A Secretaria Municipal de Saúde de Campos informou que ainda não identificou nenhum caso de meningite meningocócica entre os seus munícipes em 2024. Por outro lado, já foram duas mortes por casos de meningite bacteriana, causada por bactérias não transmissíveis entre as pessoas, como o pneumococo. De janeiro até o momento, foram confirmados sete casos de meningite, sendo que dois evoluíram para os óbitos. Em 2023, foram confirmados 34 casos da doença, sendo seis óbitos.

O primeiro óbito registrado em 2024 tratar-se de um paciente do sexo masculino, de 31 anos, morador do Parque São Caetano. Ele deu entrada na unidade hospitalar em 6 de fevereiro, vindo a falecer dez dias depois. A segunda morte foi uma mulher de 49 anos. Ela morreu em 17 de fevereiro em Itaperuna e a investigação foi encerrada em 3 de maio. A vítima morava no Parque Rodoviário. Os demais foram tratados e passam bem.

No momento, o município intensifica o chamado para a imunização contra a meningite meningocócica, para crianças e adolescentes de até 14 anos, que ainda não tomaram nenhuma dose do imunizante. A pasta segue em alerta diante da baixa cobertura vacinal, cuja meta está longe da estabelecida pelo Ministério da Saúde, de 95%. No município, até o momento, foram aplicadas 980 doses da vacina meningocócica C, uma cobertura de 42,82%, e 3,625 doses de ACWY.

“A vacinação contra a meningite bacteriana é importantíssima por ser uma doença com alta letalidade. A meningite que é transmissível é a meningocócica e nós temos vacinas contra os principais sorogrupos de meningococo. O imunizante é fornecido para crianças e adolescentes, devendo então os pais e responsáveis ter rigor com a adesão ao esquema vacinal. Outra bactéria causadora de meningite é o pneumococo, cuja vacina deve ser dada em crianças, adolescentes e alguns adultos, que podem ter um risco maior de desenvolver a doença”, explicou o diretor de Vigilância em Saúde, o infectologista Rodrigo Carneiro.

No ano passado, de Meningo C foram 10.914 doses aplicadas (55,60%) e 5.756 de ACWY. A meningite, considerada uma doença grave, tem altas taxas de letalidade. Além do óbito, os pacientes podem sofrer sequelas significativas, como perda auditiva, de visão, da fala, motora e até ficar em estado vegetativo.

As vacinas contra as meningites integram o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde e estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Pré-Hospitalares (UPH) de Ururaí e Travessão, na Clínica da Criança e na sede da Secretaria de Saúde. A vacina meningocócica C é feita em crianças de até 4 anos, 11 meses e 29 dias. Já a vacina ACWY é para adolescentes que têm entre 11 e 14 anos, 11 meses e 29 dias.