Um dia após ser esganado por aluno de 12 anos, professor conta que tenta assimilar o ocorrido
Dora Paula Paes 01/11/2023 17:16 - Atualizado em 01/11/2023 17:19
O pescoço do professor ficou vermelho após a esganadura
O pescoço do professor ficou vermelho após a esganadura / Foto: Divulgação
Um dia após ser enforcado em sala de aula por um aluno de 12 anos, o professor Alexandre França ainda tenta assimilar o que aconteceu. Ele, que lecionava em uma escola da rede privada, no Parque Guarus, disse que espera que "o corpo escolar tenha consciência que não me prestou suporte!". Quanto ao aluno, ele acrescenta: "que ele possa entender que o acontecido não foi uma brincadeira!".

O caso aconteceu nesta terça-feira (31). Após o registro de ocorrência na 146ª DP (Guarus), o professor passou por exame de corpo de delito, como determina a Polícia Civil. O delegado titular da unidade, Carlos Augusto Magalhães, informou que o menor, acompanhado do responsável, será ouvido na semana que vem. O registro foi feito como "ato infracional análogo ao crime de lesão corporal".

No registro de ocorrência, o professor relatou na delegacia que o aluno chegou perto dele e perguntou: "professor, se eu te enforcasse, o que você faria?". Como ele não teria respondido, o menino agarrou o pescoço do professor apertado, deixando o local vermelho e tirando-lhe o ar.

Alexandre voltou a dizer que não reagiu, levantou da cadeira e gritou para que o estudante saísse da sala de aula. De acordo com ele, ao levar o caso à direção, que não anotou em livro de ocorrência o fato, ele simplesmente foi ignorado e ainda culpado por ter incentivado a criação do sexto ano na unidade escolar.

Com a repercussão, Alexandre diz que é hora de reavaliar o caminho da Educação.
"Eu quero que as escolas entendam que tanto aluno, quanto professor devem ser ouvidos; que são importantes para a escola. Soube ontem, que outros professores passaram por isso e as escolas não tomaram atitudes. Se eu não fosse na delegacia, a escola na qual eu fui agredido, não iria fazer nada. Acho que precisamos mudar isso!", disse ele.
O professor publicou um vídeo contando mais detalhes sobre o ocorrido. 
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