Danilo Barreto: "Precisamos mudar São João da Barra para já"
O administrador público e pré-candidato a prefeito de São João da Barra, Danilo Barreto (Novo), participou do programa Folha no Ar, da rádio Folha FM 98,3, nessa sexta-feira (5) e declarou que sua pré-candidatura é “sobre liberdade” e “sobre dar esperança ao sanjoanense”. O jovem político destacou que não tem intenção de concorrer as eleições deste ano, mirando o pleito de 2026, pois seu “radar é SJB”. Danilo também avaliou as últimas pesquisas e declarou que as pessoas não podem falar o que elas pensam nas análises que foram realizadas em SJB. Ele também ressaltou que é mostrando a verdade que vai conseguir enfrentar a aprovação da atual prefeita Carla Caputi (União), pré-candidata à reeleição, e superar sua taxa de rejeição. Sobre a atual gestão, Danilo diz que o modelo, que é continuado desde Carla Machado, não deu certo e apontou uma série de problemas, em diversas áreas como Saúde, Transporte, Infraestrutura e etc. O pré-candidato também falou sobre nominata, projetando até 3 cadeiras na Câmara e sobre a situação do avanço do mar em Atafona.
Pré-candidatura — A minha pré-candidatura é sobre liberdade, sobre verdade, sobre dar esperança ao sanjoanense. O sanjoanense não está vendo saída. E a gente está falando exatamente disso, de esperança de mudança, de possibilidade de mudança. Com todo o respeito à legislação eleitoral, sou pré-candidato ainda, mas é sobre liberdade todo esse movimento. Eu saí daqui (de SJB), eu fui pra uma cidade, que foi considerada agora a décima melhor cidade do Brasil para se viver, que é Brusque. Eu vivi uma realidade diferente. A gente chegou a fazer mutirão de emprego lá, com 1.100 vagas de emprego abertas. E a gente tinha vaga de emprego sobrando. As pessoas podiam escolher onde elas queriam trabalhar. Isso é qualidade de vida. Não depender de A, de B. Não depender de um vereador para você trabalhar, para você conseguir um serviço. Não dá para gente aceitar mais essas coisas calados.
Objetivo — O nosso radar é São João da Barra. Nós precisamos mudar São João da Barra para já, para ontem. E não tem essa história de ir para 2026 não, é para agora. A gente é pré-candidato ainda, eu fico um pouco limitado de passar confiança para o eleitor aqui. Não pode falar proposta, não pode falar em virar jogo, não pode falar em nada. Mas o nosso objetivo é São João da Barra. E para agora, para ontem. A cidade está agonizando. Tem muita gente sofrendo por falta de responsabilidade dos nossos governantes. Isso tem que acabar. Tem que parar. Já deu 20 anos no poder, os números mostram que o modelo de governo não deu certo. Não é achismo, não é raiva política, não é porque eu sou oposição. É porque os números mostram que não deu certo. E quem discorda disso tem que discordar dos números. Tem que defender de forma muito clara, porque os números mostram que o modelo de governo atual não deu certo. Nosso projeto é São João da Barra para ontem.
Pré-candidatura a vice — O prefeito Wladimir concedeu o PP para a gente. Ele é a liderança regional do PP e muito gentilmente concedeu o PP para a gente. A gente conversou com o Wladimir, ele entendeu que seria interessante a gente colocar a pré-candidatura a vice pelo PP e a gente vai fazer essa composição. É a professora Maria Adriana. Eu costumo dizer que a gente não escolheu a vice. Ela, com a sua trajetória pela Educação, sua história de vida, tudo que ela fez pela Educação do sanjoanense está sendo premiado agora. Porque no nosso grupo a gente costuma premiar a competência das pessoas. Diferente do grupo alheio, que tem dado voz às pessoas que de fato não fazem o que devia ser feito pelas suas áreas.
