Empresário de Campos presta depoimento na CPI das Pirâmides Financeiras
O produto ofertado pela Grow Up se dizia um consórcio, com rendimentos acima do mercado. A sede da empresa, conforme consta na inscrição do CNPJ 32.668.023/0001-65, fica em Campos, no Parque Rosário. No entanto, no endereço citado existe um prédio de apartamentos e nenhuma referência à empresa de investimentos.
O empresário de Campos Gleidson Costa, presidente da empresa Grow Up Club, prestou depoimento, na noite desta terça-feira (3), na CPI das Pirâmides Financeiras, na Câmara dos Deputados, em Brasília. No início da manhã, equipes da Polícia Federal compareceram no endereço do empresário, em um condomínio de luxo no Parque Rodoviário, para cumprir um mandado de condução coercitiva.
Segundo o delegado da PF responsável pela operação em Campos, Wesley Amato, o empresário é ouvido como testemunha na investigação. A condução foi necessária porque ele não compareceu a outro depoimento a qual foi convocado. “A pessoa não foi presa, ela foi apenas conduzida coercitivamente, porque em outra ocasião ela havia sido convidada e não tinha comparecido. Então, foi emitida essa ordem de condução. Ela é apenas testemunha e vai ser ouvida hoje”, explicou o delegado. O empresário foi levado pela PF até o Rio de Janeiro e depois para Brasília de avião.
CPI das Pirâmides Financeiras
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras da Câmara dos Deputados vem realizando audiências para ouvir representantes de uma série de empresas que atuam na administração de criptomoedas. De acordo com a Câmara Federal, a CPI indicou a convocação de Gleidson Costa, presidente da empresa com sede em Campos, para que ele explique a promessa de rendimentos acima do mercado, por meio da locação de criptomoedas aos investidores, mesmo com a empresa tendo atrasado o pagamento de seus clientes desde o ano passado sob a alegacao de "problemas operacionais".
Folha mostrou denúncias de investidores contra o presidente da Grow Up Club
Em maio deste ano, a Folha mostrou que um grupo de investidores buscou a Polícia Civil para denunciar um suposto caso de estelionato. O autor do crime seria o trader de criptomoedas e forex Gleidson Costa, presidente da Grow Up Club. Alguns dos seus clientes diziam que estavam com saques atrasados desde dezembro de 2022. Se antes a conversa era fácil, segundo esses mesmos investidores, todo processo para se obter informações passou a ser robotizado.
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O produto ofertado pela Grow Up se dizia um consórcio, com rendimentos acima do mercado. A sede da empresa, conforme consta na inscrição do CNPJ 32.668.023/0001-65, fica em Campos, no Parque Rosário. No entanto, no endereço citado existe um prédio de apartamentos e nenhuma referência à empresa de investimentos.
A Folha busca contato com a defesa do empresário.