
Apesar de oficialmente possuir 10 anos de atividade, a história do Museu tem início no final dos anos 90. Um dos mais relevantes prédios do centro histórico campista, que já foi sede da prefeitura e da Câmara de Vereadores, da Biblioteca Municipal (fim dos anos 1970), depois ocupado por secretarias, começa os preparativos para ser o museu de Campos em 1997, através da lei municipal 6.339. Porém, o prédio estava em péssimas condições de conservação.
“O início foi uma ocupação mesmo, pois o prédio não tinha nenhuma condição de receber o Museu; nem nada, na verdade. Estava muito danificado, mas ficamos lá, e mesmo assim conseguimos recuperar muitos documentos, salvamos arquivos importantes da antiga Câmara”, relata a historiadora Sylvia Paes, a primeira responsável pela instituição.
Os amigos do Museu — dos museus
A Associação Amigos do Museu já nasce com uma grande responsabilidade: apoiar o Museu Histórico e o Olavo Cardoso em um momento conturbado para a cultura. Além da pandemia da COVID-19 que afetou o setor fortemente, cortes de verbas federais e o já combalido orçamento municipal dificultam atividades culturais de toda sorte.

“A instituição da Associação abre a possibilidade que o Museu Histórico atue como os grandes museus espalhados pelo mundo. A iniciativa privada atuando em respeito e em conjunto com a gestão pública poderão trazer benefícios estratégicos para o museu”, disse Fernanda.
A participação da sociedade civil chega em boa hora nos Museus de Campos. Fomentar e apoiar a cultura é fundamental para construção de uma cidade melhor e com mais identidade e reconhecimento, e consequentemente, um país mais justo. Confira a entrevista com Fernanda Renó:
Edmundo Siqueira – Fernanda, nesta semana foram eleitos os integrantes para a Associação Amigos dos Museus de Campos, que além do Museu Histórico, abrange o Olavo Cardoso. A entidade é uma associação civil, sem fins lucrativos, que deverá atuar em ações conjuntas nas instituições museísticas de Campos. Você foi eleita para o cargo de 1º secretária, e tem experiência na área museológica, além de ser advogada. Como você avalia a participação da sociedade em equipamentos culturais?

Edmundo – Uma associação que se define como “amigos dos museus” pretende atrair apoios dos mais diversos ao equipamento e, em última análise, investimentos. Como vê a participação da iniciativa privada nos Museus? Caberia no Museu Histórico algum tipo de cessão de espaços, para exposições privadas ou mesmo exploração para restaurantes ou cafés?
Fernanda – A instituição da Associação abre a possibilidade que o Museu Histórico atue como os grandes museus espalhados pelo mundo. A iniciativa privada atuando em respeito e em conjunto com a gestão pública poderão trazer benefícios estratégicos para o museu. Serão avaliadas todas as possibilidades de atividades que possam gerar renda, desde que impreterivelmente garantam a proteção ao patrimônio cultural e atendam a toda a regulamentação do setor.
Edmundo – Um dos principais pontos que um equipamento cultural deve trabalhar é acessibilidade. Como você pensa que a Associação pode atuar para atrair o público aos Museus de Campos, que estão na área central, e permitir que conheçam sua história? E conhecendo, como formar um olhar crítico?
Fernanda – Esse é justamente o ponto central do que projetamos para o Museu, atrair a população para sua própria história. Parafraseando Cazuza, pensamos em “museu de grandes novidades”, um lugar onde passado, presente e futuro se encontrarão continuamente, aguçando ainda mais o aprendizado, a curiosidade e a imaginação.
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Edmundo Siqueira
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