O Centro de Doenças Infecto-Parasitárias (CDIP), da Secretaria de Saúde, realiza na próxima quinta-feira (9), das 8h às 17h, na Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), o Simpósio Municipal sobre HIV – Novos avanços e desafios no cuidado de pessoas vivendo com HIV. O evento, voltado para os profissionais de saúde da rede, acontece nos auditórios 2 e 3 e as inscrições estão abertas. Durante o simpósio, serão abordados diversos assuntos relacionados ao HIV, com o objetivo de gerar informações sobre a doença, tratamento, prevenção e os serviços oferecidos pelo CDIP, ao longo do ano.
“O HIV não é somente no Dezembro Vermelho. O nosso Centro funciona o ano inteiro. Neste simpósio, vamos abordar vários assuntos em relação ao HIV, trazendo para a nossa realidade como município, informando o serviço que oferecemos na prática”, informou o coordenador do programa municipal DST/Aids e Hepatites Virais, Rodrigo Rodrigues de Azevedo, lembrando que, das 250 vagas oferecidas, 140 já foram preenchidas.
Rodrigo destaca que a falta de conhecimento sobre o HIV ainda gera preconceito e pode levar pacientes ao abandono do tratamento. Ele esclarece que a doença não está limitada a um grupo específico e pode afetar pessoas de todas as idades, gêneros, cores e classes sociais. “Há muito preconceito em relação aos pacientes com HIV, que, apesar de ser uma doença crônica, tem alternativa de tratamento com um comprimido ao dia. Hoje, o serviço oferece, ainda, apoio psicológico, nutricional e, também, às famílias que nos procuram. Isso tem ajudado bastante”, reforçou.
No Centro de Doenças Infecto-Parasitárias (CDIP), vinculado à Secretaria Municipal de Saúde, há atualmente 3.542 pacientes que aderiram ao tratamento e fazem a retirada do medicamento no órgão. Deste total, 223 foram diagnosticados com HIV. Os pacientes são oriundos de Campos e demais municípios da região Norte Fluminense, pois o atendimento no CDIP é regionalizado.
O CDIP, que funciona na Rua Conselheiro Otaviano, 241, Centro, das 7h às 19h, oferece uma ampla gama de serviços relacionados a doenças infecto-parasitárias, como testes rápidos, tratamento de sífilis, hepatites e acompanhamento de casos de HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) e de crianças expostas ao HIV. O programa também realiza palestras educativas, testagens itinerantes, capacitações para aprimoramento profissional, distribuição de preservativos (masculino e feminino), além de oferecer apoio a casos de acidente biológico e ofertar o serviço de Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) e Profilaxia Pós-Exposição (PEP) – ambos os métodos reduzem o risco de adquirir o HIV, a partir do uso de medicamentos que impedem que o vírus se estabeleça e se espalhe pelo corpo.
No caso de usuários com diagnóstico de HIV, o CDIP, que conta com uma equipe multidisciplinar, formada por infectologistas, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, farmacêuticos, dermatologista entre outros, oferece acompanhamento ambulatorial com consultas, exames específicos e dispensa mensal de medicamentos, através do programa DST/Aids e Hepatites Virais. No local também é realizada a Prova Tuberculínica (PPD) ou Reação de Mantoux (exame amplamente utilizado no auxílio do diagnóstico da tuberculose) e recentemente o espaço foi contemplado para implementar o Aids avançada, do Ministério da Saúde.
