Mpox: o que é importante saber
O infectologista Rafael Galliez, do Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião, a pedido da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ),orienta a população e esclarece eventuais dúvidas sobre à Mpox (Varíola dos macacos). No momento, há um alerta emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a emergência global em função do grande número de casos na República Democrática do Congo neste ano.
*O Rio de Janeiro está em estado de emergência?
Em 14 de agosto de 2024, o Diretor-Geral da OMS declarou que o aumento contínuo de casos de Mpox, incluindo uma nova linhagem do vírus que transmite a doença, o Clado 1b, constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). Isso significa que a doença representa um risco à saúde pública, pela possibilidade de disseminação internacional, e requer uma resposta internacional coordenada. Em 2022, houve o início da grande circulação do Clado 2b que atingiu diversos países em todos os continentes. Ainda, em 2024, foram notificados no Brasil 791 casos confirmados e prováveis de Mpox. O Estado do Rio de Janeiro registrou 190 casos. Não houve registro de óbitos por Mpox no Brasil em 2024. No momento os casos estão associados ao 2b.
*Como ocorre a transmissão?
A transmissão da Mpox ocorre principalmente por meio do contato direto com lesões na pele. As lesões em fase de pústula são particularmente infecciosas e, diferentemente da varicela, mantêm-se infecciosas mesmo quando crostosas. Além disso, a transmissão pode ocorrer através de fluidos corporais e materiais contaminados, como roupas ou lençóis utilizados por uma pessoa infectada. Também é possível a transmissão por gotículas respiratórias em casos de contato prolongado e próximo.
* Quais são os principais sintomas?
Os principais sintomas da Mpox incluem febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, cansaço extremo, linfonodos inchados (ínguas) e erupções cutâneas que geralmente começam no rosto e se espalham para outras partes do corpo, incluindo mãos, pés e genitália.
*Quem pode contrair?
Qualquer pessoa que tenha contato próximo com uma pessoa infectada ou com materiais contaminados pode contrair a Mpox. O vírus também pode ser transmitido de uma gestante para o feto através da placenta, ou da mãe infectada para o filho durante ou após o parto, por meio do contato pele a pele.
* A Mpox é uma doença sexualmente transmissível?
Embora a Mpox possa ser transmitida através de contato íntimo, incluindo o contato sexual, ela não é considerada uma doença sexualmente transmissível.
*Quais são os riscos da doença?
Na maioria dos casos, os sintomas da Mpox desaparecem em algumas semanas. No entanto, em pessoas imunocomprometidas, crianças e gestantes, os sinais e sintomas podem levar à complicações e até à morte. As complicações podem incluir infecções secundárias, pneumonia e encefalite (inflamação do cérebro).
* Quais são as causas da doença?
A Mpox é causada pelo vírus Mpox, que pertence ao gênero Orthopoxvirus, o mesmo grupo de vírus que causa a varíola humana.
*Existe algum método de prevenção? Há vacinas disponíveis?
A principal forma de prevenir a doença é evitar contato direto com pessoas infectadas, usar equipamentos de proteção individual (como máscaras e luvas) em ambientes de risco, e higienizar bem as mãos e objetos pessoais. A vacina utilizada no país é a Jynneos, composta pelo vírus atenuado. Ela é recomendada para adultos, incluindo gestantes, lactantes e pessoas com HIV. Desde 2023, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso provisório do imunizante, o Brasil já recebeu cerca de 47 mil doses e aplicou 29 mil. A Secretaria de Estado de Saúde do Rio aguarda a compra e distribuição da vacina pelo Ministério da Saúde.
*Como é o tratamento?
Atualmente, é baseado em medidas de suporte clínico, com o objetivo de aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações e evitar sequelas. A maioria dos casos apresenta sinais e sintomas leves a moderados. Existem estudos em andamento no país para avaliação do medicamento Tecovirimat no tratamento do Mpox.
