Cláudio Castro determina que todas as Forças de Segurança permaneçam nas ruas
24/10/2023 10:39 - Atualizado em 24/10/2023 10:41
Castro se reuniu com lideranças das Forças de Segurança
Castro se reuniu com lideranças das Forças de Segurança / Rafael Wallace - Governo do RJ
O governador Cláudio Castro se reuniu com lideranças das Forças de Segurança do Estado do Rio de Janeiro na manhã desta terça-feira (24), no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova. O objetivo foi monitorar as ações integradas que acontecem em toda a cidade do Rio desde a tarde dessa segunda (23), em combate a atos denominados pelo governador como terroristas. Segundo o Sindicato das Empresas de Ônibus do Município do Rio de Janeiro, a circulação do transporte público na zona oeste do Rio de Janeiro está com 90% de normalização nesta manhã.

— Estou desde ontem (segunda, 23) monitorando de perto as ações que ocorrem em toda a cidade do Rio para reprimir atos que dificultem o direito de ir e vir da população. Estamos asfixiando o crime organizado, essa é a resposta do Estado para atos violentos como os ocorridos ontem. Elaboramos um plano de contingência para reprimir esses criminosos. Dos doze detidos pelos ataques aos ônibus, seis tiveram a prisão confirmada, com indício de autoria. Outros seis foram liberados por falta de provas. As investigações continuam e vamos prender todos esses criminosos. A Polícia Civil agiu dentro da técnica — declarou o governador Cláudio Castro.

Uma ação integrada entre as polícias Militar, Civil, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil restabeleceu a segurança em bairros da Zona Oeste do Rio, após os episódios de violência ocorridos como consequência da prisão do miliciano Matheus Silva Rezende, sobrinho de Zinho - chefe da maior milícia do Rio de Janeiro.

— Desde as primeiras horas de hoje, 80% da frota de ônibus está circulando normalmente. Assim como trens e departamentos de saúde, como clínicas da família, também estão funcionando — ressaltou Castro.

O governador Cláudio Castro destacou ainda que o Governo do Estado está em estado máximo de alerta e que a orientação dada é para que todas as Forças de Segurança permaneçam nas ruas, com helicópteros, drones, viaturas e agentes, para garantir a normalidade e tranquilidade da população.
Nessa segunda-feira, pelo menos 35 ônibus e um trem foram queimados na zona oeste carioca, e existem relatos de outros veículos incendiados e vias interditadas em pelos 20 pontos diferentes da capital fluminense. Os ataques seriam em represália à morte do sobrinho do miliciano Zinho, na comunidade Três Pontes, em troca de tiros com a Polícia Civil durante uma operação contra a milícia. Matheus da Silva Rezende, conhecido como Teteu e Faustão, também integraria o grupo criminoso.
Escolas fechadas
A secretaria municipal de Educação do Rio de Janeiro informou que 20 escolas da rede estão fechadas nesta terça-feira. Já na rede estadual, as escolas estão com funcionamento normal, porém, com baixa adesão, segundo a secretaria. Na noite de segunda-feira, 12 unidades da rede do estado suspenderam aulas nas áreas afetadas, abrangendo 2,9 mil alunos.

Estágio de normalidade
O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que a cidade retornou ao estágio de normalidade às 8h45 desta terça-feira. Ela estava em estágio de mobilização desde às 23h15 de segunda-feira por causa dos ataques. O Rio chegou a entrar em estágio de atenção às 18h40 dessa segunda.

O estágio de normalidade - primeiro em uma escala de cinco - significa que não há ocorrências de grande impacto neste momento na cidade.
Apoio federal
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou hoje na rede social X – antigo Twitter – apoio ao estado do Rio. “Vamos compartilhar as soluções com o governo local para que o Rio possa voltar aos jornais pelas suas belezas e o que tem de melhor”, escreveu.

“O Brasil tem um problema crônico no combate ao crime organizado. As condições de vida do nosso povo precisam melhorar. Precisamos juntar os governadores, prefeitos e o governo federal para pensar soluções conjuntas. A liberação das armas, de forma atabalhoada, fez com que o crime organizado se apoderasse de mais munição e vimos isso nos últimos anos”, acrescentou o presidente.
Com informações do Governo do Estado e Agência Brasil

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