Situação na Praça Tiradentes é de caos
“Uma coisa que eu posso dizer é que a praça está abandonada. A estátua do Tiradentes foi depredada, órgãos públicos não vêem, já completou um ano disso. Fora os moradores de rua, pessoal de usuário de droga, pessoal fazendo programa à noite... Aqui fica muito abandonado. Já tentaram arrombar o meu estabelecimento 4 vezes, só tive prejuízo com serralheiro para poder refazer tudo aqui”, lembra Carlos.
Já Shayder Martins, que trabalha em um estacionamento nos arredores da praça, esteve no momento em que o crime aconteceu e lembrou que a segurança só foi reforçada depois do episódio.
“A praça está completamente abandonada, cheia de pichações. Depredaram bastante, inclusive a estátua aqui, que é o símbolo da praça também, está toda quebrada. Um desleixo total. Hoje de manhã eu vi que tentaram arrombar o cadeado daqui pela noite, aí quebrou a chave dentro do cadeado. Não tem muita segurança, só apertaram a segurança depois que aconteceu o episódio aqui na praça (...) Todo mundo já estava esperando acontecer alguma coisa ruim aqui por causa da falta de segurança”, disse Shayder, que relembrou a situação, em que ajudou a socorrer a vítima.
“Ontem mesmo, os fios da padaria foram roubados, eles ficaram sem energia. Então, assim, normalmente, todos os dias nós estamos aqui à mercê, né? A praça sem luz, normalmente a gente fica às vezes sem luz, pessoas usando drogas... A própria igreja do santuário foi também roubada, levaram os fios, deixando a gente sem energia. Muitas vezes as pessoas ficam com medo de vir adorar porque sempre entram pessoas na igreja pedindo dinheiro, querendo ou ameaçando (...) Muitas vezes a gente já está pedindo aqui segurança na praça e não somos atendidos. Então, não é uma situação só, são várias situações”, explicou a professora e voluntário na Igreja Santuário Diocesano Eucarístico, Cinthia da Silva.
A Prefeitura de Campos, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social, explicou que, mesmo realizando abordagens sociais para levar pessoas em situação de rua para abrigos, a ida e permanência não é obrigatória e depende do indivíduo, o que foi a situação do casal, como diz a nota.
Após o caso do funcionário de uma igreja que foi esfaqueado na manhã da última quinta-feira (15) na Praça Batalhão Tiradentes, no centro de Campos, a situação de abandono e falta de segurança na área foi ganhando mais luz no município. O crime teria sido praticado por um homem em situação de rua, junto com sua companheira, que foram presos na tarde desse domingo (18) por policiais da Operação Segurança Presente. No mesmo local, a estátua que dá o nome a devida praça teve a cabeça arrancada em ato de vandalismo há pouco mais de um ano e, até o momento, nada foi feito.
Os policiais receberam uma denúncia de onde os dois estariam, sendo possível localizá-los com êxito na avenida Carmem Carneiro, em Guarus. Eles foram encaminhados para a 134ª Delegacia de Polícia, onde o caso já tinha sido registrado. A vítima segue internada no Hospital Ferreira Machado (HFM) após ser atingido no tórax e passado por cirurgia. Segundo o hospital, ela permanece estável na clínica cirúrgica na unidade.
Os comerciantes da área percebem e se incomodam cada vez mais com a situação de abandono em que a praça se encontra, além das diversas tentativas de arrombamentos de seus estabelecimentos há tempos, como foi o caso do proprietário de uma banca de jornal, Carlos Leandro Machado.
Os policiais receberam uma denúncia de onde os dois estariam, sendo possível localizá-los com êxito na avenida Carmem Carneiro, em Guarus. Eles foram encaminhados para a 134ª Delegacia de Polícia, onde o caso já tinha sido registrado. A vítima segue internada no Hospital Ferreira Machado (HFM) após ser atingido no tórax e passado por cirurgia. Segundo o hospital, ela permanece estável na clínica cirúrgica na unidade.
Os comerciantes da área percebem e se incomodam cada vez mais com a situação de abandono em que a praça se encontra, além das diversas tentativas de arrombamentos de seus estabelecimentos há tempos, como foi o caso do proprietário de uma banca de jornal, Carlos Leandro Machado.
“Uma coisa que eu posso dizer é que a praça está abandonada. A estátua do Tiradentes foi depredada, órgãos públicos não vêem, já completou um ano disso. Fora os moradores de rua, pessoal de usuário de droga, pessoal fazendo programa à noite... Aqui fica muito abandonado. Já tentaram arrombar o meu estabelecimento 4 vezes, só tive prejuízo com serralheiro para poder refazer tudo aqui”, lembra Carlos.
Já Shayder Martins, que trabalha em um estacionamento nos arredores da praça, esteve no momento em que o crime aconteceu e lembrou que a segurança só foi reforçada depois do episódio.
