Campos registra novo panelaço durante pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro
31/03/2020 20:49 - Atualizado em 08/05/2020 18:15
Durante pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro em rede nacional nesta terça-feira (31) sobre a crise do coronavírus no país, campistas, mais uma vez, foram para as janelas e realizaram um grande panelaço. Mesmo com um discurso atípico, abandonando o tom agressivo dos últimos pronunciamentos, diversas cidades brasileiras realizaram um dos maiores atos contra o presidente dos últimos 15 dias. Desta vez, ele não criticou diretamente o isolamento social como forma de conter a pandemia, método defendido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo próprio Ministério da Saúde. No último dia 24, ele chegou a pedir na TV a “volta à normalidade” e o fim do “confinamento em massa”.
Desde a região sul, passando por São Paulo, Rio de Janeiro e também nos estados do Nordeste, panelas foram ouvidas das sacadas de prédios e varandas das casas, acompanhadas de gritos de "fora Bolsonaro". 
Em Campos, a região da Pelinca tem se destacado com o tamanho do ato contra o presidente durante os pronunciamentos. No entanto, durante o panelaço, também é possível ouvir apoiadores de Jair Bolsonaro ecoando as palavras "mito" e "nosso herói". 
Nesta terça, diferentemente do que fez pela manhã, na portaria do Palácio da Alvorada, Bolsonaro não usou a interpretação equivocada da fala do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, para criticar o isolamento social. Bolsonaro é um dos poucos chefes de Estado no mundo que defende a retomada da atividade econômica em meio à pandemia do coronavírus.
À noite, na TV, ele recorreu a trechos de uma fala de Adhanom, mas não criticou diretamente as medidas de isolamento. O presidente se disse preocupado com a vida e também com a manutenção dos empregos. Afirmou que o remédio não pode ser pior que os efeitos que a pandemia provocará.
"Minha preocupação sempre foi salvar vidas. Tanto as que perderemos pela pandemia como aquelas que serão atingidas pelo desemprego, violência e fome", afirmou.
Ele disse não pretender negar a importância das medias preventivas, mas ressalvou que é preciso pensar nos cidadãos "mais vulneráveis".
"Não me valho dessas palavras para negar a importância das medidas de prevenção e controle da pandemia, mas para mostrar que, da mesma forma, precisamos pensar nos mais vulneráveis. Essa tem sido a minha preocupação desde o princípio. O que será do camelô, do ambulante, do vendedor de churrasquinho, da diarista, do ajudante de pedreiro, do caminhoneiro e dos outros autônomos, com quem venho mantendo contato durante toda minha vida pública?"
Bolsonaro elencou as medidas que o governo já tomou e destacou o congelamento dos preços dos remédio por 60 dias, que ele próprio anunciou nesta terça.
O presidente disse ter como missão "salvar vidas, sem deixar para trás os empregos".
"Por um lado, temos que ter cautela e precaução com todos, principalmente junto aos mais idosos e portadores de doenças pré-existentes. Por outro, temos que combater o desemprego que cresce rapidamente, em especial entre os mais pobres", disse.
Segundo afirmou no pronunciamento, Bolsonaro considera que o efeito colateral das medidas de combate ao coronavírus "não pode ser pior que a própria doença".

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