Com informações assessoria
O infectologista Rafael Galliez, do Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião, a pedido da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ),orienta a população e esclarece eventuais dúvidas sobre à Mpox (Varíola dos macacos). No momento, há um alerta emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a emergência global em função do grande número de casos na República Democrática do Congo neste ano.
*O Rio de Janeiro está em estado de emergência?
Em 14 de agosto de 2024, o Diretor-Geral da OMS declarou que o aumento contínuo de casos de Mpox, incluindo uma nova linhagem do vírus que transmite a doença, o Clado 1b, constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). Isso significa que a doença representa um risco à saúde pública, pela possibilidade de disseminação internacional, e requer uma resposta internacional coordenada. Em 2022, houve o início da grande circulação do Clado 2b que atingiu diversos países em todos os continentes. Ainda, em 2024, foram notificados no Brasil 791 casos confirmados e prováveis de Mpox. O Estado do Rio de Janeiro registrou 190 casos. Não houve registro de óbitos por Mpox no Brasil em 2024. No momento os casos estão associados ao 2b.
*Como ocorre a transmissão?
A transmissão da Mpox ocorre principalmente por meio do contato direto com lesões na pele. As lesões em fase de pústula são particularmente infecciosas e, diferentemente da varicela, mantêm-se infecciosas mesmo quando crostosas. Além disso, a transmissão pode ocorrer através de fluidos corporais e materiais contaminados, como roupas ou lençóis utilizados por uma pessoa infectada. Também é possível a transmissão por gotículas respiratórias em casos de contato prolongado e próximo.
* Quais são os principais sintomas?
Os principais sintomas da Mpox incluem febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, cansaço extremo, linfonodos inchados (ínguas) e erupções cutâneas que geralmente começam no rosto e se espalham para outras partes do corpo, incluindo mãos, pés e genitália.
*Quem pode contrair?
Qualquer pessoa que tenha contato próximo com uma pessoa infectada ou com materiais contaminados pode contrair a Mpox. O vírus também pode ser transmitido de uma gestante para o feto através da placenta, ou da mãe infectada para o filho durante ou após o parto, por meio do contato pele a pele.
* A Mpox é uma doença sexualmente transmissível?
Embora a Mpox possa ser transmitida através de contato íntimo, incluindo o contato sexual, ela não é considerada uma doença sexualmente transmissível.
*Quais são os riscos da doença?
Na maioria dos casos, os sintomas da Mpox desaparecem em algumas semanas. No entanto, em pessoas imunocomprometidas, crianças e gestantes, os sinais e sintomas podem levar à complicações e até à morte. As complicações podem incluir infecções secundárias, pneumonia e encefalite (inflamação do cérebro).
* Quais são as causas da doença?
A Mpox é causada pelo vírus Mpox, que pertence ao gênero Orthopoxvirus, o mesmo grupo de vírus que causa a varíola humana.
*Existe algum método de prevenção? Há vacinas disponíveis?
A principal forma de prevenir a doença é evitar contato direto com pessoas infectadas, usar equipamentos de proteção individual (como máscaras e luvas) em ambientes de risco, e higienizar bem as mãos e objetos pessoais. A vacina utilizada no país é a Jynneos, composta pelo vírus atenuado. Ela é recomendada para adultos, incluindo gestantes, lactantes e pessoas com HIV. Desde 2023, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso provisório do imunizante, o Brasil já recebeu cerca de 47 mil doses e aplicou 29 mil. A Secretaria de Estado de Saúde do Rio aguarda a compra e distribuição da vacina pelo Ministério da Saúde.
*Como é o tratamento?
Atualmente, é baseado em medidas de suporte clínico, com o objetivo de aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações e evitar sequelas. A maioria dos casos apresenta sinais e sintomas leves a moderados. Existem estudos em andamento no país para avaliação do medicamento Tecovirimat no tratamento do Mpox.
Com informações assessoria