“A praça está completamente abandonada, cheia de pichações. Depredaram bastante, inclusive a estátua aqui, que é o símbolo da praça também, está toda quebrada. Um desleixo total. Hoje de manhã eu vi que tentaram arrombar o cadeado daqui pela noite, aí quebrou a chave dentro do cadeado. Não tem muita segurança, só apertaram a segurança depois que aconteceu o episódio aqui na praça (...) Todo mundo já estava esperando acontecer alguma coisa ruim aqui por causa da falta de segurança”, disse Shayder, que relembrou a situação, em que ajudou a socorrer a vítima.
“Ontem mesmo, os fios da padaria foram roubados, eles ficaram sem energia. Então, assim, normalmente, todos os dias nós estamos aqui à mercê, né? A praça sem luz, normalmente a gente fica às vezes sem luz, pessoas usando drogas... A própria igreja do santuário foi também roubada, levaram os fios, deixando a gente sem energia. Muitas vezes as pessoas ficam com medo de vir adorar porque sempre entram pessoas na igreja pedindo dinheiro, querendo ou ameaçando (...) Muitas vezes a gente já está pedindo aqui segurança na praça e não somos atendidos. Então, não é uma situação só, são várias situações”, explicou a professora e voluntário na Igreja Santuário Diocesano Eucarístico, Cinthia da Silva.
A Prefeitura de Campos, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social, explicou que, mesmo realizando abordagens sociais para levar pessoas em situação de rua para abrigos, a ida e permanência não é obrigatória e depende do indivíduo, o que foi a situação do casal, como diz a nota.
"A decisão de ir para o abrigo e a permanência nos equipamentos é do indivíduo. O casal envolvido na confusão, inclusive, já esteve em um dos abrigos municipais, mas decidiu não permanecer", diz.
Em um vídeo que está circulando nas redes sociais, um homem relatou que a igreja chegou a ficar sem abrir sua lateral em função das brigas e confusões. Na tarde dessa terça-feira (20), foi possível observar uma viatura da Guarda Civil Municipal parada em frente à igreja e a informação é de que, agora, existe a ordem de passar pelo local todos os dias. Procurada pela Folha, a Diocese de Campos emitiu uma nota sobre a situação, explicando o caso.
“A Diocese de Campos lamenta o incidente ocorrido, na última quinta-feira (15/08), o caso se trata de dependência química, mas que não pode causar discriminação. O funcionário tentou defender uma idosa de um morador em situação de rua, que a hostilizada verbalmente, após confusão envolvendo cachorros. Geralmente, já chegaram a ser acionadas as autoridades competentes, mas que não atendem de modo ágil e eficaz. Infelizmente, tem se tornado frequente a insegurança no entorno, que chegou a esta situação lamentável”, diz a nota.
Já a Polícia Militar informou que o comando do 8º BPM (Campos) vem acompanhando a mancha criminal da região, “que aponta uma queda nos crimes de roubo”, falando também sobre a situação da praça, além de dar orientações aos prejudicados em razão de roubo e arrombamentos.
Já a Polícia Militar informou que o comando do 8º BPM (Campos) vem acompanhando a mancha criminal da região, “que aponta uma queda nos crimes de roubo”, falando também sobre a situação da praça, além de dar orientações aos prejudicados em razão de roubo e arrombamentos.
“Orientamos aos cidadãos que registrem as ocorrências em delegacia para auxiliar no planejamento de policiamento da região. Cabe ressaltar que no início do mês, representantes do comando do batalhão participaram de uma audiência pública com membros do Ministério Público e Prefeitura para discutir soluções para conter o aumento da presença de moradores de rua no local. Em tempo a região da praça Tiradentes conta a presença de policiais do projeto Segurança Presente e reforço no patrulhamento do 8º BPM”, finaliza.
O Conselho de Preservação do Patrimônio Arquitetônico Municipal (Coppam) informou, através de nota, que segue promovendo o levantamento dos monumentos vandalizados, por meio de ação conjunta com outros órgãos da municipalidade. "Cabe ressaltar que, em boa parte dos casos, restaurações ou remoções de esculturas demandam mão de obra especializada, justamente para evitar danos maiores ao patrimônio vandalizado e isso aumenta o tempo para o solucionamento de alguns casos".
Sobre o ato de vandalismo, a Prefeitura de Campos explicou que o patrulhamento nas ruas da cidade é feito 24h por dia, mas esse é um tipo de crime (Vandalismo) não acontece quando a viatura está no local. "E que quando o poder público precisa voltar à área danificada para refazer o serviço, ele deixa de investir em novos espaços", diz a nota. A Prefeitura de Campos, por meio da Guarda Civil Municipal (GCM), pediu à população que, caso se depare com atos de vandalismo ao patrimônio público, auxilie o órgão informando imediatamente à central de pronto atendimento da corporação por meio do número 153, que funciona 24h, sete dias por semana.
Já em relação a revitalização da praça, segundo a Secretaria de Obras e Infraestrutura de Campos, toda a reforma e restruturação da Praça Tiradentes consta no projeto de revitalização do centro de Campos, que já teve início. "Em um trabalho conjunto da Secretaria e da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, está sendo feito um levantamento do número de estátuas e outros monumentos que precisam de restauração", explica.