Rio: cenário energético atrativo
15/10/2021 19:52 - Atualizado em 16/10/2021 11:51
Vinícius Farah
Vinícius Farah / Divulgação
Retomada do crescimento econômico do estado passa pelos investimentos em energia, não apenas no petróleo. Para o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janeiro, Vinicius Farah, colocar o estado na rota da energia renovável e da transição energética é da maior importância para a atração de novos investimentos.
Folha da Manhã — Qual o raio-x do setor energético no Estado do Rio?
Vinicius Farah — O Rio de Janeiro é responsável por mais de 80% do petróleo e mais de 60% de todo o gás produzido no Brasil. Além disso, temos hoje a maior usina termelétrica a gás natural da Região Sudeste e segunda maior do Brasil, a GNA I, inaugurada há poucos dias no Porto do Açu, no Norte Fluminense. Em breve, serão iniciadas as obras da GNA II. Juntas, as duas usinas integrarão o maior parque de geração a gás natural da América Latina, com 3 GW de capacidade instalada, o equivalente ao consumo dos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. Também é preciso ressaltar que o município de Macaé é importante polo de térmicas com 13 projetos. Tudo isso demonstra a importância e o protagonismo do estado do Rio no setor energético brasileiro.
Folha — Qual o papel do governo Cláudio Castro na expansão do setor?
Farah — Essa é uma área estratégica para o governador Claudio Castro, que tem priorizado medidas para garantir a sua expansão. Entre as mais recentes, em maio o governador lançou o programa Industrializa RJ, que tem o objetivo de aproveitar a crescente oferta de gás natural para proporcionar a reindustrialização do estado, com a instalação, em território fluminense, de indústrias de uso intensivo de gás de diversos segmentos. Em setembro, assinamos com a Petrobras um protocolo de intenções para a cessão de áreas do polo petroquímico GasLub, antigo Comperj, em Itaboraí. A parceria irá criar as condições para a implantação de um polo industrial para atrair empresas que poderão utilizar essa infraestrutura e os insumos disponíveis.
Folha — O que representa para o Estado esses projetos como uso das energias solar, térmica e eólica, que colocam o interior no mapa de produção de energia no país?
Farah — O caminho de retomada do crescimento econômico do estado passa pelos investimentos em energia, não apenas no petróleo. Temos uma vocação energética. O gás é importante neste cenário, mas temos buscado criar mecanismos para incentivar projetos não só de energia solar, térmica e eólica, mas também de hidrogênio. Colocar o estado na rota da energia renovável e da transição energética é da maior importância para a atração de novos investimentos.

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