Receita de gestão da Unimed Campos
Dora Paula Paes 28/11/2021 11:40 - Atualizado em 29/11/2021 11:38
“A pandemia chegou de forma avassaladora no mundo, expôs diversas fragilidades e principalmente provou que não existem mais fronteiras no mundo globalizado. A célebre alcunha de mundo volátil, incerto, ambíguo e complexo se confirmou da pior forma possível”, a afirmação é do presidente do Conselho de Administração da Unimed Campos, Leonardo Ferraz. Frente a um dos maiores hospitais da rede conveniada do município, Ferraz fala dos desafios que estão sendo vencidos no enfrentamento à maior crise sanitária global, comtecnologia, inovação e processos mais humanizados fizeram a diferença no enfrentamento ao novo coronavírus.
Segundo ele, e infelizmente, o Brasil tomou medidas de forma descoordenada. “Vivemos em um país continental onde não respeitamos as diferenças, ou seja, tentamos enfrentar a pandemia da mesma forma em cidades com perfis epidemiológicos diferentes”, ressalta.
Leonardo Ferraz conta que a Unimed Campos passou por diversos estágios da evolução da pandemia e do conhecimento científico que a cada momento era produzido. E medidas rápidas foram sendo tomadas:
“Nos apressamos em retirar o atendimento de emergência das síndromes respiratórias de dentro da estrutura física do hospital e criamos um pronto atendimento em frente ao hospital; também inovamos e criamos uma central de telemonitoramento para os pacientes com casos leves de Covid-19 que não estavam hospitalizados, usando profissionais nossos que se encontravam em home office”, explica.
Dentre as medidas, a questão do espaço físico e do contingente da unidade também foi reorganizada. “Aumentamos os leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), contratamos diversos profissionais, nos abastecemos de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), de mais respiradores e materiais e medicamentos envolvidos na terapia dos pacientes”, conta.
A Unimed Campos ainda precisou lidar com os preços dos materiais. ”Infelizmente, a lei da oferta e procura se fez presente e chegamos a pagar em alguns insumos até 800% acima do preço pré-pandemia, o que até hoje nos deixou severas sequelas econômico-financeiras”, revela Leonardo.
Ferraz ainda aponta outra luta. De acordo com ele, a agência reguladora, a Agência Nacional de Saúde (ANS) impôs ao setor de saúde suplementar diversas ações que contribuíram para desequilíbrio também como deflator de 8,9% em planos de saúde individuais e familiares e inclusão de diversos exames no rol de procedimentos obrigatórios.
- Creio que a ciência mostrou uma pronta resposta com produção rápida de vacinas, o que se tornou o meio mais eficaz de controle da pandemia. Acredito que a conscientização quanto à higiene das mãos, uso de máscaras e etiqueta respiratória em caso de síndromes gripais ficarão e deverão sempre ser lembradas e incentivadas como em alguns países do Oriente - conclui o presidente do Conselho de Administração da Unimed Campos.

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