Edmundo Siqueira
O Mercado Municipal de Campos - seus personagens, histórias, polêmicas e potencialidades em 100 anos de existência
Em Campos, o Mercado Municipal completa 100 anos de existência no próximo dia 15.
A manhã daquele domingo, 12 de setembro de 2021, era mais uma que o feirante Seu Ananias abria sua banca no Mercado Municipal, em Campos dos Goytacazes. Ele foi indicado como o “mais antigo” por outro comerciante que se colocou, com orgulho, no grupo dos “tradicionais”, estando ali há mais de 20 anos. Enquanto acomodava as caixas de ovos numa bancada de alvenaria, com bordas de azulejo branco, Seu Ananias falava sobre sua vida, que se confundia com a do local. Acima de sua banca, um letreiro já anunciava — “mais de meio século de tradição”. Como um instrumento tipicamente urbano, o Mercado em Campos passou por muitas transformações e intervenções, que modificaram as relações comerciais e sociais, e alteraram seu entorno. No próximo dia 15, completará 100 anos de existência, continuando como um importante centro de sociabilidade e centralidade urbana. Os novos tempos, portanto, exigem que ele se reinvente e seja mais atrativo.
Vista aérea do entorno do Mercado Municipal.
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Edmundo Siqueira
O entrono do Mercado Municipal é composto atualmente por duas construções: a feira e o camelódromo. Os dois centros de comércio popular encobrem o prédio principal, construído em 1918 e inaugurado ao público em 15 de setembro de 1921. Com inspiração no Mercado de Nice, na França, a construção possui duas alas longitudinais e uma belíssima Torre do Relógio no entroncamento. “Esse prédio era lindo, rapaz, o relógio badalava, era a coisa mais linda do mundo. Mas falta cuidar dele, né?”, contou Seu Ananias, com saudosismo flagrante. Enquanto atendia um cliente que o procurava, o feirante descreveu mais o Mercado:
— Esse telhado não tinha. Quem melhorou aqui foi Zezé Barbosa (ex-prefeito de Campos, de 1983 a 1988), o telhado foi Raul Linhares (ex-prefeito, 1977 a 1982), e quem fez as bancas foi Garotinho (ex-prefeito, 1989 a 1992). As mercadorias desciam aqui, e ali no canto era o ‘Curral das Éguas’ — apontava para onde hoje é um ponto de vans — as canoas viam pelo Canal (Canal Campos-Macaé) com mercadorias, e as carroças de burro por terra, oque a gente chamava de cargueiros. As batatas, aipim e abóbora vinham do Carvão (bairro de Campos), e tinha uma cocheira lá em baixo, onde ficavam os animais. Era tudo em paralelepípedo. Vai com Deus! — parou a conversa para se despedir do cliente que levara algumas dúzias de ovos. E continuou:
— Olha, para você ver, isso aqui era ponto turístico. Os ônibus vinham de fora, paravam todo domingo de manhã aqui, ficava aquela fila. Hoje acabou tudo, está abandonado. Esse telhado ajuda, mas tapou o Mercado, assim como o Camelódromo lá do outro lado — complementou Seu Ananias, não sem mostrar sua filha, que trabalhava com ele naquele domingo.
Seu Ananias, considerado o feirante mais antigo no Mercado. Completará 56 anos como comerciante no local na mesma data do prédio, que faz 100 anos no próximo dia 15.
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Edmundo Siqueira
A centralidade do Mercado
Não é exclusividade de Campos o papel de centralidade que um Mercado Municipal exerce. Não apenas por sua posição geográfica. Um mercado acaba por ser mais que um local de trocas comerciais, passando a ser um microcosmo do espaço urbano, com suas complexidades, papéis sociais, interações emocionais e encontros.
