Ocorrências de violência contra mulheres são quase diárias, em Campos. Os casos de atendimentos e de prisões decorrentes de violência contra mulheres aumentaram na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), de forma exponencial. Os dados apontam que no primeiro semestre de 2024 foram 1.637 atendimentos; 244 casos a mais quando comparados aos registros no mesmo período do ano passado. Quanto ao número de prisões de agressores, no primeiro semestre de 2023, foram somadas 22 prisões contra 78 agora; o aumento foi de 254%.

A delegada titular da Deam Campos, Juliana Oliveira, explica que a violência doméstica contra a mulher não é caracterizada apenas pela agressão física, outros crimes também englobam a violência doméstica. “Casos de injúria, de ameaça, perseguição, violência psicológica, todos esses crimes, desde que aconteça no âmbito familiar, caracterizam também a violência doméstica”, disse a delegada.

As ocorrências não param de chegar. Entre domingo (7) e segunda-feira (8), foram mais três prisões de agressores. Dois casos ocorreram na segunda, quando um homem foi preso pelos crimes de injúria e lesão corporal contra sua ex-esposa, no Parque Santa Clara, em Guarus. A vítima relatou que esteve casada por 22 anos e estão há cinco meses separados. Na madrugada, ele a perseguiu e durante uma discussão deu um tapa na sua boca. Um outro homem foi preso em flagrante após ameaçar e agredir a companheira, no Jóquei, no mesmo dia. A vítima contou que ele chegou à casa onde o casal morava, por volta das 7h, aparentando estar bêbado e drogado, quando ocorreu a agressão.

Já no domingo, um homem foi autuado e preso após agredir a esposa, na localidade de Caxias de Balança Rangel. A vítima contou que estava dormindo quando ele a acordou e começou a agredi-la, agarrando seus cabelos, pescoço, jogando-a em cima da cama e, em seguida, acertando um soco em sua boca. Ela decidiu registrar o caso, já que não foi a primeira e, desta vez, os filhos de 3 e 6 anos estavam em casa, no quarto ao lado.