Estudantes do Centro Universitário Fluminense (Uniflu) estão questionando o processo de votação para eleger o novo presidente da Fundação Cultural de Campos (FCC), mantenedora do Uniflu, que ocorrerá nesta quarta-feira (4), às 17h. Eles alegam que não foram comunicados sobre essa votação e que querem recuperar o direito de voto. De acordo com o grupo, o voto com a participação dos estudantes existia, mas foi retirado. Além disso, os membros vitalícios do processo também foram excluídos do pleito, segundo os estudantes.

— Estou reunindo um grupo de alunos que vai estar presente às 16h no pátio para pedir explicações. Eles precisam rever nosso direito de também votar — disse uma das estudantes, que prefere não ser identificada.

Ainda segundo os alunos, só participarão da votação os professores e funcionários. “ São seis professores, dois funcionários e três membros da comunidade. Mas nós não temos um representante dos alunos. Esse direito nos foi tirado”, explicou.

Nesta quarta, a votação será para o presidente, vice, tesoureiro, secretário e conselho fiscal do Centro Universitário. A Folha entrou em contato com a faculdade, com a FCC e com a Prefeitura. 

Em nota, o Uniflu informou que estatuto, em vigor desde o ano de 2019, foi aprovado após anos de debates, observando inteiramente o Código Civil Brasileiro e a Resolução nº 68/1979 da Procuradoria Geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, obtendo aprovação da Promotoria de Justiça de Fundações e registro junto ao Cartório de Notas desta comarca. Ainda de acordo com a instituição, durante o processo eleitoral todos os membros e órgãos internos tiveram participação ativa, na forma do estatuto, inexistindo a figura do “participante vitalício”. A nota ainda diz que não foi registrada na ouvidoria qualquer reclamação acerca do processo eleitoral.

"A eleição da nova diretoria da Fundação Cultural de Campos (instituição mantenedora do Centro Universitário Fluminense - UNIFLU) segue rigorosa e criteriosamente os estatutos aprovados pelo Conselho Curador da Instituição e também pelo Ministério Público das Fundações, que está em vigência há vários anos", disse o presidente da Fundação Cultural de Campos, Aldefran Lacerda.