Dora Paula Paes
02/04/2025 07:38 - Atualizado em 02/04/2025 21:32
Rodrigo Silveira
Com um belo roteiro histórico-religioso arquitetônico, bem no centro da cidade de Campos, uma igreja está de fora: a Igreja de Nossa Senhora do Terço, na rua Carlos de Lacerda. A construção religiosa, tombada pelo Conselho da Preservação do Patrimônio Arquitetônico Municipal (Coppam), pertencia a uma Irmandade Religiosa, que começou sua construção no início do século XIX. No momento, a Diocese de Campos precisou acionar a Justiça com um processo de posse da construção, em decorrência da morte de todos os membros da irmandade. Ao mesmo tempo, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) ajuizou, em 2020, ação civil pública em face da Mitra Diocesana para garantir a preservação e proteção legal do imóvel. Na terça-feira (1º), seu pátio passou por capina, o que melhorou o aspecto de abandono.
O Bispo Diocesano de Campos, Dom Roberto Francisco, informa que diante da preocupação do restauro da Igreja de Nossa Senhora do Terço, cabe fazer algumas observações. “A construção não pertencia à Diocese de Campos, mas a uma Irmandade religiosa, mas que deixou de existir pela morte dos membros. Diante disso, a Diocese necessitou entrar com um processo de posse da construção. Inclusive, durante o período de transição aconteceram casos de roubos de peças, como consta no Inepac”, disse ele. O Instituto Estadual do Patrimônio Cultural é o órgão responsável pela preservação do patrimônio cultural e artístico no estado do Rio.
- A referida Igreja precisa passar por obras de restauração, mas infelizmente não há recursos financeiros para todo o trabalho necessário, apenas medidas cautelares como as já realizadas. Todavia, vale ressaltar que sem o auxílio da iniciativa privada fica inviável a restauração da Igreja de Nossa Senhora do Terço. Também, a Diocese de Campos não pode ser responsabilizada pela situação atual do templo, pois a Mitra Diocesana não tinha a posse do prédio - explica o bispo.
Entretanto, pouco se sabe da história da Igreja. O historiador, Júlio Feydit, em seu livro “Subsídios para a História dos Campos dos Goytacazes”, cita que “em 1813 benzeu-se a 1ª pedra para a fundação da igreja”, mas somente em 1849, a obra foi retomada. No prédio também foi instalado o liceu provincial.
Em nota, o MPRJ explica que a Igreja Nossa Senhora do Terço está inserida em área especial de interesse cultural (AEIC), no Centro de Campos. "A ação objetiva a condenação da instituição na realização das obras de conservação e restauração necessárias, seguindo projeto elaborado por profissional habilitado e aprovado pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos dos Goytacazes (Coppam).O MPRJ também se manifestou pela inclusão do Município de Campos no polo passivo do processo, em razão de seu dever subsidiário de preservação do bem. O andamento do processo pode ser consultado junto ao TJRJ, sob o número 0008600-65.2020.8.19.0014", ressalta o texto.
O Coppam, responsável por tombamento e fiscalização do patrimônio municipal, informa que promoveu uma visita técnica à igreja Nossa Senhora do Terço, em 2021. Na ocasião, o arquiteto Ronaldo Sousa, conselheiro do Coppam, criou um relatório técnico sobre a vistoria. "Verificou-se, na visita técnica, que o bem tombado se encontrava em situação de abandono e em estado de deterioração", disse a nota.
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