Os mercados mais antigos do Brasil cumprem esse papel com propriedade. Entre os mais significativos, o de Campos ocupa a quinta posição em relação à antiguidade. O Mercado Público de São José, em Recife (PE), é considerado o mais antigo do país, sendo inaugurado em 1875. O de Belém (PA), o maior mercado a céu aberto da América Latina, tem a fundação datada do ano de 1901. Em 1907, inaugura-se o mercado do Rio de Janeiro, e cinco anos depois o de Salvador, capital da Bahia. A partir dos anos 1990 muitos desses mercados passaram por reformas. Campos e Rio seguem mantendo suas construções sem grandes intervenções reformistas.
O feirante Izael, há 45 anos no Mercado, avalia que seria produtiva a reforma do prédio do Mercado, atendendo a fins turísticos e sendo mais um atrativo para a feira. “Ajudaria os feirantes uma reforma, mas acho a estrutura que tem aqui excelente, resistiu aos passar dos anos. Devemos achar um meio termo para a reforma do prédio histórico e o uso para os permissionários” — relata Izael.
Feirante Izael, desde criança atua no mercado municipal.
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Edmundo Siqueira
O Mercado nem sempre foi onde é hoje
No início do século XIX, o comércio de frutas, verduras, carne e peixe fresco era feito no “Largo do Capim”, às margens do Rio Paraíba, na Rua Theotônio Ferreira de Araújo. Posteriormente, em 1850, a feira foi transferida para o “Largo das Verduras”, onde hoje é a Praça Prudente de Moraes, local que se instalou o tradicional restaurante “Chá Chá Chá”, anos mais tarde. Ali ficou por três décadas, quando então acolheu-se no “Largo do Rocio”, hoje extinto, que localizava-se em frente ao prédio da Faculdade de Direito de Campos.
A Nova Praça do Mercado foi concebida para ser um cartão postal. Deveria ir além de “servir ao estômago da população, mas também alimentar o orgulho em face dos forasteiros, algo para ser mostrado ao visitante, e também aos próprios campistas”, como conta o historiador, museólogo e ex-diretor do Arquivo Público de Campos, Carlos Freitas. O historiador apresentou o Mercado como protagonista de sua tese de mestrado, na Uenf, em 2006.
Freitas demonstrou, através de sua tese, a relação de sentimentalidade que a população tem com um mercado público, criando-se ali um espaço de memórias afetivas diversas — “a vinda a uma ‘cidade grande’ para um menino ‘criado na roça’ era um misto de alegria e encantamento, além das idas ao Mercado para a venda de seus produtos, meu pai aproveitava a viagem para comprar medicamentos, na Isalvo Lima (tradicional rede de farmácias da cidade), adubos e equipamentos para sua plantação, livros escolares na Ao Livro Verde (livraria considerada a mais antiga do Brasil, em funcionamento até a atualidade), e lanches no Caldo Andrade, que funcionou na Praça São Salvador, ao lado do Hotel Gaspar” — contou o historiador.
Não é possível entender os processos de expansão urbana de Campos dos Goytacazes sem levar em conta dois elementos centrais: A Praça São Salvador e o rio Paraíba. O primeiro como ponto principal de efervescência social, cultural, política e comercial da cidade, onde estava a Câmara, a Igreja, a Cadeia e os principais edifícios. O segundo elemento era a principal comunicação com os municípios vizinhos. Além da navegabilidade, o rio Paraíba servia com escoamento da produção.
Além do rio, Campos, por sua característica geográfica de planície alagadiça, precisou de uma estrutura de canais para drenagem e auxílio no transporte de mercadorias. O principal deles, o Canal Campos-Macaé — a maior obra de engenharia do Brasil no século XIX, e o segundo maior canal artificial do mundo, perdendo apenas para o Canal de Suez, no Egito —, foi primordial para a escolha do Novo Mercado, que não poderia desperdiçar sua navegabilidade.
