Campos registra segundo maior número de casos de dengue no estado
24/10/2023 21:42 - Atualizado em 24/10/2023 21:44
Cuidados no combate a Dengue (Foto: Genilson Pessanha)
Cuidados no combate a Dengue (Foto: Genilson Pessanha)
A secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) divulgou um balanço dos casos de dengue no estado do Rio de Janeiro e, desde o início do ano, foram registrados 39.369 casos prováveis da doença. Em 2022, foram 9.926 casos para o período equivalente, com aumento do número de casos em todas as regiões fluminenses. Dentre as cinco cidades que mais registraram casos neste ano, até o momento, Rio de Janeiro lidera com 18.134, enquanto Campos está em segundo lugar, com 2.891 casos. 
O maior número absoluto de casos prováveis é observado na capital e na região Noroeste Fluminense. As regiões do estado com as maiores taxas de transmissão são a Noroeste e a Baixada Litorânea. Depois de Campos, está Itaperuna com 1.989, Angra dos Reis com 1.490 e Duque de Caxias com 1.221 casos. A SES-RJ esclarece que, apesar de haver um aumento significativo do número de casos prováveis de dengue no estado do Rio de Janeiro em 2023, não há, no momento, epidemia de dengue em nenhum dos 92 municípios do estado. Embora algumas cidades apresentem uma alta taxa de incidência (calculada pela proporção entre número de casos e o total da população) da doença, com um número de casos acima do esperado para o período do ano, a taxa encontra-se abaixo dos índices verificados historicamente nos períodos de epidemia.
A Secretaria monitora a situação da doença por meio do Diagrama de Controle, que utiliza a metodologia preconizada pelo Ministério da Saúde. O diagrama está disponível no Painel Monitora, disponível no link https://monitorar.saude.rj.gov.br/, e seus dados são usados para prevenir e orientar os municípios sobre as ações a serem implementadas, de acordo com o cenário epidemiológico.
“Há municípios no Noroeste Fluminense e na Baixada Litorânea que estão em situação de alerta, mas não de epidemia. O cenário aponta para um aumento sustentado no número de casos até o verão e podemos até chegar ao ponto de ter surtos localizados em áreas específicas. É importante destacar que não observamos comprometimento da rede de assistência em nenhum município”, explica Mário Sergio Ribeiro, subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde da SES-RJ.
Quando um município está em situação de alerta, a SES-RJ atua junto à secretaria municipal de Saúde para instalação do plano de contingência para enfrentamento da doença, que prevê ações de controle e assistência médica para os diversos cenários.
“A decretação de estado de epidemia cabe aos próprios municípios, é uma atribuição deles, e não do estado; o que cabe à SES-RJ é o monitoramento, a orientação e as ações complementares às ações dos municípios, sempre com base em uma metodologia já consolidada”, ressalta Mário.

As ações da SES-RJ
A Secretaria de Estado de Saúde já pôs em prática seu Plano Estadual de Contingência. Na sexta-feira passada (20), a SES-RJ deu início às chamadas Câmaras Técnicas, que são reuniões com representantes dos municípios para tratar do momento atual, projeções e planejamento de combate à dengue e outras arboviroses. As reuniões começaram pela Baía da Ilha Grande e Médio Paraíba e, até quinta (26), serão realizadas com as regiões Serrana, Baixada Litorânea, Centro Sul e Metropolitana 1 (terça, 24/10); Metropolitana 2, Norte, Noroeste (quarta, 25/10); e Noroeste (quinta, 26/10).
A SES-RJ vem também garantindo itens para estruturação de centros de hidratação em municípios que manifestarem a necessidade de apoio do estado diante de cenário de epidemia. “Temos ações previstas para todos os cenários possíveis”, completa o subsecretário de Vigilância e Atenção Primária.
A Secretaria também oferece um programa de capacitação técnica específica para o atendimento clínico de arboviroses, voltado para médicos e enfermeiros de todos os municípios. No primeiro semestre já foram realizadas capacitações para as 9 regiões de saúde.
Fonte: Secretaria de Estado de Saúde

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