Suspensão de voos entre os temas debatidos na Câmara de Campos
Rodrigo Gonçalves 03/10/2023 22:38 - Atualizado em 04/10/2023 16:22
Sessão na Câmara de Campos
Sessão na Câmara de Campos / Reprodução de vídeo
A Câmara de Campos viveu mais um dia de discussões importantes, mas também de conflitos entre vereadores da base e oposição com tons mais tensos. Dentro dos assuntos em destaque esteve a suspensão dos voos entre Campos e o Rio de Janeiro, desde o último domingo (1°), por parte da empresa Azul, que alega inviabilidade após transferência de algumas atividades do aeroporto Santos Dumont para o Galeão, também na capital fluminense.
Na sessão desta terça-feira (3), o vice-líder do governo, Juninho Virgílio (União), anunciou que haverá uma reunião na próxima quinta-feira (5) com a participação da Companhia de Desenvolvimento do Município de Campos (Codemca); a concessionária Infra, responsável pela administração do aeroporto Bartolomeu Lisandro; e a empresa Azul Linas Aéreas, contando ainda com a presença do próprio vereador e do presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Campos, Edvar Chagas Júnior, que lidera mobilizações contra o desmonte no aeroporto Bartolomeu Lisandro.
— É inadmissível que o aeroporto da maior cidade do interior do estado não tenha esses voos mais aqui. Isso vem na contramão de tudo que vem acontecendo na nossa cidade, toda a expansão, todo o esforço sendo feito pelo prefeito, pelo vice-prefeito para que a gente possa alavancar a nossa cidade,. Nós temos aqui na cidade vizinha o Porto do Açu em pleno crescimento, e ficar sem essas linhas aéreas aqui, realmente é retroceder. Ficou já acertada uma reunião na próxima quinta-feira, que, a princípio, será remota, com a empresa Azul — comentou Juninho, sem dizer o horário da reunião e não descartando que o encontro ocorra presencialmente em São Paulo.
Ainda de acordo com o vereador, será cobrado da empresa que, se o Santos Dumont hoje não pode ter mais essas cargas de voos, o serviço seja transferido para o Galeão ou para o aeroporto de Jacarepaguá. "Deixar o nosso município sem essa linha aérea, isso realmente é uma covardia, porque vai trazer um transtorno muito grande para o desenvolvimento da nossa cidade. Estive com o prefeito hoje, ele também está revoltado com isso. Já me informou que está buscando uma agenda em Brasília para que a gente possa cobrar isso", disse o vice-líder do governo.
Ainda na sessão desta terça, vários projetos de leis foram aprovados, como o que torna obrigatória a comunicação ao Ministério Público de casos onde haja indicativo de maus-tratos a idosos atendidos pelas redes pública e privada de saúde; a obrigatoriedade dos restaurantes, lanchonetes, bares e estabelecimentos congêneres a disponibilizar para os consumidores, nos atendimentos presenciais, cardápios impressos e em braille; outro que dispõe sobre a obrigatoriedade de o agressor arcar com os custos de resgate e tratamento de animais vítimas de maus-tratos em Campos; e um que trata sobre cobrança de taxa diária de permanência em depósito público municipal de veículo rebocado; entre outros.
Um debate sobre a licitação das pontes para o interior do município e também uma troca de acusações entre os vereadores Nildo Cardoso (União) e Marquinho Bacellar (SD) marcaram a sessão.

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