Treine o Alfabeto Militar
Nino Bellieny 05/07/2015 14:21

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O Alfabeto Militar ou Fonético

Aprender o alfabeto militar fonético é bastante simples para qualquer pessoa, basta ter um pouco de força de vontade e disposição. Os fundadores da Associação Fonética Internacional – AFI –, quando criaram o alfabeto fonético pensaram em, justamente, fazer um sistema de aprendizado acessível para muitas pessoas. O interesse em saber como se pronunciam as palavras de um determinado idioma é o ponto principal para iniciar a aprender alfabeto fonético internacional.

O que é

O alfabeto fonético trata-se de um conjunto de códigos, compostos por símbolos e letras, usado em todos os lugares do mundo, por isso é chamado de internacional. O seu objetivo é saber pronunciar de forma correta as palavras de qualquer língua estrangeira. Também se pode dizer que o alfabeto fonético é um sistema que representa foneticamente as palavras escritas. Por isso, para aprender alfabeto fonético internacional, basta saber qual o som que deve ser emitido em cada símbolo ou letra. Quem não lembra de já ter visto este alfabeto, pode pensar nas letras e símbolos, entre colchetes, que aparecem logo após os verbetes dos dicionários de língua estrangeira. Justamente esse conjunto de símbolos e letras, que parece formar um código, é o alfabeto fonético. Depois de entender onde esta ferramenta é usada, se torna mais fácil aprender alfabeto fonético.

Como aprender

Como esse alfabeto utiliza letras que são conhecidas na língua portuguesa, a pessoa que deseja usá-lo vai ter que saber como é som apenas das demais letras e símbolos que não conhece. Essa informação é, em geral, encontrada nas primeiras páginas dos dicionários de língua estrangeira, onde um índice vai descrever os sons de cada parte do código. Além do som emitido por cada letra, o alfabeto fonético faz uso de símbolos que definem algumas características da palavra, como entonação, por exemplo. icao https://youtu.be/mlY9cqu6LIk A pessoa que deseja compreender o alfabeto militar para usá-lo terá que saber pouco mais de 40 sons, incluindo a este número aqueles da língua portuguesa que já deve conhecer. Na realidade, o alfabeto fonético internacional possui 107 símbolos e letras para definir todos os sons dos idiomas existentes. No entanto, em geral, os dicionários usam apenas 44 deles para fazer as combinações necessárias. Além disso, essa ferramenta tem em sua maioria símbolos provindos do alfabeto romano ou de uma língua originária dele. Há, também, em menor quantidade, letras do alfabeto grego e outros símbolos que não pertencem necessariamente a um alfabeto. Apesar de qualquer pessoa estar apta a aprender e utilizar o alfabeto fonético internacional, para alguns profissionais o seu conhecimento é imprescindível, como é o caso de quem trabalha nas áreas da linguística, fonoaudiologia, tradução e ensino de idiomas. Já os atores, cantores e alunos de línguas estrangeiras não possuem a obrigação de conhecer o alfabeto. Porém, podem se valer muito dele, ao entrarem em contato com novas línguas que estejam conhecendo e, principalmente, se tiverem que pronunciar palavras desse idioma até então desconhecido.

Criação

O alfabeto fonético surgiu em Paris, no ano de 1886, quando professores do país e da Inglaterra se reuniram em um movimento que buscava facilitar o aprendizado das línguas estrangeiras aos alunos do ensino regular. Para eles, esse conhecimento faria, principalmente, com que os alunos falassem com mais naturalidade outros idiomas e também ajudaria em muito aos estudantes que estavam dando os primeiros passos no conhecimento de uma nova língua. Com este objetivo, o grupo desenvolveu o alfabeto fonético. Após alguns poucos anos, esses professores pioneiros no desenvolvimento do alfabeto fonético formalizaram o seu grupo, fundando a Associação Fonética Internacional – AFI. A entidade possui, até hoje, uma série de atividades e estudos que promove. No entanto, é o alfabeto fonético o seu maior trunfo. Algumas vezes, na história da AFI, houve revisões do alfabeto fonético, as quais adicionaram ou subtraíram símbolos e letras, sempre com o objetivo de aperfeiçoar a ferramenta, sendo que em 2005 aconteceu a última revisão. Na realidade, no início do trabalho desse grupo de professores franceses e ingleses, não havia um alfabeto apenas, mas sim, um para cada idioma. Em pouco tempo, os linguistas perceberem que seria muito mais eficiente um alfabeto uniformizado e, assim, desenvolverem um único alfabeto para todas as línguas.

