Votação na terça por mais vagas a mulheres nos legislativos
Com dificuldades para cumprir a cota de candidatas em eleições, líderes partidários estão buscando na Câmara Federal acelerar as discussões que podem reservar vagas para mulheres em cargos legislativos de 15% em 2024 e 20% a partir de 2026. No entanto, o assunto colocado dentro da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Anistia traz no texto uma regra que desobriga as legendas a lançar um patamar mínimo de 30% de candidatas mulheres.
A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisou a proposta de emenda à PEC, que anistia partidos políticos por irregularidades nas prestações de contas feitas no passado, encerrou na última, quarta-feira (20) a discussão do relatório do deputado Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP).
O relator pediu mais tempo para analisar as sugestões feitas pelos parlamentares e a votação só deve ficar para a próxima semana, na terça-feira (26), já com a presença do presidente Arthur Lira (PP-AL).
A proposta já divide opiniões entre especialistas, porque diminuiria a participação efetiva das mulheres em discussões partidárias. Já a cota de cadeiras é vista como uma possível solução a um problema evidenciado em 2020, quando mais de 900 cidades não elegeram nenhuma vereadora, como foi o caso de Campos entre as 25 vagas. Se a PEC passar Campos teria obrigatoriamente quatro cadeiras destinadas a eleitas na próxima eleição.
Mulheres que participam do cenário político campista consideram quatro vagas pouco e esperam uma discussão mais ampla sobre o tema.