— Em 1902, o então Presidente da Câmara Municipal, Dr. Benedito Pereira Nunes, encomendou ao campista e engenheiro sanitarista Saturnino de Brito, um plano de saneamento e remodelação do espaço urbano. O objetivo era dotar a cidade de melhores condições de vida e dar uma nova orientação às obras públicas, mostrando uma imagem de progresso. O documento produzido continha toda a identificação dos problemas da cidade e as suas possíveis soluções, que não foi realizado em sua totalidade, sendo retomado na administração Luiz Sobral, que tinha apoio político de Nilo Peçanha (campista ex-presidente da República). Projetou ainda, em 1926, as obras de defesa contra as inundações que assolavam a cidade de Campos — explicou Freitas.
Um desses problemas era o Mercado. A cidade se desenvolvia na concepção higienista de Saturnino de Brito, e precisava apresentar soluções para sua população de “farta renda”. Com o novo mercado, que seria instalado na Praça Azeredo Coutinho em 1918, é finalmente inaugurado em 15 de setembro de 1921, com a presença dos permissionários, do prefeito em exercício Cezar Tinoco e diversas autoridades. Com uma imponente Torre do Relógio de inspiração francesa, amplos espaços e localização privilegiada, o mercado estava pronto.
O Mercado hoje – A política higienista foi seguida também em relação à moralidade e costumes. Os primeiros regimentos internos do Mercado apontavam para proibição de “algazarras” e “gestos insultuosos”. Previa-se também a expulsão compulsória de ébrios e vadios do local, sob pena de pesadas multas. Embora regimental, o mercado, como elemento vivo, tratava de manter um caos amável, próprio e característico, com dramatizações de quem ali trabalhava e realizava suas compras.
Em 1940, o mercado passa por pequenas reformas, com calçamento do entrono, principalmente em seu lado direito. Na gestão Garotinho, a partir de 1989, obras mais significativas foram impostas no local. Foram feitas intervenções no piso, troca de telhado e melhoria das bancas, que passaram a ser de alvenaria e azulejadas, como permanecem até hoje. Em 1991, foi tentada a privatização do local para que a iniciativa privada pudesse administrá-lo e promover outras melhorias. Porém, a proposta foi rechaçada pela Procuradoria do Município.
Em 1992, o Mercado recebe no seu entorno outro centro de comércio popular: o Camelódromo. Agora, o prédio centenário encontra-se espremido entre as construções, e impedido de mostrar seu esplendor à população campista. O Mercado Municipal é tombado desde 2013 pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos (Coppam) e, há vários anos, vem sendo mapeado para receber tombamento também pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac).
Vista aérea do entorno do Mercado Municipal.
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Edmundo Siqueira
Polêmicas e alternativas - Com a promessa de um novo “Shopping Popular Michel Haddad”, nome oficial do camelódromo, o prefeito Wladimir Garotinho, anunciou em julho deste ano a retomada e conclusão das obras que iniciaram em 2014, no governo da então prefeita Rosinha Garotinho, mãe do atual prefeito. Desde então, as bancas do camelódromo funcionam provisoriamente no Parque Alberto Sampaio, que se localiza ao lado do Mercado, e nas margens do Canal Campos-Macaé (veja aqui).
A obra na área de ambiência do Mercado Municipal é parte de um imbróglio jurídico que tramita na 1ª Vara Cível de Campos, onde duas audiências não puderam ser realizadas devido à ausência de representante da Prefeitura, em 10 de fevereiro e 24 de junho deste ano.
Com a retomada das obras, após autorização do desembargador Agostinho Teixeira da 13º Câmara Cível, reacendeu a polêmica sobre a descaraterização e emparedamento do prédio histórico. O Coppam, que autorizou as obras em 2014, foi instado a rever seu posicionamento. No entanto, em nova reunião, prevaleceu a decisão anterior, autorizando novamente a intervenção no prédio tombado, e por 5 votos a 2, o conselho decidiu, novamente, que pela aprovação obra no entorno do Mercado Municipal (veja aqui).
O arquiteto e urbanista Renato Siqueira destaca a existência de um projeto de 2007, feito pela secretaria de Planejamento, para construir o Shopping Popular após a Rua Tenente Coronel Cardoso, para o lado da Praça da República, com duas entradas: uma pela Rua Barão de Amazonas e a outra pela Lacerda Sobrinho.
