Caso Marielle: MP pede que jurados condenem Ronnie e Élcio em todos os quesitos
No segundo dia do júri popular dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, réus confessos dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o promotor Eduardo Martins pediu aos jurados que condenem a dupla em todos os quesitos e afirmou que ambos só delataram porque sabiam que seriam descobertos e porque queriam algo em troca – a redução das penas por conta da delação premiada.
Os quesitos a que ele se referiu são perguntas que a juíza vai apresentar aos jurados para que eles decidam se os acusados devem ser condenados ou absolvidos. Ela elabora as questões com base nos crimes a que Lessa e Queiroz respondem.
Presos desde março de 2019, os dois podem ser condenados a até 84 anos de prisão cada um. Eles foram denunciados por duplo homicídio triplamente qualificado; um homicídio tentado; e receptação do veículo usado no dia do crime. A jornalista Fernanda Chaves, assessora de Marielle, sobreviveu ao atentado.
Nesta quinta, Martins também criticou a postura de Lessa, que no primeiro dia de julgamento havia pedido perdão à família de Marielle.
"Que arrependimento é esse com algo em troca? Vocês já pediram arrependimento a alguém e disseram: 'quero seu perdão se me der alguma coisa em troca'? Porque foi isso que eles fizeram", disse o promotor.
Os quesitos a que ele se referiu são perguntas que a juíza vai apresentar aos jurados para que eles decidam se os acusados devem ser condenados ou absolvidos. Ela elabora as questões com base nos crimes a que Lessa e Queiroz respondem.
Presos desde março de 2019, os dois podem ser condenados a até 84 anos de prisão cada um. Eles foram denunciados por duplo homicídio triplamente qualificado; um homicídio tentado; e receptação do veículo usado no dia do crime. A jornalista Fernanda Chaves, assessora de Marielle, sobreviveu ao atentado.
Nesta quinta, Martins também criticou a postura de Lessa, que no primeiro dia de julgamento havia pedido perdão à família de Marielle.
"Que arrependimento é esse com algo em troca? Vocês já pediram arrependimento a alguém e disseram: 'quero seu perdão se me der alguma coisa em troca'? Porque foi isso que eles fizeram", disse o promotor.
"Eles são réus colaboradores. Eles não vieram e se arrependeram. Eles vieram ao Ministério Público e pediram algo em troca para falar o que falaram."
Ainda de acordo com a acusação, até a delação premiada os réus negavam completamente o crime.
"Até ontem, até outro dia, os dois estavam aqui negando todas as imputações. Negando. [Disseram] 'Eu não estava no carro', 'não era eu', 'não fui eu', 'eu não tenho motivo para matar', 'eu não conheço essas pessoas', 'eu nunca ouvi falar de Marielle', 'nunca ouvi falar de Anderson'. Então, que arrependimento é esse?", questionou.
Martins destacou que, se condenados, os ex-PMs terão de cumprir parte da pena em regime fechado.
"Até ontem, até outro dia, os dois estavam aqui negando todas as imputações. Negando. [Disseram] 'Eu não estava no carro', 'não era eu', 'não fui eu', 'eu não tenho motivo para matar', 'eu não conheço essas pessoas', 'eu nunca ouvi falar de Marielle', 'nunca ouvi falar de Anderson'. Então, que arrependimento é esse?", questionou.
Martins destacou que, se condenados, os ex-PMs terão de cumprir parte da pena em regime fechado.
"O Ministério Público fez um acordo, e eles vão cumprir 30 anos de pena. Vão cumprir toda a pena máxima da legislação. A única diferença é que terão algumas progressões. Mas é bastante tempo que ficarão no regime fechado. Esse é um dos acordos mais rígidos do Brasil
O apresentou slides sobre a investigação, como a recuperação do histórico de busca no Google feita por Ronnie Lessa antes do crime. Nesse momento, Luyara, filha de Marielle, deixou o plenário.
Em março deste ano, a Polícia Federal (PF) prendeu os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, apontados como mandantes do atentado contra Marielle Franco. O delegado Rivaldo Barosa também foi detido, suspeito de ajudar a planejar crime e de atrapalhar as investigações.
Domingos é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), e Chiquinho, deputado federal pelo União Brasil — razão pela qual tinha foro especial. Os três, além de outros dois réus, serão julgados no Supremo Tribunal Federal (STF), que nesta semana começou a ouvir os acusados.
Em março deste ano, a Polícia Federal (PF) prendeu os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, apontados como mandantes do atentado contra Marielle Franco. O delegado Rivaldo Barosa também foi detido, suspeito de ajudar a planejar crime e de atrapalhar as investigações.
Domingos é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), e Chiquinho, deputado federal pelo União Brasil — razão pela qual tinha foro especial. Os três, além de outros dois réus, serão julgados no Supremo Tribunal Federal (STF), que nesta semana começou a ouvir os acusados.
Fonte: G1