Depoimento esclarece disparos no 'rolezinho' que deixou motociclista morto em Travessão
Maria Laura Gomes 29/07/2024 18:09 - Atualizado em 29/07/2024 18:24
146ª Delegacia de Polícia de Guarus
146ª Delegacia de Polícia de Guarus / Genilson Pessanha
Em depoimento prestado à Polícia Civil neste domingo (28), uma testemunha revelou novos detalhes sobre o os disparos de arma de fogo que resultaram na morte de Rhuan Assunção Rocha e deixaram um jovem ferido, na Avenida Professora Carmem Carneiro, em Travessão. O local, frequentado por motociclistas para manobras radicais e "corte de giro", foi palco de uma tragédia na tarde deste domingo, por volta das 17:30h. Os jovens foram baleados enquanto participavam de "rolezinho de motos" na região.
A testemunha, que frequenta a área há cerca de quatro anos, estava ao lado de Rhuan quando ele foi baleado. Segundo seu relato, Rhuan estava realizando manobras quando caiu repentinamente. Ele ainda disse que, ao olhar para a vítima, percebeu um forte sangramento na cabeça dela. Logo em seguida, ouviu um disparo de arma de fogo. Ele ainda contou que um homem vestido de preto foi visto correndo em direção ao campo de futebol do Americano, a cerca de 100 metros de distância.
A testemunha também relatou incidentes anteriores envolvendo os seguranças da obra do Americano, incluindo um episódio em que um segurança exibiu uma arma de fogo e disparos foram feitos para o alto na tentativa de dispersar os motociclistas.
A Polícia Militar, que recebeu um chamado por volta das 17:50h, encontrou uma equipe do Corpo de Bombeiros prestando socorro a Rhuan Assunção Rocha, que foi atingido na cabeça e não resistiu aos ferimentos. Simultaneamente, os policiais foram informados sobre a segunda vítima, que foi atingida no braço e levada para o Hospital Ferreira Machado por uma viatura da PM. Ainda não há informações sobre o estado de saúde da vítima.
Investigações preliminares indicam que as vítimas não têm envolvimento com o tráfico de drogas. No entanto, a falta de câmeras de segurança na área dificulta a identificação do autor dos disparos. O caso segue sob investigação pela Polícia Civil, na 146ª Delegacia de Polícia, em Guarus.
A Folha entrou em contato com o Americano para buscar um posicionamento sobre o depoimento da testemunha, que relata ameaças e tiros feitos por seguranças do Campo do Americano. O presidente do clube, Tolentino Reis, explicou que essa informação não procede. "Final de semana a gente nem tem segurança lá no CT. A gente não tem final de semana e nunca teve", explicou Tolentino. 
 

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