Ave rara é vista pela primeira vez no Parque Estadual da Lagoa do Açu, em Campos
- Atualizado em 23/10/2024 16:40
Mariquita-riscadinha
Mariquita-riscadinha / Foto: Divulgação
 
Uma ave rara foi avistada pela primeira vez no Parque Estadual da Lagoa do Açu, unidade de conservação administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e situada em Campos e São João da Barra. A mariquita-riscadinha (Mniotilta varia) foi registrada pelo guarda-parque Denison Cordeiro no último domingo (13), durante monitoramento de rotina na trilha da Pitanga, na localidade Cancela Preta, dentro do parque.
A mariquita-riscadinha tem ocorrência na América do Norte, e passou pelo parque ao migrar para outro destino, uma vez que a unidade de conservação é conhecida por ser rota migratória de aves. É o segundo registro dessa espécie no Brasil. Essa ave caracteriza-se pela plumagem branca e preta, o que facilita sua camuflagem em troncos de árvores, e desempenha importante função no controle de populações de insetos em seu habitat.
— A presença de uma ave tão rara no Parque Estadual da Lagoa do Açu é mais uma demonstração de que essa unidade de conservação é uma área relevante para as aves migratórias e preservar a sua biodiversidade é a nossa prioridade — ressaltou o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.
— A observação é significativa para a biogeografia de aves oriundas da América do Norte no Brasil com o objetivo de aprofundar os nossos estudos sobre a migração dessas aves para regiões tropicais — explicou o gestor do Parque Estadual da Lagoa do Açu, Samir Mansur.

O parque
Com 8.249,12 hectares, o Parque Estadual da Lagoa do Açu abrange partes dos municípios de Campos e de São João da Barra, no Norte Fluminense. A unidade de conservação tem como um de seus objetivos assegurar a preservação de parte de um dos mais ricos e bem preservados remanescentes de vegetação de restinga do Estado do Rio.
A observação é significativa para a biogeografia de aves neárticas no Brasil, indicando a necessidade de mais estudos sobre sua migração e presença em regiões tropicais, ressaltando o PELAG como uma área relevante para as aves migratórias, no Brasil.
Fonte: Ascom Inea

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