Cabral réu pela 16ª vez e Nuzman é solto
19/10/2017 22:55 - Atualizado em 24/10/2017 19:46
Sérgio Cabral
Sérgio Cabral / Divulgação
O ex-governador Sérgio Cabral se tornou réu pela 16ª vez no âmbito da operação Lava Jato. O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, aceitou nesta quinta-feira a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra Cabral, o ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) Carlos Nuzman; o ex-diretor de operações e marketing do COB Leonardo Gryner; o empresário Arthur Soares, o “Rei Arthur”, e os senegaleses Papa Massata Diack e Lamine Diack na ação que investiga a compra de votos para que o Rio de Janeiro fosse escolhido como sede da Olimpíada de 2016.
Também nesta quinta, os ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) mandaram soltar Nuzman, preso desde o último dia 5 de outubro por suspeita de intermediar o pagamento das propinas. A prisão foi revertida em medidas restritivas, como a proibição de deixar o Brasil e de manter contato com outras partes do processo.
Na denúncia, o MPF afirma que Cabral, Nuzman e Leonardo Gryner fizeram a solicitação de repasse dos recursos diretamente a Arthur Soares, com a promessa de vantagem indevida aos senegaleses Papa Diack e Lamine Diack. Foram identificados depósitos que somam US$ 2 milhões feitos de empresas de Soares a empresas de Papa Massata Diack, filho de Lamine, que na ocasião era presidente da Federação Internacional de Atletismo e membro do Comitê Olímpico Internacional (COI).
No último dia 11 de outubro, Bretas aceitou outra denúncia contra Sérgio Cabral, a 15ª, além do ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes, do Rei Arthur e mais cinco pessoas por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Segundo Bretas, Sérgio Cabral chefiava a organização criminosa, com Arthur Soares como figura relevante da quadrilha, parte do núcleo econômico do grupo.
O ex-governador está preso no complexo penitenciário de Bangu, no Rio, e foi condenado a um total de 59 anos e dois meses de prisão em dois processos por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa. Já a esposa de Cabral, Adriana Ancelmo, foi sentenciada a 18 anos e 3 meses de prisão na primeira ação que sentenciou o marido. (A.S.) (A.N.)

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