O Instituto Federal Fluminense implementou o Comitê de Educação do Campo, o qual se trata de um colegiado para apoio e assessoria a debates, além de possuir o papel de propor ações para melhor atender e fornecer uma educação inclusiva às pessoas do campo.

O Comitê apoiará o planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das políticas relacionadas ao tema. Conforme definido no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do IFF, compreenderá a formação em todos os níveis, entretanto, priorizando a Formação Inicial e Continuada e as articulações com a Educação de Jovens e Adultos.

As iniciativas terão como área de abrangência todo o território do IFF, e não se limitarão às associadas aos Eixos Tecnológicos de Recursos Naturais e de Produção de Alimentos.

"Esta é mais uma afirmação de nosso compromisso com a formação integral para todos, pois na concepção político-pedagógica se orienta a garantia do acesso à educação do e no campo, com respeito aos saberes tradicionais, a associação da prática educativa aos seus modos de vida, a defesa da diversidade da população do campo e a reafirmação da educação como emancipação dos sujeitos", destaca Carlos Artur Arêas, pró-reitor de Ensino do IFF.

O Comitê será composto, nesta primeira versão, por indicados pela administração e por servidores que se inscreveram na chamada pública interna. Nesta estrutura inicial, haverá três coordenações: a Institucional, coordenada por Gabriel Almeida Frazão; a Pedagógica, coordenada por Jaqueline de Moraes Thurler Dalia e; Eduardo Moreira ficará responsável pela Coordenação de Agroecologia e Movimentos Sociais.

Os atuais nomeados trabalharão na execução de ações formativas e na elaboração de propostas para as Diretrizes Institucionais e para o regime interno do próprio Comitê, que passará a contar, em sua composição final, com representantes externos, sobretudo das representações de movimentos sociais e organização de trabalhadores do campo.

"Espera-se que o coletivo possa não somente fomentar o debate institucional sobre a Educação do Campo e sobre a Pedagogia de Alternância, como também fortalecer o diálogo com outras instituições de ensino, pesquisa, extensão e organizações sociais, visando ao estabelecimento de uma rede formativa e de prática conjunta", explica Gabriel Almeida Frazão, professor do Campus Avançado Cambuci e atual coordenador Institucional do Comitê. "Tendo em mente que a Educação do Campo pressupõe o estabelecimento dessas parcerias, o trabalho colaborativo é fundamental para a construção de projetos que atendam às necessidades de populações tradicionais e do campo fluminense", completa.