Relação política na região — Em relação a essa conjuntura regional, a gente tem permanecido um pouco distante porque a política regional está muito atravessada. Em Campos, Bruno tem relação com o Wladimir e está no União Brasil. Em São João da Barra, ele sempre foi oposição, mas a prefeita é pré-candidata pelo mesmo partido que ele. O Bacellar ajuda a prefeita em São João da Barra. Apoia a prefeita Carla Caputi e é contra aqui em Campos. Aqui em Campos o Bruno Dauaire está com o Wladimir, mas a pré-candidata do partido dele é contra o Wladimir. Então está muito atravessada. A gente está fazendo o nosso trabalho, independente dessa complexidade da política regional.
Pesquisas — Dois pontos importantíssimos para a gente entender essa situação. Eu não vou nem entrar no mérito da pesquisa não, porque a metodologia é confiável, mas a gente presenciou alguns casos lá em São João da Barra da aplicação sendo feita de forma incorreta. E a gente tem como provar, tem pessoas que são testemunhas disso. Mas eu não quero entrar nesse mérito não, vamos entrar em outras duas situações. Primeiro ponto, a questão da ditadura que eu comentei. As pessoas não podem falar o que elas pensam. Elas sabem que tem muita coisa errada acontecendo, mas elas são impedidas de falar. Porque se falar perde benefício, é perseguido no trabalho. Você pode conversar com qualquer sanjoanense, todo sanjoanense vai falar a mesma coisa que eu estou te falando aqui. E eu tenho vivido, a gente tem vivido casos agora, recentes, de ameaças, enfim. E a gente tem como provar. Esse é o primeiro ponto. O segundo ponto é que a comunicação da Prefeitura criou uma barreira sobre tudo o que está acontecendo na cidade. Se você entra no perfil da Prefeitura, você só vê comentário positivo, que é típico das ditaduras, só pode falar bem, não pode falar mal, naturalmente a percepção daquele governo vai ser de que está tudo bem na cidade, está tudo ok, não tem nada de errado acontecendo. Então, eles criaram uma blindagem para as coisas ruins que acontecem.
Como enfrentar aprovação de Caputi? — Mostrando a verdade. Só mostrando o que está acontecendo com a cidade. Não tem conversa. É só mostrar o que está acontecendo. Não é possível que o sanjonense ache normal as crianças estarem sem um lápis e borracha nesses dois anos de governo de Cala Caputi. Tem crianças que não têm condição de comprar isso. Isso é coisa séria. As crianças estão perdendo de evoluir por falta de material didático em uma cidade rica. R$ 550 mil num show de Alok e faltando lápis e borracha para as crianças. O sanjoanense não pode achar isso normal, não. E meu trabalho é mostrar a verdade. Não é possível que a gente ache normal a localidade de Grussaí inteira sem água encanada, do outro lado da lagoa. Diversas localidades do Açu abandonadas sem água encanada. Em pleno 2024, numa cidade com o recurso que tem, eu só preciso mostrar a verdade. Só isso que eu preciso pra desconstruir essa aprovação.
Críticas a Carla Caputi — A mídia criou uma blindagem sobre Carla Caputi, como se ela fosse a salvadora da pátria, a simpática. Mas eu não estou falando nem de questões pessoais, estou falando dela enquanto governante. Minhas críticas a ela são sempre enquanto governante da nossa cidade, pessoa que a gente paga o imposto e que o imposto paga o salário dela. A gente precisa ter essa noção, que o cidadão é patrão dos políticos.
Rejeição — De onde que eu tenho 20% de rejeição? Eu não quero entrar nofato aqui da pesquisa, porque eu já tive problema com o dono da empresa lá, da Factum. Ele mandou mensagem pedindo direito de resposta de forma amigável e eu não vou nem responder. No mesmo período que ela aplicou, a gente aplicou uma também, a gente não pode falar porque não está registrada, mas eu sei de fato o que está acontecendo na cidade. Eu sei de fato, e eu sei também que muita gente, na hora de responder à pesquisa, sem saber de quem está aplicando, nem saber qual é a fonte daquilo, quem encomendou a pesquisa, vai falar o que ela precisa falar. Ela não vai falar o que ela pensa, ela vai falar o que precisa falar, por conta exatamente da perseguição que há na cidade. É a questão da rejeição. É muito difícil acreditar que uma pessoa que só fez bem pela cidade, tem projetos sociais há anos na cidade, não ocupei cargo público, não tenho ninizade, como que eu tenho 18% de rejeição? É difícil de acreditar.
