Uenf lança programa Abrace para acolher denúncias de assédio
- Atualizado em 27/08/2024 17:00
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A Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) deu passo importante na promoção de um ambiente universitário mais seguro e acolhedor com o lançamento do programa Abrace, na última quinta-feira (22). O anúncio foi feito durante o evento Vozes do Respeito: Mecanismos institucionais para denúncias de assédio moral, sexual e psicológico, realizado no auditório Multimídia do Centro de Ciências do Homem (CCH).

O programa Abrace foi criado para acolher e tratar denúncias de assédio na universidade, oferecendo suporte psicológico e orientações para as vítimas. Os agendamentos para atendimento já podem ser feitos pelo e-mail [email protected].

A reitora da UENF, Rosana Rodrigues, destacou a importância de combater qualquer forma de assédio dentro da universidade.
"É papel da instituição tornar o ambiente da universidade seguro e acolhedor. Temos compromisso com a prevenção e o combate ao assédio e a sanção aos assediadores. Esta discussão que nós estamos dando continuidade é a mais adequada para o respeito. Denúncias falsas fazem um desserviço às pessoas que sofrem assédio. A partir de uma denúncia formal, temos a obrigação de agir com tratamento justo, adequado, seguro e acolhedor. Temos a obrigação não só legal, mas moral de acolher as denúncias. Assédio é crime e precisa ser punido como tal. Face a determinadas circunstâncias, essas pessoas vão ter de responder por isso", afirmou Rosana.
Ela também mencionou que a UENF já vinha disseminando cartilhas educativas sobre assédio, elaboradas pela CAPES e pelo Sintuperj.
"Na quarta-feira, na Câmara de Assuntos Comunitários, foi aprovada a nossa cartilha. Estava na hora de termos nosso próprio instrumento orientador, nossa própria cartilha. A partir da cartilha, apresentaremos uma resolução própria para saber o que fazer com os assediadores e com quem faz denúncias falsas de assédio. Temos o compromisso de apurar todas as denúncias. Começamos a implantar câmeras de segurança no campus. Elaboramos um programa de acolhimento, o Abrace, para que quem está em sofrimento por causa de um assediador possa denunciar de maneira silenciosa pelo e-mail [email protected]. Sempre tivemos outros canais para denúncia, como o Fala BR e o e-mail [email protected]", disse Rosana.

O pró-reitor de Assuntos Comunitários, Milton Masahiko Kanashiro, reforçou a necessidade de as vítimas procurarem o programa Abrace para fazerem suas denúncias.
"O programa Abrace UENF vai acolher denúncias de assédio. O e-mail [email protected] será um primeiro contato para a pessoa fazer um agendamento para conversar na PROAC com um psicólogo e para a pessoa vitimada, que está sensível, se sentir acolhida e segura para fazer seu relato sob sigilo. A cada semestre vamos fazer uma estatística dos fatos para entender o quanto sério é este processo. Não denunciar é proteger o agressor, que vai se empoderando. O assediado começa a viver uma situação depreciativa, uma condição de infelicidade crônica, que leva a pessoa a adoecer e resulta em resposta inadequada. O ambiente da universidade precisa ser acolhedor e saudável", afirmou Kanashiro.
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O diretor do CCH, Geraldo Timóteo, anunciou que 25 câmeras de monitoramento serão instaladas no prédio do CCH, incluindo áreas como o ponto de ônibus, para aumentar a segurança no campus. "Já melhoramos a iluminação aqui do prédio. Queremos criar um espaço de respeito e que haja assédio zero. Isto também depende da vítima. Que ela seja empoderada a denunciar qualquer tipo de assédio que seja. Espero que todas as denúncias sejam apuradas. Que se sintam capazes de não aceitar que as pessoas as tratem mal. Se organizem, se sintam seguros e seguras para denunciar todo tipo de assédio. Estamos em um espaço do conhecimento e vamos construir esse lugar em que todos, todas e todes estejam seguros para estar. Que tenhamos um espaço de respeito. Com meios de segurança, de denúncia e punição. Não podemos ter vítimas sem justiça, pessoas que não se revelaram. Temos de construir boas memórias e não traumas", disse Geraldo.
A mesa do evento contou ainda com a presença de Melissa Assis, diretora de Comunicação do Diretório Central de Estudantes (DCE) da UENF e fundadora do Coletivo Trans UENF, além do estudante de Ciências Sociais, Vinicius Ribeiro. Entre os presentes, estavam alunos da UENF e convidados da comunidade externa. Durante o evento, foram distribuídas cartilhas contra assédio moral, elaboradas pelo Sintuperj UERJ e UENF.

Fonte: Ascom

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