Médicos de Campos entram em greve alegando falta de pagamentos e más condições de trabalho
Camilla Silva 11/02/2020 22:00 - Atualizado em 18/02/2020 13:52
Assembleia realizada na SFMC
Assembleia realizada na SFMC / Rodrigo Silveira
Médicos da rede municipal de Saúde de Campos entraram em greve na noite desta terça-feira (11) após assembleia realizada no auditório da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia. Segundo os profissionais, eles enfrentam problemas com falta de pagamentos e retirada de férias, descumprimento do ultimo acordo de greve, realizado em agosto de 2019, e más condições de trabalho. Essa é a segunda vez que a categoria paralisa as atividades em sete meses. O presidente do sindicato, José Roberto Crespo, informou que o município será notificado nesta quarta e a paralisação começa a partir da próxima terça (18).
— Não houve cumprimento do último acordo que fizemos. Não houve nenhum tipo de melhoria nas condições de trabalho desde o último ano. Pelo contrário, só pioraram. Agora, com esse calor extremo, recebemos a informação que médicas desmaiaram em ambientes totalmente fechados, sem nenhum tipo de climatização. O gozo das férias, que eles afirmaram que seriam concedidas sem o pagamento de 1/3, eles só estão concedendo para quem tem férias acumuladas. Sobre a gratificação de julho, que ficaram de pagar em novembro, nenhum pagamento foi realizado — afirmou José Roberto Crespo.
Profissionais relatam problemas, ainda, com o sistema de marcação de consultas Sofia, implantado pelo município recentemente. “O número de atendimentos caiu muito e pacientes afirmam que estão sendo informados com atraso sobre as marcações”, completou o médico.
No fim de janeiro, o sindicato já havia anunciado que ajuizaria uma ação para cobrar as gratificações e substituições do ano passado. O pagamento fazia parte do acordo feito entre o município e o sindicato, realizado em agosto de 2019. A paralisação durou 23 dias, durante os meses de julho e agosto, e várias propostas foram discutidas até o encerramento do movimento grevista.
Como a saúde é considerada um serviço essencial, mesmo em período de greve, os profissionais não podem interromper totalmente o atendimento nas unidades. A lei não define a porcentagem de trabalhadores que devam permanecer em determinados setores, como os de urgência e emergência. A regra inicial que é a da responsabilidade e da ética para com a vida humana, prevista no Código de Ética da categoria. O sindicato ainda não informou como serão organizadas as equipes de trabalho durante o período.
A Folha da Manhã tentou contato com o município, mas por conta da hora de encerramento da assembleia, não conseguiu obter uma resposta.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Mais lidas
    Militantes preparam recepção para o presidente Lula em Campos

    Uma carreata deve acompanhar a comitiva do presidente, do aeroporto até a UFF

    Homem morre em grave acidente entre carro e caminhão na BR 101, em Campos

    Colisão foi registrada na noite dessa quinta-feira (10); outro acidente foi registrado, desta vez na Baixada Campista, e deixou um idoso de 72 anos gravemente ferido

    Com presença de Lula, novo prédio da UFF Campos é inaugurado

    Cerimônia contou com a participação do ministro da Educação, Camilo Santana, a deputada federal Benedita da Silva, o prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, entre outras autoridades

    Felipe Melo visita CT e confirma projeto de reestruturação no Americano

    Representante do grupo Boston City, Renato Valentim também esteve presente

    Luto no samba com falecimento de Dadá do Parque Aurora

    Joceli da Silva Martins foi uma das figuras do Folclore e do Carnaval campista, atuando como presidente do Boi Nova Aurora