Nominata — Eu falo da nominata falando de esperança, porque o nosso movimento foi exatamente para manter uma chama de esperança viva nos corações de sanjoanenses. No primeiro momento pareceu loucura, muita gente zombou, agora já estão respeitando o movimento. O que eu posso dizer para o sanjoanense é que a gente se preocupou em trazer pessoas boas, pessoas que vão trazer resultado para o município. Como a gente filiou mais pessoas do que de fato precisa na nominata, a gente está naquele processo de escolha. E, no próximo dia 30, nós vamos divulgar a nominata por completo na convenção. Já temos alguns nomes conhecidos, como o professor Serginho, o nosso amigo Igor Barcelos, que é presidente do Sindicato dos Trabalhadores Portuários de SJB. Temos o nosso amigo Vitor Batista, o nosso amigo Rodrigo do Forró. E temos outros nomes que, certamente, o sanjoanense vai conhecer nas próximas semanas. E o critério que a gente utilizou para chamar as pessoas foi também a verdade. Escolhemos pessoas que passaram por situações e hoje têm a capacidade de transformar indignação em ação. Essa foi a nossa maior preocupação. A gente trabalhou na questão de 2 a 3 cadeiras.
“Modelo de gestão não deu certo” — A maior prova de que o modelo de governo da Carla Machado, e agora continuado pela Carla Caputi, não dá certo é a quantidade de sanjoanenses inscritos no CadÚnico. Não é possível que numa população de 36 mil habitantes a gente tenha 26 mil pessoas cadastradas no CadÚnico. E esse número saltou nos últimos dois anos. De 2021 para cá, aumentou quase 10 mil pessoas. O cartão é importante, o aluguel social é importante, são políticas sociais importantes. Meu doutorado é em políticas sociais. Se eu for contra isso, eu estou indo contra quem eu sou. Não estou falando aqui que tem que tirar programa, não estou falando nada disso. Nenhum governante vai ser maluco de tirar políticas sociais. A gente está vendo o presidente Lula cortando algumas políticas, os benefícios, cortando de quem não deveria cortar e dando perdão de dívidas a grandes empresários, a grandes empresas. Mas em São João da Barra eu acho que nenhum governante vai ser maluco de cortar benefícios. Até porque não pode. Existem pessoas que de fato precisam muito e isso ajuda muito. Só que não dá para gente deixar. Daqui a pouco vai ser a população toda no CadÚnico, se continuar nesse ritmo, e no próximo ano a gente vai estar com a população toda precisando de algum tipo de benefício da Prefeitura. E aí a cidade não anda. O comércio está agonizando. Na verdade, a quantidade de benefícios sociais está acomodando a cidade como um todo. E isso é natural, mas é um modelo de governo. E a gente não pode aceitar que as pessoas percam a sua dignidade, percam a oportunidade de crescimento, por causa de um modelo de governo.
Desenvolvimento econômico — A gente tem que dá oportunidade para as pessoas se desenvolverem, das pessoas crescerem, ganharem um pouco mais, ajudarem outras pessoas, da cidade andar, economicamente falando. A sensação que eu tenho é que o atual governo quer matar a economia local, quer deixar a cidade o mais dependente da Prefeitura para permanecer no poder. E se a gente não acordar agora, isso vai ser um problema que vai ser difícil de resolver no futuro.
Transporte público — A gente viu um relato aqui da questão do transporte. Não é possível que o governo não consiga colocar um ônibus para facilitar a chegada do sanjoanense ao Porto. O Porto tem que arcar com toda a questão da despesa de logística. E a gente sabe que em diversos municípios não é assim que funciona. O ônibus tem que rodar enquanto tem demanda. E um monte de sanjoanense perdeu o serviço porque não conseguia chegar a Cajueiro, de São João da Barra para Cajueiro. De Grussaí para Cajueiro. Se o cara não tiver carro, ele perde o serviço. Aí a Prefeitura traz o aluno de São João da Barra para a Campos para estudar, para fazer faculdade e não é capaz de promover transporte dentro do próprio município. Qual que é o objetivo desse governo? É fazer a cidade prosperar ou é fazer a cidade ficar cada vez mais dependente?
