Bar do Dandão, em Campos, recebe fiéis católicos em anos de história
Pedro Henrique Figueiredo 15/04/2025 12:14 - Atualizado em 15/04/2025 13:00
Roberto Duarte
Roberto Duarte / Rafael Khenaifes
(Por Pedro Henrique Figueiredo e Rafael Khenaifes)
Alguns católicos pensam que o consumo de cerveja e outras bebidas que contém álcool é pecado. Porém, a Santa Igreja não vê problema no consumo de álcool moderado, sempre e, quando este se faça com responsabilidade e não ponha em risco a nossa santificação e a nossa salvação. Não é muito diferente em Campos, o Bar do Dandão recebe todos os tipos de pessoas, inclusive os cristãos católicos.
§2290. “A virtude da temperança leva a evitar toda a espécie de excessos, o abuso da comida, da bebida, do tabaco e dos medicamentos. Aqueles que, em estado de embriaguez ou por gosto imoderado da velocidade, põem em risco a segurança dos outros e a sua própria, nas estradas, no mar ou no ar, tornam-se gravemente culpados”.
O bar está instalado em uma área cultural, berço do samba, conhecido como morrinho, na esquina da Rua Lacerda Sobrinho com Rua Dr. Cardoso de Melo, em Campos, conta com anos de história, sendo frequentado por famílias, sambistas, jornalistas ou coisas parecidas. Roberto Duarte, mais conhecido como Dandão, explicou que o bar deve ser reconhecido como bem imaterial pela trajetória e tradição na cidade. O bar já possui mais de 35 anos de história e, segundo ele, é o genuflexório dos fiéis.
“Deve se tornar bem material pelo tempo que já existe, pelo bom tratamento que a gente dá as pessoas e é tradicional. Aqui tem melhor pastel de Campos, o melhor pastelzinho de Campos, e tem também o famoso churrasquinho, a esquina é tradicional. Meu bar já foi frequentado por artistas de Campos e do Rio de Janeiro”, disse Roberto Duarte, o famoso "Dandão”.
"O convívio dos amigos é o que condiz com toda a família do bar de Dandão. Frequento o bar tem aproximadamente 28 anos", comentou Oscar Junior Luiz, cliente do bar e advogado.
Santo Arnulfo
Santo Arnulfo / Creative Commons
História de Santo Arnulfo
É bom observar que a Igreja Católica tem um rito em latim para abençoar a cerveja e, como não, também temos a São Arnulfo de Metz, padroeiro dos cervejeiros.
Santo Arnulfo nasce na Áustria, no ano de 580, em um tempo que o país era famoso por elaborar cervejas de excelente qualidade na época. Desde pequeno sentia chamado a seguir a Deus e, por essa razão, entrou no monastério beneditino, mesmo sendo muito jovem. Mais para a frente foi nomeado abade e, finalmente, bispo de Metz, França, aos 32 anos de idade.
Sendo bispo de Metz chegou à dita região uma peste que contaminou a água e muita gente ficou doente por consumi-la. Por isso, Santo Arnulfo animava seus fiéis a deixarem de consumir a água contaminada e beber cerveja. Hoje em dia, sabemos que, ao ferver a água para a fabricação da cerveja, ela fica livre dos germes que produziam a enfermidade.
No ano de 627, Santo Arnulfo se retirou para um mosteiro perto de Remiremont, na França, onde morreu e foi enterrado no ano de 640.
No ano seguinte, os cidadãos de Metz pediram que seu corpo fosse exumado e levado para a cidade para enterrá-lo na Igreja local.
Enquanto os fiéis carregavam o corpo de volta, vários deles sentiram-se cansados, esgotados e pararam numa taberna para comprar cerveja. Ao entrar, descobriram com tristeza que só havia uma garrafa e tiveram que compartilhar.
Então, de forma surpreendente a garrafa nunca acabou e todos puderam beber a cerveja e matar sua sede.
Esse milagre foi atribuído a São Arnulfo e é a razão pela qual a Igreja o considera o Santo Padroeiro dos cervejeiros.
Santo Arnulfo é venerado como santo na Igreja Católica e também na Ortodoxa e sua festa é celebrada em 18 de julho.

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