— Alternativamente, também a Prefeitura poderia gastar praticamente zero, desde que organizasse um setor de comércio popular a exemplo do que acontece no Rio de Janeiro, na Rua da Alfândega e na região do Saara, e também em São Paulo, no Brás e na Rua 25 de Março. Assim, haveria um setor de comércio popular no Centro Histórico. Atualmente, existem vários comerciantes deste setor em espaços comerciais na Avenida Alberto Torres e na Rua Barão do Amazonas, por exemplo — enfatizou Renato Siqueira.
Dona Vera Lúcia, feirante no Mercado há mais de 27 anos, conta que quando ela chegou ao local já apresentava a mesma estrutura. Durante a conversa, enquanto estava atenta aos potenciais clientes que passavam, mostrou uma cobertura de alumínio que foi feita pela união dos permissionários.
Sobre o prédio histórico, relata que “nunca viu ninguém se interessar pelo relógio”, e que uma restauração poderia servir como ponto turístico que atrairia mais clientes ao local. “Em 27 anos aqui, nunca vi ninguém perguntar sobre esse prédio. Ficaria bem melhor se pudesse ver. O relógio parou e ninguém ligou. Aqui tem muitos pontos fechados, que faliram” — relata a comerciante.
Dona Vera Lúcia, feirante no Mercado há mais de 27 anos.
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Edmundo Siqueira
Polêmicas e alternativas à parte, o Mercado continua sendo um centro comercial e social de centralidade evidente em Campos. Como toda área de comercio popular, e ainda com a carga emocional de um espaço que comemora cem anos de existência, é um espaço de interação, conflitos e paixões. Um lugar de sociabilidades, de sentimentos e de formação identidades — pessoais e coletivas.
Segundo Wagner Azevedo, supervisor do Mercado Municipal, haverá programação no dia de comemoração do centenário. Com início às 9 horas, contará com a apresentação da banda Sociedade Lyra Conspiradora. Com a presença do prefeito Wladimir, estão previstas homenagens aos feirantes mais antigos, inauguração de placa comemorativa e um bolo simbólico.
Fontes consultadas : O MERCADO MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES:
A SEDUÇÃO PERSISTENTE DE UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA - Carlos Freitas
Rafaela Machado, historiadora e atualmente coordenadora do Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho
O artista plástico campista João de Oliveira morreu, aos 65 anos, nesta segunda-feira (24). Ele estava internado na UTI do Hospital Dr. Beda II, onde fazia hemodiálise. Em fevereiro do ano passado, João chegou a abrir seu próprio espaço denominado Petit Galerie, onde expôs quadros que compõem uma retrospectiva de sua obra iniciada no final dos anos 1960. Ao longo desse tempo, já expôs seus trabalhos em várias cidades brasileiras e no exterior (França, Alemanha, Inglaterra e Itália). Sua primeira exposição foi realizada em 1968. João era casado com Cláudia Oliveira e deixa o filho Uno de Oliveira. Informações sobre velório e sepultamento ainda não foram divulgadas.
Quando nasce uma cidade? Como podemos definir o momento exato em que um aglomerado de pessoas e construções passe a se tornar uma urbe, com ruas e gentes, determinações e identidades próprias? A data de fundação de um lugar é determinada por diversos fatores e movimentações. Inclusive dos povos originários que viviam naquele território, que na maioria das vezes são expulsos ou explorados por processos de colonização e urbanização.
Não é preciso ser grande analista político para perceber que Bolsonaro tem como uma de suas principais bases eleitorais as empresas de armamento e "homens de bem" que tem ligação fálica com a ideia de andar armado. Basta ver o gesto que caracteriza apoio ao presidente, com o polegar e o indicador das mãos simulando um revólver ou pistola.