Infraestrutura — Não se investe em infraestrutura no município. O que investe, investe errado. Os calçamentos sendo feitos sem sistema de drenagem em diversos locais, sendo feitos sem ajeitar o sistema de esgoto. A gente não tem esgoto na cidade inteira. A estação de tratamento está abandonada lá, foi construída no final do governo Carla de 2011-2012, está abandonada. Você apresenta um mundo diferente para o aluno, o aluno não quer ficar lá. E a cidade vai cada vez ficando mais dependente de Prefeitura, dependente de programas da Prefeitura, e a cidade não prospera. Chega disso. São João da Barra precisa dar um basta nesse modelo de política que puxa a cidade para baixo.
Saúde — Todo mundo sabe que a nossa Saúde não funciona. Não faz sentido a gente esperar um ano para fazer uma endoscopia, por exemplo. A gente tem uma fila de mais de um ano para fazer uma endoscopia. Quando você vai na UPA pra ser atendido, se tiver lotado você não vai ter lugar para sentar porque diversas cadeiras estão quebradas. A estrutura da UPA é difícil de acreditar. Só quem vai, é que sabe. Só quem já precisou da saúde de São João da Barra é que sabe. E agora, recentemente, chegando perto da eleição, como é de prática desse governo, anunciaram uma reforma na UPA num valor absurdo de mais de R$ 4 milhões. Um prédio que já está de pé. Está certo que o prédio está em situação deplorável, mas R$ 4 milhões para reformar um prédio? O nosso principal problema hoje é na infraestrutura da Saúde.
Situação de Atafona — Em uma conversa com o professor Eduardo Bolhões, da UFF, numa das palestras dele na verdade, falou que existem cinco maneiras, cerca de cinco maneiras de resolver. Uma delas não fazia nada, e foi essa que Carla Machado escolheu. Porque foram realizados vários estudos ao longo dos últimos anos, e na hora de resolver o problema, o problema não era resolvido. Existiam, inclusive, algumas alternativas baratas que o município conseguia custear. Só dependeria da autorização do Governo Federal, por se tratar de um espaço que da foz do rio Paraíba. E por ser a foz do Rio Paraíba, que envolve três estados, São Paulo, Minas e Rio de Janeiro. Uma coisa interessante para chamar atenção também nessa questão de Atafona, que não são só as nossas histórias que estão sendo engolidas pelo mar, não. É uma economia importantíssima para o município, que é a economia pesqueira. As pessoas estão deixando de deixar o pescado em Atafona, deixando de movimentar a economia do município, e não é pouco. Quem conhece sabe o quanto que gera de valor um barco ir para o mar e voltar e deixar o pescado aqui. Importância não só para o comércio local, para a economia local, mas também para pessoas que dependem dessa economia, que os pescadores são pessoas de ótimo coração, ajudam muito as famílias carentes em Atafona. Interessante a gente destacar que não só Atafona, mas Barra do Açu também está passando por um processo de erosão que já era esperado pela construção do canal do Porto do Açu.
Objetivo — O nosso radar é São João da Barra. Nós precisamos mudar São João da Barra para já, para ontem. E não tem essa história de ir para 2026 não, é para agora. A gente é pré-candidato ainda, eu fico um pouco limitado de passar confiança para o eleitor aqui. Não pode falar proposta, não pode falar em virar jogo, não pode falar em nada. Mas o nosso objetivo é São João da Barra. E para agora, para ontem. A cidade está agonizando. Tem muita gente sofrendo por falta de responsabilidade dos nossos governantes. Isso tem que acabar. Tem que parar. Já deu 20 anos no poder, os números mostram que o modelo de governo não deu certo. Não é achismo, não é raiva política, não é porque eu sou oposição. É porque os números mostram que não deu certo. E quem discorda disso tem que discordar dos números. Tem que defender de forma muito clara, porque os números mostram que o modelo de governo atual não deu certo. Nosso projeto é São João da Barra para ontem.
