Associação Irmãos da Solidariedade faz 36 anos e lança mais um programa de aconselhamento
Comemoração na Associação
Comemoração na Associação / Foto: Divulgação
A primeira e única casa de apoio às pessoas que vivem com o vírus HIV do interior do Estado do Rio, a Associação Irmãos da Solidariedade, comemora nesta quinta-feira (18) 36 anos de fundação. Além dos projetos de conscientização desenvolvidos pela entidade nas escolas e universidades, a Associação lançou o Programa Mães Solidarias, de aconselhamento para o pré-natal e, ainda, após o nascimento do bebê.
“A mentalidade de muitos é que o vírus HIV e a Aids acabaram. Infelizmente, não existem mais campanhas de prevenção e, também, não se fala mais sobre. Mas, a realidade é que o Brasil tem hoje, comprovadamente, mais de 1 milhão de pessoas contaminadas pelo vírus, fora outras que não sabem”. A declaração é da fundadora-presidente da Associação Irmãos da Solidariedade, Fátima Castro.

Na entidade, são 35 mães, a maioria na faixa dos 14 aos 29 anos, que recebem acompanhamento psicológico-social, participam de palestras informativas com equipe multidisciplinar e recebem enxoval para a criança.

- Ao longo do tempo as casas de apoio do país foram fechando e nós continuamos aqui, com a casa lotada. O vírus continua infectando e matando, tudo isso dentro de um panorama invisível. A Aids se transformou em doença crônica por conta dos medicamentos, mas, para que esses sejam usados de forma correta, têm que ser feitos exames de quatro em quatro meses, uma alimentação balanceada, acompanhamento com infectologista, entre outros profissionais. Como a miséria assola o país e o mundo, as pessoas que vivem à margem da sociedade e em vulnerabilidade social, encontram apoio aqui na instituição – explica a presidente.

REALIDADE NUA E CRUA
Fátima Castro explica que a casa mantém as portas abertas para as pessoas conhecerem o trabalho e saber mais sobre a doença, sem hora marcada ou agendamento. “Aqui não existe horário, qualquer hora que chegar será recebido para interagir, conversar, dar afeto. Quando a pessoa fala, é uma coisa, quando vê, a realidade é outra. Ela muda o olhar, sua perspectiva, seu conceito. Aqui os pacientes são tratados como a pessoa gostaria que seu pai ou mãe fossem tratados”, finaliza Fátima Castro.
Fonte: Ascom

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