Complementação para hospitais em atraso
Mário Sérgio Junior 14/10/2019 21:36 - Atualizado em 14/10/2019 22:06
Os quatro hospitais contratualizados de Campos estão há dois meses sem receber a verba de complementação dos serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que a Prefeitura repassa desde a gestão do ex-prefeito Arnaldo Vianna, quando a receita do município proveniente dos royalties do petróleo era maior que a dos dias atuais. Para tentar resolver a situação, uma reunião foi agendada para esta segunda-feira (14), na secretaria municipal de Saúde, mas foi desmarcada por motivo de viagem do prefeito Rafael Diniz (Cidadania). Uma nova reunião foi marcada para quarta-feira (16).
O secretário de Saúde de Campos, Abdu Neme, destacou que a realidade financeira do município é outra e que irá se reunir com o prefeito e com os diretores dos hospitais para buscar a melhor solução. “A reunião que iria acontecer hoje (segunda) foi desmarcada por conta de uma viagem do prefeito. Nossa realidade orçamentária hoje é bem diferente de anos passados. São R$ 130 milhões a menos que em 2018. Temos que esperar a definição desse debate sobre a redistribuição dos royalties, que é nossa principal receita. O que foi votado pelos vereadores como base orçamentária para 2020 é uma utopia, a gente não tem esse dinheiro. Mas vamos sentar com o prefeito e com os diretores para analisar o que pode ser feito de melhor”, disse.
Como a reunião desta segunda não aconteceu, os representantes das unidades se reuniram na Santa Casa de Misericórdia de Campos. De acordo com eles, a média do montante do repasse chega R$ 5,8 milhões. Participaram da reunião o diretor do Hospital Escola Álvaro Alvim (HEAA), Geraldo Venâncio; os diretores do Hospital dos Plantadores de Cana (HPC), Frederico Paes e Benedito Phol; os diretores da Sociedade Portuguesa de Beneficência de Campos (SPBC), Renato Faria e Jorge Miranda; o provedor e o diretor clínico da Santa Casa, Manoel Corraes e Cleber Glória, respectivamente.
O prefeito Rafael Diniz ressaltou que tem dialogado com alguns diretores das unidades contratualizadas e reforçou a nova realidade financeira do município. “Estamos mantendo contato com alguns diretores, juntamente com a secretaria de Saúde, mas não podemos esquecer que Campos hoje vive uma situação bem diferente da de anos passados, quando o recurso proveniente dos royalties era bem maior. Estamos fazendo esforços diários para reverter a situação. Pretendemos enxugar a máquina e aumentar a receita própria, mas enxugar a máquina tem um certo limite”, disse o prefeito, que participa, nesta terça-feira (15), na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Royalties do Petróleo.

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