Pré-candidatura a vice — O prefeito Wladimir concedeu o PP para a gente. Ele é a liderança regional do PP e muito gentilmente concedeu o PP para a gente. A gente conversou com o Wladimir, ele entendeu que seria interessante a gente colocar a pré-candidatura a vice pelo PP e a gente vai fazer essa composição. É a professora Maria Adriana. Eu costumo dizer que a gente não escolheu a vice. Ela, com a sua trajetória pela Educação, sua história de vida, tudo que ela fez pela Educação do sanjoanense está sendo premiado agora. Porque no nosso grupo a gente costuma premiar a competência das pessoas. Diferente do grupo alheio, que tem dado voz às pessoas que de fato não fazem o que devia ser feito pelas suas áreas.
Relação política na região — Em relação a essa conjuntura regional, a gente tem permanecido um pouco distante porque a política regional está muito atravessada. Em Campos, Bruno tem relação com o Wladimir e está no União Brasil. Em São João da Barra, ele sempre foi oposição, mas a prefeita é pré-candidata pelo mesmo partido que ele. O Bacellar ajuda a prefeita em São João da Barra. Apoia a prefeita Carla Caputi e é contra aqui em Campos. Aqui em Campos o Bruno Dauaire está com o Wladimir, mas a pré-candidata do partido dele é contra o Wladimir. Então está muito atravessada. A gente está fazendo o nosso trabalho, independente dessa complexidade da política regional.
Pesquisas — Dois pontos importantíssimos para a gente entender essa situação. Eu não vou nem entrar no mérito da pesquisa não, porque a metodologia é confiável, mas a gente presenciou alguns casos lá em São João da Barra da aplicação sendo feita de forma incorreta. E a gente tem como provar, tem pessoas que são testemunhas disso. Mas eu não quero entrar nesse mérito não, vamos entrar em outras duas situações. Primeiro ponto, a questão da ditadura que eu comentei. As pessoas não podem falar o que elas pensam. Elas sabem que tem muita coisa errada acontecendo, mas elas são impedidas de falar. Porque se falar perde benefício, é perseguido no trabalho. Você pode conversar com qualquer sanjoanense, todo sanjoanense vai falar a mesma coisa que eu estou te falando aqui. E eu tenho vivido, a gente tem vivido casos agora, recentes, de ameaças, enfim. E a gente tem como provar. Esse é o primeiro ponto. O segundo ponto é que a comunicação da Prefeitura criou uma barreira sobre tudo o que está acontecendo na cidade. Se você entra no perfil da Prefeitura, você só vê comentário positivo, que é típico das ditaduras, só pode falar bem, não pode falar mal, naturalmente a percepção daquele governo vai ser de que está tudo bem na cidade, está tudo ok, não tem nada de errado acontecendo. Então, eles criaram uma blindagem para as coisas ruins que acontecem.
Como enfrentar aprovação de Caputi? — Mostrando a verdade. Só mostrando o que está acontecendo com a cidade. Não tem conversa. É só mostrar o que está acontecendo. Não é possível que o sanjonense ache normal as crianças estarem sem um lápis e borracha nesses dois anos de governo de Cala Caputi. Tem crianças que não têm condição de comprar isso. Isso é coisa séria. As crianças estão perdendo de evoluir por falta de material didático em uma cidade rica. R$ 550 mil num show de Alok e faltando lápis e borracha para as crianças. O sanjoanense não pode achar isso normal, não. E meu trabalho é mostrar a verdade. Não é possível que a gente ache normal a localidade de Grussaí inteira sem água encanada, do outro lado da lagoa. Diversas localidades do Açu abandonadas sem água encanada. Em pleno 2024, numa cidade com o recurso que tem, eu só preciso mostrar a verdade. Só isso que eu preciso pra desconstruir essa aprovação.
Críticas a Carla Caputi — A mídia criou uma blindagem sobre Carla Caputi, como se ela fosse a salvadora da pátria, a simpática. Mas eu não estou falando nem de questões pessoais, estou falando dela enquanto governante. Minhas críticas a ela são sempre enquanto governante da nossa cidade, pessoa que a gente paga o imposto e que o imposto paga o salário dela. A gente precisa ter essa noção, que o cidadão é patrão dos políticos.
