Mais de 3 mil ocorrências são registradas na Deam em Campos em 2024
De acordo com a delegada titular da Deam, Juliana Oliveira, a Deam realiza um trabalho fundamental junto com outros órgãos. Juliana explica ainda que além da violência física, existem outros tipos de violência e a importância da denúncia dos casos de violência.
“A Deam atua com os demais parceiros, com os demais órgãos de fiscalização. Nesse enfrentamento à violência doméstica, a Deam pode ser procurada por qualquer mulher que estivesse sofrendo violência e não só pela mulher, mas às vezes, uma família que tem conhecimento com essa mulher que é vítima de violência. A violência não é só violência física, tem a violência psicológica, violência sexual, violência moral, violência patrimonial. É importante que elas denunciem, busquem a medida protetiva, que ainda é um mecanismo eficaz no combate a essa violência. A Deam tem também como foco fazer uma fiscalização paralela com a patrulha Maria da Penha, desses descumprimentos de medida protetiva, para fazer com que afaste esse agressor. No caso da impossibilidade do afastamento desse agressor, a gente sempre vai buscar a prisão desse agressor. No caso de denúncia, as pessoas podem procurar pessoalmente a Deam, mas também existe o canal 180, que é um canal que a pessoa não precisa se identificar, a denúncia é anônima”, explicou a delegada.
Ainda segundo a delegada titular, este ano foram mais de 1.500 pedidos de medidas protetivas requeridas e encaminhadas ao poder judiciário. Além disso, mais de 100 prisões foram realizadas por agentes da delegacia.
Em conjunto com a Deam ainda há a atuação da Patrulha Maria da Penha, programa instaurado pela Polícia Militar, que atua no enfrentamento da violência doméstica e na assistência às mulheres vítimas de violência. Segundo um levantamento, em cinco anos de programa, mais de mil mulheres acolhidas e mais de 700 chamados atendidos pelos agentes. Sendo a maior demanda em Campos, na região do Centro, de acordo com os agentes do programa.
“Estamos há mais de 5 anos, atuando na área do 8ªBPM. Nós trabalhamos com fiscalização de medida protetiva. Fiscalizando para ver se o autor está respeitando ou não, se está ameaçando, se a vítima está correndo risco de vida e essas vítimas, fazemos um trabalho mais em cima dessas vítimas. Trabalhamos fazendo um patrulhamento em torno da casa das vítimas, para tentar coibir a presença dele. Trabalhamos tentando acolher ela, orientar, encorajar, às vezes, elas não têm coragem de ir na delegacia fazer o registro, então a gente encoraja elas. Trabalhamos na retirada de pertences. Então a gente tenta ajuda, não conseguimos da forma que a gente gostaria que fosse, mas da forma que a gente consegue e fazendo esse trabalho com muito carinho”, contou a primeira Sargento da Patrulha Maria da Penha, Lenilda.
Ela ainda lembra os canais que estão disponíveis para realizar as denúncias de violência doméstica contra as mulheres.
“Os canais disponíveis são o 180, o aplicativo rede mulher, o 190, nas delegacias, na própria Deam. Essas denúncias de uma forma ou de outra, vão gerar uma medida protetiva que vai chegar até a gente e nós vamos trabalhar em cima dessas denúncias”, finalizou a sargento.
Campos Laranja
Um ato pacífico pelo fim da violência contra a mulher foi realizado na tarde da segunda-feira (25), no Calçadão de Campos, em prol Dia Internacional de Eliminação da Violência contra as Mulheres e Meninas. O evento faz parte do Campos Laranja, realizado pela Subsecretaria de Políticas para Mulheres. No local, foi colocado um varal com nomes das mulheres que foram vítimas de feminicídio em 2023 e 2024 e os sapatos para representar essas mulheres.
Na ocasião, a subsecretária, Josiane Viana, informou que agora terá uma ronda Maria da Penha pela Guarda Civil Municipal, que atuará na prevenção e orientação às mulheres vítimas de violência.
“Através de emenda parlamentar, compramos uma van que vai ser o nosso programa Ceam itinerante, então a gente vai até as mulheres, vamos fazer uma mobilização para ir até as os lugares mais longínquos que as mulheres não têm o recurso ou o atendimento que de repente, se elas tivessem vindo para a cidade. Vamos comprar uma viatura para ronda Maria da Penha, onde vamos ter nossa guarda e trabalhar com a prevenção, para ir para as escolas, para pegar uma mulher que está no Hospital Ferreira Machado e que precisa denunciar, levar ela na Deam. Então a guarda vai estar treinada e estarão disponíveis exclusivamente para trabalhar só com a ronda”, finalizou a Josiane.
Falar de violência contra mulher e meninas não basta, é importante denunciar. O número de casos de violência doméstica, agressões e feminicídios ainda é grande. Levantamento da Polícia Militar aponta que no estado do Rio foram registradas 240 denúncias de violência contra a mulher por dia no ano passado. Em Campos, neste ano, de janeiro a 26 de novembro, foram cerca de 3.200 ocorrências na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam). Em um comparativo com todo o período do ano passado, quando foram registrados 2.300 casos, houve um aumento de 39%, sendo que 2024 ainda não acabou.
