Morre, aos 85 anos, o sociólogo italiano Domenico De Masi
09/09/2023 18:02 - Atualizado em 09/09/2023 18:03
Sociólogo italiano Domenico de Masi
Sociólogo italiano Domenico de Masi / Fernando Frazão - Agência Brasil
Autor de mais de 20 livros e um dos pensadores mais influentes do final do século XX, o sociólogo italiano Domenico De Masi morreu, aos 85 anos, em Roma. A causa da morte não foi revelada. 
De Masi nasceu em Rotello, em 1938, e foi professor emérito de Sociologia do Trabalho na Universitá di Sapienza, em Roma. Na Itália, é chamado de sociólogo dos trabalhadores, por ser referência internacional em estudos sobre a sociologia do trabalho.
Domenico é autor de dezenas de livros. O mais conhecido é o best seller O Ócio Criativo, de 2000, com mais de 200 mil exemplares vendidos, no qual defendeu que o tempo livre do cidadão não é algo necessariamente negativo, mas pode estimular a criatividade pessoal.
Entre outros títulos escritos pelo italiano, estão A Economia do Ócio, Desenvolvimento Sem Trabalho, Criatividade e Grupos Criativos, A Emoção e a Regra e O Futuro do Trabalho.
Com o educador e teólogo brasileiro Frei Betto, Domenico De Masi escreveu o livro Diálogos Criativos, onde debatem sobre temas da pós-modernidade, do avanço tecnológico à sociedade de consumo, da educação à filosofia, da teologia à política.
Ainda sobre o Brasil, em 2015, o italiano Domenico De Masi escreveu 2025 - Caminhos da cultura no Brasil: Um olhar sobre o futuro. Para a obra, ele contou com a contribuição de diversas personalidades brasileiras, para formar um mosaico colaborativo com variadas vozes e pontos de vista. O objetivo foi traçar um panorama sobre a situação atual do Brasil e as perspectivas para o que seriam a próxima década.
Em abril 2010, recebeu o título de Cidadão Honorário do Município do Rio de Janeiro, da Câmara Legislativa, pela relação que o sociólogo italiano teve com o Brasil.
Neste sábado (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou nota de pesar, em que lamenta a morte do sociólogo italiano. 
O presidente relembrou o encontro com o sociólogo, pela última vez, há menos de três meses, em Roma, e elogiou o amigo. “Intelectual incansável e homem público apaixonado, sempre foi um defensor das causas sociais, do avanço das conquistas humanas e de um mundo mais justo e solidário”, diz trecho da nota.
Fonte: Agência Brasil

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