Rejeição — De onde que eu tenho 20% de rejeição? Eu não quero entrar nofato aqui da pesquisa, porque eu já tive problema com o dono da empresa lá, da Factum. Ele mandou mensagem pedindo direito de resposta de forma amigável e eu não vou nem responder. No mesmo período que ela aplicou, a gente aplicou uma também, a gente não pode falar porque não está registrada, mas eu sei de fato o que está acontecendo na cidade. Eu sei de fato, e eu sei também que muita gente, na hora de responder à pesquisa, sem saber de quem está aplicando, nem saber qual é a fonte daquilo, quem encomendou a pesquisa, vai falar o que ela precisa falar. Ela não vai falar o que ela pensa, ela vai falar o que precisa falar, por conta exatamente da perseguição que há na cidade. É a questão da rejeição. É muito difícil acreditar que uma pessoa que só fez bem pela cidade, tem projetos sociais há anos na cidade, não ocupei cargo público, não tenho ninizade, como que eu tenho 18% de rejeição? É difícil de acreditar.
Nominata — Eu falo da nominata falando de esperança, porque o nosso movimento foi exatamente para manter uma chama de esperança viva nos corações de sanjoanenses. No primeiro momento pareceu loucura, muita gente zombou, agora já estão respeitando o movimento. O que eu posso dizer para o sanjoanense é que a gente se preocupou em trazer pessoas boas, pessoas que vão trazer resultado para o município. Como a gente filiou mais pessoas do que de fato precisa na nominata, a gente está naquele processo de escolha. E, no próximo dia 30, nós vamos divulgar a nominata por completo na convenção. Já temos alguns nomes conhecidos, como o professor Serginho, o nosso amigo Igor Barcelos, que é presidente do Sindicato dos Trabalhadores Portuários de SJB. Temos o nosso amigo Vitor Batista, o nosso amigo Rodrigo do Forró. E temos outros nomes que, certamente, o sanjoanense vai conhecer nas próximas semanas. E o critério que a gente utilizou para chamar as pessoas foi também a verdade. Escolhemos pessoas que passaram por situações e hoje têm a capacidade de transformar indignação em ação. Essa foi a nossa maior preocupação. A gente trabalhou na questão de 2 a 3 cadeiras.
“Modelo de gestão não deu certo” — A maior prova de que o modelo de governo da Carla Machado, e agora continuado pela Carla Caputi, não dá certo é a quantidade de sanjoanenses inscritos no CadÚnico. Não é possível que numa população de 36 mil habitantes a gente tenha 26 mil pessoas cadastradas no CadÚnico. E esse número saltou nos últimos dois anos. De 2021 para cá, aumentou quase 10 mil pessoas. O cartão é importante, o aluguel social é importante, são políticas sociais importantes. Meu doutorado é em políticas sociais. Se eu for contra isso, eu estou indo contra quem eu sou. Não estou falando aqui que tem que tirar programa, não estou falando nada disso. Nenhum governante vai ser maluco de tirar políticas sociais. A gente está vendo o presidente Lula cortando algumas políticas, os benefícios, cortando de quem não deveria cortar e dando perdão de dívidas a grandes empresários, a grandes empresas. Mas em São João da Barra eu acho que nenhum governante vai ser maluco de cortar benefícios. Até porque não pode. Existem pessoas que de fato precisam muito e isso ajuda muito. Só que não dá para gente deixar. Daqui a pouco vai ser a população toda no CadÚnico, se continuar nesse ritmo, e no próximo ano a gente vai estar com a população toda precisando de algum tipo de benefício da Prefeitura. E aí a cidade não anda. O comércio está agonizando. Na verdade, a quantidade de benefícios sociais está acomodando a cidade como um todo. E isso é natural, mas é um modelo de governo. E a gente não pode aceitar que as pessoas percam a sua dignidade, percam a oportunidade de crescimento, por causa de um modelo de governo.
