O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) fez um balanço dos primeiros meses do ano, na atuação de sua equipe de apreensão de animais, e houve um aumento significativo na quantidade de equídeos apreendidos, e posteriormente devolvidos aos seus donos. Foram apreendidos, no mês de janeiro, 30 cavalos; no mês de fevereiro, nove cavalos e um boi; já no mês de março, apenas quatro cavalos foram apreendidos.

Vale ressaltar que o abandono de animais é crime desde 1998, de acordo com a Lei Federal 9.605/98. Em 2020, com a aprovação da Lei federal 14.064/20, deu-se o aumento da pena por maus-tratos com reclusão de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda quando se tratar de cão ou gato.

A equipe de apreensão do CCZ possui um caminhão, à disposição do órgão, dois laçadores e um motorista. Os animais apreendidos são levados para a sede do CCZ, onde são cuidados pelos veterinários. A média de apreensão é de um animal por dia.

O diretor do CCZ, Carlos Morales, afirma que as apreensões são feitas diariamente, mas são muitos os desafios da equipe. “Temos vários distritos e a cidade tem uma extensão muito grande. Recebemos vários chamados diariamente, mas precisamos contar com a ajuda dos tutores dos animais, que são os responsáveis. Animais em terrenos, presos em cordas, não podemos recolher esses animais, apenas os que estão soltos em via pública”, explica.

Morales acrescenta ainda que animais em vias públicas estaduais ou federais, não são de responsabilidade do município. O CCZ atua apenas em vias municipais por força da lei.

A médica veterinária do CCZ, Juliana Buchaul comenta onde acontecem a maioria das apreensões em Campos. “Donana é onde acontecem mais apreensões. Nos bairros, o maior número de apreensões acontece no Parque Alphaville (1,2 e 3) e no Veredas, e acabam indo para a Avenida Arthur Bernardes”, explica ela, que ressalta, ainda, que os donos de animais apreendidos têm até três dias para buscarem o animal no CCZ.

Juliana lembra ainda que há uma taxa de apreensão de R$ 188,00 e mais R$ 20,00 por cada dia que o animal permanecer no curral do CCZ. A taxa é paga ao município por boleto no Banco do Brasil. “É raro que não apareçam para buscar os animais, pois a maioria utiliza os animais para o trabalho”, finaliza.