registraria o fato na Deam, o policial a ameaçou novamente dizendo que atiraria no joelho dela e a que a torturaria dia e noite”, relata a nota. A Folha pediu nota à secretaria de Estado de Polícia Militar sobre o caso e aguarda a resposta.
Outro caso - Um agente do Batalhão de Polícia Rodoviária também é suspeito de violência doméstica, em Campos. Na última sexta-feira (10), policiais militares foram acionados para a ocorrência em que uma mulher alegou ter sido agredida pelo companheiro, que é policial militar lotado no BPRv.
“A vítima foi conduzida à Deam e posteriormente levada para a 6ª DPJM, unidade subordinada à Corregedoria da Corporação para que fosse formalizada a queixa contra o policial. O referido agente já foi identificado pelo comando do BPRv”, diz que abriu um procedimento apuratório para analisar a denúncia contra o militar. Cabe ressaltar que a Corporação não compactua com desvios de conduta praticados por seus integrantes”, diz a nota da secretaria de Estado de Polícia Militar.