Região em alerta para infestação do Aedes aegypti
Camilla Silva 28/03/2020 19:52 - Atualizado em 05/05/2020 20:21
Agentes de endemias visitam casas e quintais em busca de possíveis focos do vetor
Agentes de endemias visitam casas e quintais em busca de possíveis focos do vetor / Secom SJB
O alto volume de chuvas e a temperatura elevada deste verão influenciaram no aumento da população de mosquitos Aedes aegypti na região. Campos foi o único município do Norte Fluminense considerado de alto risco, mas São João da Barra (SJB), com índice de 1,6%, e São Francisco de Itabapoana (SFI), com 2,8%, estão em situação de alerta para doenças transmitidas pelo mosquito, segundo relatório estadual. Mais um vez, o relatório aponta que os criadouros são achados na maioria das vezes — 86,9% — dentro das casas e estabelecimentos comerciais.
SJB teve piora no Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), comparado ao último, realizado em outubro do ano passado, quando os focos encontrados ficaram abaixo de 1%, considerado satisfatório. São Francisco não realizou o levantamento de outubro; mas, em agosto, seu índice já era considerado de alerta.
A maior parte dos focos foram encontrados em depósitos móveis, como vasos com água, prato, garrafas, pingadeiras, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais, materiais em depósitos de construção e objetos religiosos. “Para esse tipo de depósito as soluções são de responsabilidade dos ocupantes do imóvel, pois requerem ações cotidianas de inspeção dos seus ambientes, para eliminação de possíveis criadouros do mosquito”, completa o documento.
Em geral, são feitos quatro LIRAas por ano, em períodos determinados pelo Estado. Municípios são considerados em situação de risco quando atingem a marca de 4%; em alerta, com o índice entre 1% e 3,9%; e têm índices satisfatórios quando o valor é inferior a 1%. “É importante registrar que o volume de chuvas e a temperatura elevada influenciam diretamente no aumento da população de mosquitos”, informou o órgão estadual.
Segundo o Núcleo de Controle de Zoonoses (NCZ) de São João da Barra, estão sendo realizados atendimentos de demandas e denúncias da população, ações em pontos estratégicos, como áreas alagadas, tratamento de bueiros, controle de mosquitos adultos com UBV Costal e UBV Pesado. “Como boa parte da população está em casa por conta do coronavírus, os cuidados devem ser redobrados. Temos que nos prevenir contra o coronavírus sim, mas não podemos esquecer da dengue, zika e chikungunya”, alerta o diretor do NCZ, Marcos Machado.
De acordo com o NCZ, equipes seguem atuando normalmente e, caso o morador identifique um foco em sua residência, basta solicitar atendimento pelo número (22) 2741-8449. O setor de epidemiologia da secretaria municipal de Saúde informou que nenhum caso de doença relacionada ao mosquito, como chikungunya, dengue e zika, foi registrado no município este ano.
O município de São Francisco de Itabapoana foi questionado pela Folha sobre quais ações estão sendo realizadas sobre o assunto, mas não se manifestou.

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