Como determina a Lei, neste caso, foi preciso esperar 72 horas para que o Instituto Médico Legal (IML), de Campos, aguardasse alguém da família e só então liberasse os corpos, nesta sexta-feira (18). Nestes casos, após, pela Lei pode ocorrer a liberação para quem apresente a documentação necessária e, assim, não ocorra sepultamento como indigente.
"Os corpos serão velados em Gargaú onde elas têm residência, e em seguida retornaremos para Campos para sepultamento, no Cemitério do Caju, no jazigo da família", postou nesta quinta-feira (17), a vizinha Neinha Freitas, que está empenhada em dar um sepultamento digno as suas amigas.
Em seu Facebook, Neinha conta que esteve na delegacia de São Francisco de Itabapoana, onde assinou um documento provando ser vizinha de "Iza" e "Deia" para conseguir liberar os corpos.
"Quero agradecer o apoio dos seus amigos que estão me procurando e colaborando e, principalmente, me dando todo apoio. Infelizmente, as duas não têm família por motivo de falecimento. Algumas vizinhas amigas que se colocaram à disposição para que possamos fazer um sepultamento digno para mãe e filha...Vou deixar claro que qualquer pessoa que tentar se aproveitar da 'situação' chamarei a polícia. Vou deixar bem claro que se elas não têm herdeiros, a justiça é quem vai dizer o que fazer...Ninguém vai levar nada, a menos que tenha um testamento", chegou a escrever, ressaltando que apareceu um homem, por telefone, se identificado como caseiro, pedindo os documentos delas. "Segundo vizinhos das duas em Gargaú, um homem tentou entrar na residência. A Polícia foi chamada até o local para que a residência não fosse invadida", contou.
A colisão, na segunda-feira, aconteceu depois do veículo, um Focus de cor prata, sair da pista e colidir em uma árvore. As duas morreram no local do acidente.