Segundo um levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU), todos os dias, 140 mulheres ou meninas são mortas por seus parceiros ou familiares, sendo uma morta a cada 10 minutos.
Os dados foram divulgados na semana que marca o Dia Internacional de Eliminação da Violência contra as Mulheres e Meninas comemorado dia 25 de novembro.
Os dados foram divulgados na semana que marca o Dia Internacional de Eliminação da Violência contra as Mulheres e Meninas comemorado dia 25 de novembro.
De acordo com a delegada titular da Deam, Juliana Oliveira, a Deam realiza um trabalho fundamental junto com outros órgãos. Juliana explica ainda que além da violência física, existem outros tipos de violência e a importância da denúncia dos casos de violência.
“A Deam atua com os demais parceiros, com os demais órgãos de fiscalização. Nesse enfrentamento à violência doméstica, a Deam pode ser procurada por qualquer mulher que estivesse sofrendo violência e não só pela mulher, mas às vezes, uma família que tem conhecimento com essa mulher que é vítima de violência. A violência não é só violência física, tem a violência psicológica, violência sexual, violência moral, violência patrimonial. É importante que elas denunciem, busquem a medida protetiva, que ainda é um mecanismo eficaz no combate a essa violência. A Deam tem também como foco fazer uma fiscalização paralela com a patrulha Maria da Penha, desses descumprimentos de medida protetiva, para fazer com que afaste esse agressor. No caso da impossibilidade do afastamento desse agressor, a gente sempre vai buscar a prisão desse agressor. No caso de denúncia, as pessoas podem procurar pessoalmente a Deam, mas também existe o canal 180, que é um canal que a pessoa não precisa se identificar, a denúncia é anônima”, explicou a delegada.
Ainda segundo a delegada titular, este ano foram mais de 1.500 pedidos de medidas protetivas requeridas e encaminhadas ao poder judiciário. Além disso, mais de 100 prisões foram realizadas por agentes da delegacia.
Em conjunto com a Deam ainda há a atuação da Patrulha Maria da Penha, programa instaurado pela Polícia Militar, que atua no enfrentamento da violência doméstica e na assistência às mulheres vítimas de violência. Segundo um levantamento, em cinco anos de programa, mais de mil mulheres acolhidas e mais de 700 chamados atendidos pelos agentes. Sendo a maior demanda em Campos, na região do Centro, de acordo com os agentes do programa.
“Estamos há mais de 5 anos, atuando na área do 8ªBPM. Nós trabalhamos com fiscalização de medida protetiva. Fiscalizando para ver se o autor está respeitando ou não, se está ameaçando, se a vítima está correndo risco de vida e essas vítimas, fazemos um trabalho mais em cima dessas vítimas. Trabalhamos fazendo um patrulhamento em torno da casa das vítimas, para tentar coibir a presença dele. Trabalhamos tentando acolher ela, orientar, encorajar, às vezes, elas não têm coragem de ir na delegacia fazer o registro, então a gente encoraja elas. Trabalhamos na retirada de pertences. Então a gente tenta ajuda, não conseguimos da forma que a gente gostaria que fosse, mas da forma que a gente consegue e fazendo esse trabalho com muito carinho”, contou a primeira Sargento da Patrulha Maria da Penha, Lenilda.
Ela ainda lembra os canais que estão disponíveis para realizar as denúncias de violência doméstica contra as mulheres.
“Os canais disponíveis são o 180, o aplicativo rede mulher, o 190, nas delegacias, na própria Deam. Essas denúncias de uma forma ou de outra, vão gerar uma medida protetiva que vai chegar até a gente e nós vamos trabalhar em cima dessas denúncias”, finalizou a sargento.
Campos Laranja
Um ato pacífico pelo fim da violência contra a mulher foi realizado na tarde da segunda-feira (25), no Calçadão de Campos, em prol Dia Internacional de Eliminação da Violência contra as Mulheres e Meninas. O evento faz parte do Campos Laranja, realizado pela Subsecretaria de Políticas para Mulheres. No local, foi colocado um varal com nomes das mulheres que foram vítimas de feminicídio em 2023 e 2024 e os sapatos para representar essas mulheres.
Na ocasião, a subsecretária, Josiane Viana, informou que agora terá uma ronda Maria da Penha pela Guarda Civil Municipal, que atuará na prevenção e orientação às mulheres vítimas de violência.
“Através de emenda parlamentar, compramos uma van que vai ser o nosso programa Ceam itinerante, então a gente vai até as mulheres, vamos fazer uma mobilização para ir até as os lugares mais longínquos que as mulheres não têm o recurso ou o atendimento que de repente, se elas tivessem vindo para a cidade. Vamos comprar uma viatura para ronda Maria da Penha, onde vamos ter nossa guarda e trabalhar com a prevenção, para ir para as escolas, para pegar uma mulher que está no Hospital Ferreira Machado e que precisa denunciar, levar ela na Deam. Então a guarda vai estar treinada e estarão disponíveis exclusivamente para trabalhar só com a ronda”, finalizou a Josiane.