José Eduardo Pessanha: Porque gerir pessoas nem sempre é fácil
José Eduardo  Advogado e professor universitário
José Eduardo Advogado e professor universitário


Um dos fatos mais trazidos à baila ultimamente é o soterramento de equipes de trabalho, onde os resultados obtidos, seja em qualquer esfera da Federação, não atendem às expectativas. Em verdade, a formação de uma equipe eficaz deve ser produzida após um planejamento estratégico desenvolvido com todo o futuro corpo de líderes.
No mercado atual, a competitividade das equipes norteia a criação de diferenciais, onde um conjunto melhor produz melhores resultados, atingindo as metas propostas para atuação do grupo. Esse fato também ocorre em conjunto de líderes políticos. O processo de geração de uma “Equipe Eficaz” tem de considerar os diferentes indivíduos que compõem o grupo, seu padrão de experiência e a perspectiva do que se pretende implementar. Assim, é essencial aquilatar os anseios de cada membro, como forma de direcioná-los a um objetivo comum, ou seja, no caso sob análise, o desenvolvimento de um excelente serviço público.
As equipes, formadas, devem ser treinadas a possibilitarem tomadas de decisões rigorosas e determinadas, principalmente quando estamos lidando com o serviço público, ainda que desenvolvido por agentes políticos, como forma de evitar que se desperdice energia e focar no objetivo proposto. As fases de enfrentamento dos problemas da coisa pública postos à prova se iniciam com a identificação e pormenorização dos mesmos, como forma de estratificar as partes que compõem todo arcabouço das exigências necessárias ao bem comum.
A participação dos membros de uma equipe na completude do projeto é sine qua nom para o sucesso, eis que este obrigatório comprometimento demonstrará o grau de zelo com o grupo, sendo certo que um líder eficaz deve estar sempre atento aos níveis de participação dos membros, motivando-os e aparando arestas. Outra faceta importante da gestão de equipes é verificar o patamar de influência dos membros sobre o grupo, não somente para catalisar, favoravelmente tal característica, como evitar embates que possam desviar a energia do grupo. Tais circunstâncias são muito comuns no meio público, notadamente quando se tem vários membros com anseios de ascensão política. É inevitável que em um processo desta monta não se tenha conflitos, o que, no mais das vezes traz maturidade à equipe, porém nem sempre a exiguidade de tempo dos mandatos políticos propicia condições de reverter ações e experimentar novos planejamentos.
O fato é que desenvolver uma equipe eficaz e eficiente, em um ambiente político, com interesses diversificados, sempre é desgastante, pois as diferenças entre os membros se acentuam, dificultando a comunicação e a materialização do que preceitua o gestor-mor. Essas são as mazelas que todo administrador público vai se deparar, dificultando a formação de uma equipe eficaz, porém é curial entender que a gestão de pessoas se inicia com a formação da equipe; a estratificação dos trabalhos a realizar e os ajustes de percurso que devem ser céleres. Ultrapassadas todas essas fases, resta a análise dos resultados e reinvestir todo complexo de disposição da equipe em melhorias e novos sistemas.
Não obstante, para todo este conjunto funcionar são necessárias duas qualidades essenciais: honestidade e humildade. A honestidade é fundamental a qualquer ser humano, mas mais preponderante aos administradores públicos; a humildade é curial para acentuar ideias e alterar rumos, sempre buscando a protetividade da coisa pública. Não existe invenção; apenas suor e trabalho! E tentar... sempre!

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