Alguns séculos antes do Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho existir, a construção que o abriga hoje já estava lá bela e imponente. Essa coisa da "imponência" pode chegar aos "ouvidos" de quem lê de formas diferentes. A forma intencional aqui é trazer ao leitor as projeções mentais de uma construção antiga, sólida e grande. A maior construção histórica em alvenaria de toda região Norte Fluminense. O Solar do Colégio morada do Arquivo há 20 anos foi construído pelos padres da Companhia de Jesus, no século XVII. Uma fortaleza erguida em Tocos, na mítica Baixada Campista, que resistiu aos séculos e ao abandono, mas que renasceu há duas décadas.
Em Campos, o Arquivo Municipal está subordinado a Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL) e, portanto, não integra a estrutura administrativa direta da prefeitura. Foi criado pela Lei Municipal nº 7.060 de 18 de maio de 2001, de autoria do então vereador Dr. Edson Batista. Mas, por existir administrativamente como um departamento, e não como uma instituição não permanente, está descumprindo a Constituição Federal e a Lei de Arquivos, de 1991.
Dois fatos me trouxeram a reflexão neste domingo: a morte precoce do prefeito de São Paulo, Bruno Covas e as manifestações (de novo e cada vez mais esvaziadas) de apoio ao presidente. Talvez os domingos sirvam para refletir mesmo, facha um ciclo para iniciar outro, por isso mesmo são sempre momentos de ponderação. Embora pela tradição anglo-saxônica para o cristianismo e o judaísmo também o domingo seja o primeiro dia da semana, na prática é o último, para muita gente.
A última pesquisa Datafolha demonstra a inequívoca liderança do ex-presidente Lula. Somando-se todos seus adversários repito, todos eles a diferença é de 6%. Lula tem hoje 41% das intenções de voto e o restante, somado, 47%. Alguns fatores influenciam. O PT conseguiu não apenas reverter a condenação de seu líder máximo, como também provar que seu algoz foi parcial. E de quebra fortalecer a narrativa de Lula como mártir. Estamos a mais de um ano das eleições e a pesquisa reflete também essas recentes vitórias petistas. Mas e o Ciro Gomes? Seria enfim a vez dele? Tudo mostra que não.
"O fotojornalismo é a captura do acontecimento em pleno vôo", como definiu a jornalista e doutora em Comunicação, Beatriz Sallet. Uma imagem conta uma história, humaniza o texto e muitas vezes traz a identidade dos personagens, oferecendo um rosto ao fato. "Jornalismo é trabalho coletivo, ou nada" dessa vez definido por Aluysio Cardoso Barbosa. A foto não "vale mais que mil palavras", conta histórias e fatos, assim como as palavras. São o que fazem as duas fotos aqui trazidas.
No caso específico do ministro, é difícil saber se a fala é inconsciente refletida de uma sociedade de bases escravistas fortes e ainda presentes , ou tem total consciência do ódio de classes que destila. Ódio evidenciado pela reincidência de frases públicas infelizes. Em fevereiro de 2020, em meio à alta do dólar, Guedes disse, justificando, que até "empregada doméstica estava indo para Disney, uma festa danada". Preconceito e elitismo enraizados em um país que interrompeu sua história por uma ditadura sangrenta e estúpida.
A democracia é intocável. Como modelo político e social é o que confere mais liberdade, justiça e representatividade entre os regimes tentados. O que remete ao estadista inglês Winston Churchill, que imortaliza a frase dita na Câmara dos Comuns, em 11 de novembro de 1947: "A democracia é a pior forma de governo, à exceção de todos os outros já experimentados ao longo da história". Entretanto, ela vem sendo atacada frontalmente em todo século passado e igualmente evidente no atual. E questionada. Como faz o cientista político americano Jason Brennan, autor do livro "Contra a Democracia", lançado em 2016.
Além do dinheiro, outros pertences foram roubados da casa do empresário, que é do ramo da construção civil, como joias, celulares e até pássaro; suspeitos ainda não foram identificados pela Polícia