A História do Alfabeto Militar

A história do alfabeto fonético militar se confunde com a história dos primeiros alfabetos de soletração, na realidade, os segundos parecem ter a sua origem no primeiro. Os conhecedores do assunto contam que, antes da Segunda Guerra Mundial, não havia nenhum tipo de alfabeto fonético comum, para uso civil, ou seja, apenas existia o alfabeto militar. No entanto, naquela época, cada serviço, como o exército, marinha e aeronáutica, possuíam o seu próprio alfabeto fonético. Como é de se imaginar, essa falta de padronização causava grandes problemas, em função da confusão que se fazia quando os grupos se comunicavam entre si, aliado a isso estavam os problemas de interferências e ruídos nas transmissões das mensagens. No ano de 1941, entretanto, quando os Estados Unidos entraram na guerra, os militares perceberam a urgência de se criar um alfabeto fonético militar padronizado, para que todos os grupos pudessem se comunicar com os seus aliados de maneira a se ter sucesso em seu objetivo. Mesmo esse primeiro alfabeto militar, ainda não sendo o ideal, foi bastante útil para as comunicações militares. Entre alguns problemas deste alfabeto, estavam as dificuldades de entendimento de várias letras. Porém, depois que a Segunda Guerra Mundial terminou, os militares puderam focar a sua atenção no aperfeiçoamento do alfabeto militar.

Consolidação

Paralelo a isso, a ICAO – Organização Internacional da Aviação Comercial, que também precisava de um alfabeto fonético que suprisse a sua necessidade de comunicação para a emergente indústria aeronáutica, conseguiu criar o seu próprio alfabeto fonético. Desta forma, o alfabeto fonético que hoje é utilizado por muitos civis, mas, principalmente, pelos serviços militares, foi criado pela ICAO e, posteriormente, adaptado pela ITU – Organização Internacional das Telecomunicações  –, responsável pelas regulamentações internacionais das Radiocomunicações. Desde a sua criação e consolidação, portanto, esse alfabeto tem sido usado em inúmeras ocasiões e se constitui como uma ferramenta imprescindível para o sucesso das transmissões militares e civis da atualidade. Para se ter uma ideia de sua importância, é válido ressaltar que mesmo as comunicações feitas em FM – Frequência Modulada –, em que a qualidade de áudio costuma ser bastante superior às demais, o uso do alfabeto fonético se faz necessário para uma melhor compreensão das transmissões de mensagens.

Como funciona

O funcionamento do alfabeto fonético, entretanto, é bastante simples, uma vez que se baseia em palavras que se referem a cada letra do alfabeto. Assim, na hora da transmissão, ao invés do responsável falar uma letra, ele diz a palavra que é atribuída à letra. O difícil apenas foi encontrar as melhores palavras a serem utilizadas, pois elas não podem ter sons semelhantes para que não confundam o receptor da mensagem. O alfabeto fonético militar é também o que se chama de alfabeto radiotelefônico ou de soletração. Além disso, as palavras que ele utiliza são praticamente as mesmas do alfabeto fonético da OTAN que, atualmente, é o mais utilizado ente todos os alfabetos de soletração. No entanto, os números do alfabeto militar são ditos em inglês, sendo que alguns dos sons dos números possuem semelhanças que podem confundir, por isso, existe a necessidade de escolher maneiras que eliminem a ambiguidade. Um exemplo bastante claro é em relação aos números 5 e 9, que em inglês são “five” e “nine”. Assim, no alfabeto militar, o 9 recebeu uma variação, sendo pronunciado “niner”. O mesmo também ocorre com algumas letras, como o “m” e o “n”. Por isso, para o “m” se tem a palavra “mike” e para o “n” a palavra “november”. Para os números, o alfabeto dá uma sequencia de palavras, cuja pronunciação é a seguinte: 1 – wun, 2 – too, 3 – tree, 4 – fower, 5 – fife, 6 – six, 7 – seven, 8 – ait, 9 – niner e 0 – zero.

Quando usar

Apesar de ter sua origem nos serviços militares e, ainda hoje, continuar sendo de uso normal das forças armadas, nada impede que qualquer pessoa faça uso do alfabeto fonético quando achar necessário. Assim como um telegrama, o alfabeto de soletração vai ser útil quando alguém precisa enviar uma mensagem curta, já que não se soletram as letras, mas sim as palavras. Numa conversa normal por telefone, o uso deste alfabeto pode ser totalmente inútil. Porém, em um pedido de socorro, por exemplo, pode salvar vidas. ========================================================================== Transcrito do site www.alfabetofonetico.com.br

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