Desenvolvimento econômico — A gente tem que dá oportunidade para as pessoas se desenvolverem, das pessoas crescerem, ganharem um pouco mais, ajudarem outras pessoas, da cidade andar, economicamente falando. A sensação que eu tenho é que o atual governo quer matar a economia local, quer deixar a cidade o mais dependente da Prefeitura para permanecer no poder. E se a gente não acordar agora, isso vai ser um problema que vai ser difícil de resolver no futuro.
Transporte público — A gente viu um relato aqui da questão do transporte. Não é possível que o governo não consiga colocar um ônibus para facilitar a chegada do sanjoanense ao Porto. O Porto tem que arcar com toda a questão da despesa de logística. E a gente sabe que em diversos municípios não é assim que funciona. O ônibus tem que rodar enquanto tem demanda. E um monte de sanjoanense perdeu o serviço porque não conseguia chegar a Cajueiro, de São João da Barra para Cajueiro. De Grussaí para Cajueiro. Se o cara não tiver carro, ele perde o serviço. Aí a Prefeitura traz o aluno de São João da Barra para a Campos para estudar, para fazer faculdade e não é capaz de promover transporte dentro do próprio município. Qual que é o objetivo desse governo? É fazer a cidade prosperar ou é fazer a cidade ficar cada vez mais dependente?
Infraestrutura — Não se investe em infraestrutura no município. O que investe, investe errado. Os calçamentos sendo feitos sem sistema de drenagem em diversos locais, sendo feitos sem ajeitar o sistema de esgoto. A gente não tem esgoto na cidade inteira. A estação de tratamento está abandonada lá, foi construída no final do governo Carla de 2011-2012, está abandonada. Você apresenta um mundo diferente para o aluno, o aluno não quer ficar lá. E a cidade vai cada vez ficando mais dependente de Prefeitura, dependente de programas da Prefeitura, e a cidade não prospera. Chega disso. São João da Barra precisa dar um basta nesse modelo de política que puxa a cidade para baixo.
Saúde — Todo mundo sabe que a nossa Saúde não funciona. Não faz sentido a gente esperar um ano para fazer uma endoscopia, por exemplo. A gente tem uma fila de mais de um ano para fazer uma endoscopia. Quando você vai na UPA pra ser atendido, se tiver lotado você não vai ter lugar para sentar porque diversas cadeiras estão quebradas. A estrutura da UPA é difícil de acreditar. Só quem vai, é que sabe. Só quem já precisou da saúde de São João da Barra é que sabe. E agora, recentemente, chegando perto da eleição, como é de prática desse governo, anunciaram uma reforma na UPA num valor absurdo de mais de R$ 4 milhões. Um prédio que já está de pé. Está certo que o prédio está em situação deplorável, mas R$ 4 milhões para reformar um prédio? O nosso principal problema hoje é na infraestrutura da Saúde.
Situação de Atafona — Em uma conversa com o professor Eduardo Bolhões, da UFF, numa das palestras dele na verdade, falou que existem cinco maneiras, cerca de cinco maneiras de resolver. Uma delas não fazia nada, e foi essa que Carla Machado escolheu. Porque foram realizados vários estudos ao longo dos últimos anos, e na hora de resolver o problema, o problema não era resolvido. Existiam, inclusive, algumas alternativas baratas que o município conseguia custear. Só dependeria da autorização do Governo Federal, por se tratar de um espaço que da foz do rio Paraíba. E por ser a foz do Rio Paraíba, que envolve três estados, São Paulo, Minas e Rio de Janeiro. Uma coisa interessante para chamar atenção também nessa questão de Atafona, que não são só as nossas histórias que estão sendo engolidas pelo mar, não. É uma economia importantíssima para o município, que é a economia pesqueira. As pessoas estão deixando de deixar o pescado em Atafona, deixando de movimentar a economia do município, e não é pouco. Quem conhece sabe o quanto que gera de valor um barco ir para o mar e voltar e deixar o pescado aqui. Importância não só para o comércio local, para a economia local, mas também para pessoas que dependem dessa economia, que os pescadores são pessoas de ótimo coração, ajudam muito as famílias carentes em Atafona. Interessante a gente destacar que não só Atafona, mas Barra do Açu também está passando por um processo de erosão que já era esperado pela construção do canal do Porto do Açu.