CPI das Pirâmides Financeiras: PF cumpre mandado na casa de empresário de Campos
Éder Souza 03/10/2023 12:23 - Atualizado em 03/10/2023 15:51
Delegacia da Polícia Federal em Campos
Delegacia da Polícia Federal em Campos / Rodrigo Silveira
Equipes da Polícia Federal compareceram no endereço de um empresário de Campos para cumprir um mandado de condução coercitiva e levá-lo para depor na CPI das Pirâmides Financeira, da Câmara Federal. A operação aconteceu no início da manhã, por volta das 06h, na residência do empresário, que fica em um condomínio de luxo na cidade.

Segundo o delegado da PF responsável pela operação em Campos, Wesley Amato, o empresário, que não teve o nome divulgado, será ouvido como testemunha na investigação. A condução foi necessária porque ele não compareceu em outro depoimento que foi convocado. “A pessoa não foi presa, ela foi apenas conduzida coercitivamente, porque em outra ocasião ela havia sido convidada e não tinha comparecido. Então, foi emitida essa ordem de condução. Ela é apenas testemunha e vai ser ouvida hoje por volta das 14h30”, explicou o delegado.
O empresário foi levado pela PF até o Rio de Janeiro. De lá, ele foi para Brasília de avião. De acordo com a assessoria de imprensa do deputado federal Áureo Ribeiro (SD), presidente da CPI, a testemunha deve chegar para prestar depoimento por volta das 18h.

CPI das Pirâmides Financeiras

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras da Câmara dos Deputados vem realizando audiências para ouvir representantes de uma série de empresas que atuam na administração de criptomoedas.

De acordo com a Câmara Federal, a CPI indicou a convocação de Gleidson Costa, presidente da empresa com sede em Campos, a Grow Up Club, para que ele explique a promessa de rendimentos acima do mercado, por meio da locação de criptomoedas aos investidores, mesmo com a empresa tendo atrasado o pagamento de seus clientes desde o ano passado sob a alegacao de "problemas operacionais".

Folha mostrou denúncias de investidores contra o presidente da Grow Up Club
Em maio deste ano, a equipe de reportagem da Folha mostrou que um grupo de investidores buscou a Polícia Civil para denunciar um suposto caso de estelionato. O autor do crime seria o trader de criptomoedas e forex Gleidson Costa, presidente da Grow Up Club. Alguns dos seus clientes diziam que estavam com saques atrasados desde dezembro de 2022. Se antes a conversa era fácil, segundo esses mesmos investidores, todo processo para se obter informações passou a ser robotizado.7


O produto ofertado pela Grow Up se dizia um consórcio, com rendimentos acima do mercado. A sede da empresa, conforme consta na inscrição do CNPJ 32.668.023/0001-65, fica em Campos, no Parque Rosário. No entanto, no endereço citado existe um prédio de apartamentos e nenhuma referência à empresa de investimentos.

A Folha busca contato com a defesa do empresário.

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